As ações para combater o mosquito transmissor da dengue (Aedes aegypti) seguem diariamente na cidade de São Pedro. Além de visitas quinzenais em pontos estratégicos, como borracharias, floriculturas e locais com material reciclável, a Secretaria de Saúde, por meio da equipe de Controle de Endemias, também vistoria e realiza bloqueios em locais como escolas, postos de saúde e casas de veraneio. Em 2022, até o dia 12 de abril, o município registou 43 casos positivos de dengue.
Na semana passada, os agentes iniciaram mais uma ação chamada Visita à Imóveis Especiais. De acordo com Matheus de Melo Murbach, médico veterinário do Controle de Endemias, esse trabalho é feito a cada três meses em imóveis onde há grande concentração de pessoas, como unidades de saúde e escolas.
“São locais onde o risco de transmissão das arboviroses (dengue, zika e chikungunya) é elevado devido à quantidade de pessoas. Nesta atividade são visitados 42 imóveis”, disse o veterinário, durante uma visita na Escola Estadual Vicente Luiz Grosso. “Na piscina desta escola não foram encontradas larvas, porém foi encontrada em uma lata de tinta aberta que ficou em local descoberto”, explicou.
Em locais como a escola, os agentes precisaram olhar todo espaço para procurar criadouros. “Todo material que possa acumular água é retirado ou pelo menos manejado de forma que não acumule. Em caso onde é impossível a remoção da água, é utilizado o larvicida (produto que extermina as larvas). Já em grandes acúmulos de água como a piscina, a orientação é que a mesma seja clorada semanalmente para evitar a proliferação do mosquito”.
NOTIFICAÇÕES – Apesar de não encontrarem problemas nas ações com imóveis especiais, o veterinário falou das dificuldades que os agentes enfrentam com os imóveis fechados para venda ou aluguel, e casas de veraneio. “Nesses casos fazemos uma notificação ao responsável para agendar uma visita. Atualmente temos uma lei nova específica para dengue, e há um artigo nesta legislação que pune a recusa”.
Murbach cita as dificuldades enfrentadas em bairros como Alpes, Colina, Nova São Pedro I e II, Jardim Holliday e Itaquerê. “Nesses locais temos um grande número de casas não vistoriadas por estarem fechadas. Encontramos também casas de pessoas que trabalham fora e não estão para atender a equipe no horário do nosso trabalho”.
Nestes casos, se o agente observar alguma irregularidade ou receber denúncia de vizinhos, a proprietário é notificado e a visita é agendada. “A maior dificuldade atualmente são as casas abandonadas, aquelas que estão há muitos anos em inventário, com vários herdeiros e aí temos dificuldade em encontrar um responsável”. Em casos de dúvidas e denúncias a população pode entrar em contato com o Controle de Endemias pelo telefone: (19) 3481-9370.