Francys Almeida
A morte do empresário Carlos Alberto Camargo, de 47 anos, dono de um restaurante famoso na cidade de Piracicaba, trás um debate importante que precisa ser aprofundado.
Ele foi morto a facadas por um funcionário dentro do estabelecimento comercial, de maneira injustificável e covarde, a polícia prendeu o churrasqueiro do restaurante, de 45 anos, pelo crime, que foi contido pelos colegas após o ataque. Carlinhos estava no caixa do restaurante, quando foi surpreendido pelo funcionário, que chegou por trás e deu três facadas no patrão.
Até aqui temos mais um caso de violência e dor, mas como aprofundar ainda mais a análise dessa violência? Fácil! Inventam mentiras para justificar: “Parece que ele estuprou a filha do funcionário há 10 anos atrás”, “Ele tentou estuprar a esposa e filha do funcionário”, “Ele tratava grosseiramente a todos”.
Todas as afirmações falsas acima foram exaustivamente compartilhadas no Facebook, Instagram e demais redes, para justificar o ocorrido.
A era da “Pós Verdade” levanta essas situações, inflamadas pelo bolsonarismo que vive de Fake News: não existem mais mentiras, agora é opinião! “Na minha opinião, ele mereceu”, comentários covardes como esse são reflexos do país do ódio que Bolsonaro criou.
“Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos.” Justiça não é mentir, caluniar, aumentar a dor da família enlutada com covardes ataques à vítima que perdeu a vida! Nada Justifica!
O mesmo sentimento do bolsonarismo dá coragem ao vereador Fabrício Polezi para supostamente ameaçar uma mulher, diga-se de passagem, Fabrício representa bem o bolsonarismo: covarde, fraco, neófito e polêmico. “Mas os perversos serão lançados fora como espinhos, que não se ajuntam com as mãos.” (2 Samuel 23:6)
Essa rede de ódio há de ser desmantelada, através da Justiça, trazendo esses mentirosos ao Judiciário. A semente do bolsonarismo é semelhante ao nazismo; não se enganem, não batam palmas para maluco dançar.
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Francys Almeida, advogado