Caldeirão Político

EQUÍVOCO
Um equívoco: administrar uma cidade como se fosse empresa. Esta objetiva lucro, o que implica diminuição de custos. Uma cidade é um povo, uma cultura, uma história. Logo, tem que ser administrada por um Político, na verdadeira acepção do termo. Na cidade, administra-se por prioridades e a opção preferencial são os mais necessitados. Portanto, a administração tem que ser solidária, espírito comunitário. O governante é sensível a pessoas.

 

FOME — I
Fome, moradores de rua, desempregados – estas são, atualmente, as prioridades, os desafios. Não se pode alegar “questões nacionais ou internacionais”. A chamada globalização exige cuidados especiais para com a “localização”. Ou seja: “pensar globalmente, agir localmente”. Ninguém mora no globo, no país. Estamos nele. Mas moramos, vivemos, coexistimos nas cidades.

 

FOME — II
É obrigação do governante buscar soluções emergenciais, já que estamos em um tempo de transição, de dúvidas e de incertezas. Num naufrágio, não se pensa no que dará lucro ou prejuízo ao dono ou comandante do navio. Uma prefeitura não tem dono, mas um representante do povo para atender a população.

 

BOM PRATO
Quando se alega não “haver dinheiro” para instituir o “Bom Prato”, revela-se escandalosa indiferença social e desvio da finalidade do Poder Executivo. Se há dinheiro para mudanças desnecessárias na área da Cultura (800 mil numa etapa, solicitação de mais 1,230 milhão) – por que não investi-lo no combate à fome? E lá vem a história das rubricas. Fazer o que com a administração pública?

 

“ESPERANÇA”
Exemplo, queiramos ou não: ex-presidente Lula, eis aí na história. As pesquisas indicam que grande número de eleitores está investindo na “esperança”. Pois a empatia entre o povo e ele, Lula, acontece por uma razão muito simples: o petista compreende a pobreza por ter origem quase miserável. Passou fome, no duro.

 

LINCOLN
O cidadão é o sujeito da administração, sujeito da economia, sujeito das decisões políticas. Governo “do povo, para o povo, pelo povo”, segundo Lincoln, o legendário presidente do Estados Unidos da América do Norte. Algo é preciso fazer para que o povo seja, realmente, o sujeito da história, isto é, o cidadão.

 

BALÃO — I
O governador João Doria deu um balão na decisão judicial que impediu a contratação do ex-prefeito Barjas Negri para o cargo de subsecretário de Desenvolvimento das Regiões Metropolitanas do Estado de São Paulo e o contratou através de empresa privada para exercício do cargo. O ex-prefeito de Piracicaba segue então trabalhando e recebendo pelos serviços prestados ao Governo do Estado. Sempre há que se encontrar um caminho.

 

BALÃO — II
Por sua vez, o prefeito Luciano Almeida deslocou para o Engenho Central ontem (17) a sua reunião de secretariado, tradicional as sextas feiras, para poder trabalhar tranquilo e longe dos ruídos de manifestação pública por mais moradias populares.A cidade conta com quase 200 loteamentos irregulares e a situação está longe de uma solução.

 

SEMUTRI
Um extenso ofício com quase 20 perguntas foi dirigido está semana pelo vereador Laércio Trevisan Junior (PL) ao secretário Dorival Maistro que acumula duas secretarias importantes como a da Administração e Transportes Internos. O vereador visitou a Semutri e saiu indignado de lá e, por isso, o rol de questionamentos. É muita responsabilidade para uma só pessoa, sugere o edil. E Trevisan tem experiência em administração pública, não só como vereador mas como sindicalista também.

 

GOLEADOR
No livro de memórias, para ser distribuído no período eleitoral, o vereador Paulo Campos conta boas histórias de vida. O Capiau descobriu uma delas. Embora do alto de mais de 1,90 metro de altura, Paulinho — como conhecido na juventude — era o quarto zagueiro reserva do seu time. Mas num dia em que teve chance de jogar, marcou um gol de joelho no campo do Jaraguá.

 

FILTROS — I
Foi amistosa, cordial e terminou com gargalhadas essa semana a reunião entre o vereador Rerlinho e o secretário de Cultura, Adolpho Queiroz, no Engenho. Em encontro anterior, o vereador levou uma demanda inusitada ao secretário, para uma exposição durante as comemorações do centenário da Semana de Arte Moderna de 1922. Sempre cordial e procurando atender às demandas, na primeira visita, ambos foram surpreendidos.

 

FILTROS — II
Na primeira reunião, o interlocutor pediu ao Secretário um aporte de R$ 2,5 milhões para uma exposição de artes, que não foi atendida. Depois disso, ambos mudaram as estratégias para agendamentos de reuniões, aumentando o pedido de informações para confirmá-las e evitar outros constrangimentos. Na reunião desta semana, tudo terminou às gargalhadas com a lembrança do episódio, com a brincadeira do secretario ao vereador: “qual o tamanho da facada hoje Rerlinho?”, num ótimo humor para quem é um dos fundadores do Salão Internacional de Humor de Piracicaba.

 

DESCARTADO
O deputado Alex Madureira (PSD, ainda) já sabe em qual partido não irá se filiar este ano, após sua saída do PSD. O MDB, que estava no rol do partidos possíveis, foi descartado. Restam agora as opções de ir para o PL ou Podemos. O deputado não esconde de ninguém que apoiou intensamente a candidatura bem sucedida da vereadora Ana Pavão, do PL. Talvez seja o caminho. Se certo ou errado, só o tempo.

 

IMBROGLIO
A Sociedade Beneficente 13 de maio vive há anos um impasse jurídico. Sem diretoria oficial, sem programação, vai perdendo sua identidade. Sob as bênçãos do Conepir, Ação Cultural e apoio dos vereadores Acacio Godoi, Paulo Campos e Thiago Ribeiro, foi entregue na semana passada, ao governador João Doria, carta assinada pelo prefeito Luciano Almeida, solicitando a inscrição de Piracicaba no projeto Casa Afro, a ser mantida pelo Governo do Estado, para que funcione na sede do 13 de maio, dando vida nova ao espaço. Agora é aguardar essa ótima solução.

 

MUDANÇAS — I
O prefeito Luciano Almeida (União Brasil) promoveu oito mudanças em seu secretariado em seu governo de quase 14 meses completos. Foi o prefeito que mais mudou o primeiro escalão, considerando que ele garantiu que escolheria um secretariado técnico. O que será que houve? Mas o Capiau entende que o prefeito é livre para tanto. Que continue.

 

MUDANÇAS — II
A última mudança foi a saída da chefe de Gabinete, Daniela Molina, que agora ocupa um cargo na Secretaria Municipal de Administração, sob a responsabilidade de Dorival Maistro. Mas, há comentários, de que outras mudanças poderão ocorrer no secretariado de Luciano. Vamos aguardar. Detalhe: Daniela Molina é uma dedicada servidora municipal de Piracicaba.

 

MIROMAR — I
O governo do prefeito Luciano Almeida (União Brasil) não emplacou um “primeiro-ministro” como tinha o ex-prefeito Barjas Negri (PSDB), o competente e articulado jornalista Miromar Aparecido Rosa, o sempre querido Miro da imprensa local.

 

MIROMAR — II
Aliás, Miro está aposentado e não revelou seus planos ainda para este ano. Ele é de ter jeito no trato com a coisa pública e sempre procurou ser um servidor dedicado. Uma sugestão ao prefeito Luciano Almeida, para contratar um profissional técnico em comunicação e em política. Não filiado a partido político, que saiba fazer as ações desse ramo.

 

MIROMAR — III
E, se contratar alguém por aí, nessa linha de Miro, é bom que o prefeito Luciano Almeida ouça, como Barjas Negri não ouviu, os conselhos de estratégias políticas. O Capiau sabe desses detalhes de o político querer saber de tudo, inclusive, ou especialmente, de comunicação.

 

RECLAMAÇÃO
Fazendo coro às reclamações da atual gestão, o pastor Junior Minharo, que fez parte da gestão Barjas Negri (PSDB), reclamou em redes sociais do Poupatempo. Junior Minharo questionava a Prefeitura por ter perdido o CPF da filha dele e, em uma live, mostrou o descontentamento. Mas não seria o Governo do Estado responsável pelo Poupatempo?

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