Procura por profissionais de saúde mental tem aumento de 50%

Secretária de Saúde, Carolina Figueiredo, disse que o número de crianças atendidas também aumentou na pandemia – foto: Daniella Oliveira

Falar de saúde mental vai muito além de diagnósticos. Relacionado aos fatores psicológicos, biológicos, familiares e socioeconômicos, o tema gera ainda mais desafios neste período de pandemia do novo coronavírus. Na Secretaria de Saúde de São Pedro, o número que pacientes que procuraram atendimento com profissionais de saúde mental aumentou cerca de 50% em menos de um ano.

“No início da pandemia, entre janeiro a fevereiro de 2020, nossos psicólogos e psiquiatra realizaram cerca de 60 atendimentos por mês, agora, somente em dezembro de 2021, foram 117 consultas registradas”, explicou a secretária de Saúde, Carolina Figueiredo.

Atualmente, a Secretaria conta com 6 psicólogos e 2 psiquiatras; será contratado mais um para o posto do São Dimas. Os profissionais atendem na Unidade Mista de Saúde (Umis) e também no Centro de Atenção Psicossocial São Pedro (Caps). “São paciente encaminhados pelos próprios postos de saúde ou pelo Caps, onde o acolhimento é livre e qualquer pessoa pode buscar ajuda”, contou Carolina.

Outro fator que chamou atenção da secretária neste período de pandemia é o número de crianças com algum transtorno mental diagnosticado. Das 117 consultas realizadas no último mês de dezembro, 12% foram feitas com crianças e adolescentes. “São inúmeros fatores associados à perda, a solidão, hiperatividade e falta de socialização”.

Caps I São Pedro realiza cerca de 8.700 atendimentos por ano

O Caps São Pedro tem como referência a porta aberta (livre demanda)

Inaugurado em 2017, o Centro de Atenção Psicossocial São Pedro, que fica na Rua Ademir Bontorim, 363, bairro Recanto das Águas, oferece atendimento à população de sua área de abrangência, com acompanhamento clínico e a reinserção social dos usuários pelo acesso ao trabalho, lazer, exercício dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários.

De acordo coordenadora e assistente social do Caps, Ana Lucia dos Santos Castro Salvador, o local tem como referência a porta aberta (livre demanda) e encaminhamentos do serviço de urgência e emergência, equipes de saúde da família, hospital local, serviços especializados. “O Caps I tem hoje cerca de 1000 prontuários de pacientes em tratamentos e acompanhamentos que entraram pelo porta aberta e transferência de município. Muitos em tratamento intensivo, semi-intensivo”, informou Ana Lucia.

Desde sua inauguração até 2021, o espaço já realizou mais de 42.000 atendimentos, uma média de 8.721 no ano. “Mais ou menos 727 acolhimentos por mês, sendo que, depois são distribuídos em atendimentos entre psicológicos, psiquiatra, terapia ocupacional, oficinas terapêuticas, enfermagem e Atenção Básica”, disse a coordenadora, ao ressaltar que o Caps atende de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h. Mais informações: (19) 3481-9316.

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