DERROTADOS

Os vereadores governistas Anilton Rissato (Patriota), Gustavo Pompeo (Avante), Josef Borges (Solidariedade) e Fabrício Polezzi (Patriota) não fizeram qualquer fala na audiência pública que aconteceu na noite de sexta (11), na EE. Maria de Lourdes Consentino, no bairro Vila Sônia, quando foi apreciada a implantação da escola cívico-militar. Apesar de serem governistas e defensores do projeto, com as diversas manifestações contrárias, acabaram, como diz o ditado popular, “entrando mudos e saindo calados”. Foi bom. Engoliram a seco a derrota imposta pela comunidade.

 

VAIADO

O maior alvo dos manifestantes foi o vereador Fabrício Polezzi, ferrenho defensor da escola cívico-militar — o que é um direito dele, claro —, que teve que ouvir calado uma plateia inteira gritar “Fora, Polezzi”. Era tanta gente contra que acabou se “mancando” e não abrindo a boca. A vaia seria um sinal claro que de que o presidente Jair Messias Bolsonaro (PL?) está pior do que se imagina na periferia da cidade? Mas foi ótima a atitude do nobre vereador. Aceitar a vontade popular faz parte do jogo sério.

 

DE FININHO

O vereador Anilto Rissato, que atua naquela região, já percebendo que a comunidade escolar não desejava a implantação da escola cívico-militar, antes mesmo de concluído o processo, saiu de fininho, mas com cara de quem comeu e não gostou. Enquanto isso, a vereadora Rai de Almeida (PT), que também acompanhou do seu canto as diversas manifestações, comemorou a rejeição da proposta. Afinal, é a direita e a esquerda ouvindo ao mesmo tempo.

 

AMARELO

Idealizador da escola cívico-militar na cidade e, aparentemente, aliado de primeira hora do vereador Fabrício Polezzi, nesta empreitada, o ex-candidato a prefeito Edvaldo Brito (Avante), que parecia empolgado no início da audiência pública na EE. Maria de Lourdes Consentino, acabou saindo com o sorriso amarelo com a decisão da comunidade escolar. Pelo jeito, deve ter sido surpreendido com a posição tomada. Também foi bem: soube ouvir o que a maioria quer dizer e isso é bom na democracia.

 

ESTRATÉGIA — I

A administração municipal, representada na assembleia pela chefe de Gabinete, Daniela Molina, depois da derrota impactante na audiência pública na E.E. Maria de Lourdes Consentino, com o prefeito Luciano Almeida também sendo alvo de sonora vaia, certamente, por estratégia, acabou transferindo a audiência que aconteceria neste último sábado na EE Jethro Vaz de Toledo, no Jardim Itapuã. A ideia, pelo que se comenta nos corredores da Câmara, é de recompor a base e mobilizar a comunidade escolar, tanto que estaria sendo agendada uma reunião para esta terça-feira, para discutir a proposta. Isso aí: democracia se faz assim, com respeito.

 

ESTRATÉGIA — II

Edivaldo Brito, aliado do prefeito Luciano Almeida, que já foi candidato a prefeito na cidade, sem nenhum sucesso, inclusive pelo PC do B, numa dobrada com o PT, recorreu às mídias sociais, neste final de semana, para dizer que o processo não foi democrático. Com cara de vítima e de quem não dormiu bem com a decisão, saiu acusando a todos, até o diretor da EE. Maria de Lourdes Consentino, Ariovaldo Jacquer de Souza, sobre a decisão de dizer que naquela escola não seria implantado o programa defendido pelos bolsonaristas. Faz parte, Edvaldo, do processo democrático. Vamos em frente.

 

ESTRATÉGIA — III

Quem viu a postagem de Brito diz que faltou com a verdade, até porque a chefe de Gabinete, Daniela Molina, explicou como é a escola cívico-militar, inclusive exibiu dois vídeos. Diferente do que fala, todos puderam falar, tanto que diversos pais, professores e alunos falaram e se colocaram contrários à proposta. Uma maravilha de exercício democrático, o que faz bem para todos nós. A maioria vence e respeita a minoria e a minoria perde e respeita, também, a maioria. Vamos em frente.

 

COMEMORAÇÃO

A rejeição da comunidade ao programa escola cívico-militar foi comemorada pelos estudantes que tomaram o espaço e por dezenas de pais, assim como por diretores da Apeoesp, entidade que não esconde de ninguém que é contrária. Não à toa, mas porque entende que dinheiro da educação não é para custear o aparelhamento das escolas por militares e fazer afrontamento aos princípios educacionais, inclusive pela exclusão de estudantes e professores que a ele não se ajustam, ferindo assim o caráter universal da escola pública, direito de todos e dever do Estado.

 

INÉDITO

Nem bem a nova Resolução da Câmara que trata da nova Reforma Administrativa foi aprovada e já existiu necessidade de fazer correções. Fica a dica para quem está corrigindo as falhas e que leia melhor a Resolução, pois outros lapsos e falhas ainda existem no texto aprovado em dezembro de 2021. Essa é a contribuição do Capiau, idoso, cansado e meio enfermo.

 

ASSIDUIDADE — I

A Câmara Municipal, em sua Reforma, não contemplou os servidores que usarem o abono previsto no Estatuto dos Servidores Municipais para que possam receber o prêmio assiduidade do mês. Será que foi mesmo esquecimento ou faltou uma análise mais detalhada da Lei 5838/06 antes de revogá-la por completo? Perguntar não ofende, ofende?

 

REJEITADO – I

Servidor durante a gestão do ex-prefeito Barjas Negri (PSDB), o pastor evangélico Júnior Minharo foi até Luciano Almeida (Democratas) tentar uma vaga na Prefeitura. Ouviu um sonoro “não”. Já corre nos bastidores – políticos e de igrejas – que Luciano Almeida está nem aí para os evangélicos. Acontece e é normal em política.

 

REJEITADO — II

Pastor Junior Minharo foi essencial na Emdahp (Empresa Municipal de Desenvolvimento Habitacional de Piracicaba). Segundo ex-colegas, era muito profissional, mas o cargo comissionado tem prazo. Agora, é chorar. Quem sabe, quem sabe, se o suplente de vereador Edilson de Madureira assumir, pode ajudar.

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