ESTRELA — I
ACM Neto — o neto de Antonio Carlos Magalhães, que foi governador e senador pela Bahia, líder político dos velhos tempos — esteve terça (21) em São Paulo, para, ao lado do vice-governador do Estado de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), selar o apoio dos Democratas aos tucanos paulistas. E a estrela, de repente, virou Luciano Almeida, prefeito de Piracicaba.
ESTRELA — II
Acontece que ACM Neto deve não saber do que acontece por aqui em termos de relações entre o PSDB e o DEM. E rasgou elogios à cidade paulista mais importante administração pelos Democratas. Foram tantos os elogios que a estrela acabou mesmo sendo Luciano Almeida.
ESTRELA — III
Claro que o vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB recém chegado) concordou plenamente com ACM Neto. E agora? Como ficará o palanque de Garcia em Piracicaba. Vai com o ex-prefeito Barjas Negri (PSDB) vai com o prefeito Luciano Almeida (DEM)? Terá que escolher de forma inteligente, sim, mas já viu e ouviu, lá em São Paulo, que o prefeito Luciano Almeida brilhou os olhos de ACM Neto.
ABUSO — I
Walter Koch, citado nesta coluna, edição ontem, enviou alguns detalhes que merecem registro: “o único crime que houve na noite do dia 15/12/2021 foi o de abuso de autoridade praticado pelo vereador Laércio Trevisan Júnior e pelos Guardas Municipais”.
ABUSO — II
“Estava na Câmara para participar da Audiência Pública sobre Mobilidade Urbana. Fiz uso da fala e apontei que muito se fala em educação no trânsito, mas para os próximos anos foram reservados, valores irrisórios frente ao arrecadado com a cobrança de multas. Informo ainda que a motivação do vereador para levar diversos guardas e viaturas, foi o fato de eu estar utilizando colete balístico pessoal, devidamente registrado no órgão competente”.
ABUSO— III
“Quem informou a este jornal, que da minha parte houve qualquer ameaça, mentiu! Mentiu ainda ao afirmar que fui conduzido em um camburão. Todos os envolvidos serão responsabilizados por essa ordem de prisão ilegal. O tal crime de desacato não existiu e muito menos o crime de injúria. O vereador Trevisan, como advogado que é, deveria voltar para os bancos de uma faculdade de direito para aprender que ainda que os alegados crimes tivessem existido, por serem de menor potencial ofensivo, não caberia voz de prisão”, escreveu.
ABUSO — IV
E explica Walter Koch: “Segundo o parágrafo único do art. 69, da Lei nº 9.099/95 (Lei dos Juizados Especiais), nos crimes de menor potencial ofensivo não cabe prisão em flagrante, nem se exige fiança, quando o autor do fato, após a lavratura do termo circunstanciado: a) for imediatamente encaminhado ao Juizado; b) assumir o compromisso de a ele comparecer. Esse entendimento é pacífico nos tribunais: “cuidando-se de delito de menor potencial ofensivo, aplicam-se os ditames da Lei dos Juizados Especiais, inclusive o parágrafo único do art. 69 da Lei n.º 9.099/95, que veda a prisão em flagrante nos casos em que o agente, após a lavratura do termo, for imediatamente encaminhado ao Juizado ou assumir o compromisso de a ele comparecer” (STJ, Recurso Especial nº 442.035/RS, Rel. Min. Gilson Dipp, DJ: 29.9.03).”
ABUSO — V
O vereador Laércio Trevisan Junior (PL), sim, responde por porte ilegal de arma de fogo e ameaça. Neste processo, segundo informações do MPSP e do TJSP, uma testemunha tida como Policial Ferroviário Federal seria ouvida em São Paulo no endereço funcional. Ocorre que essa “Polícia Ferroviária Federal” não existe oficialmente e que tal testemunha era servidor da Empresa Federal VALEC. Eu não respondo por tal crime”, escreveu Walter Koch.
BURACOS
O Departamento de Tapa-Buracos da Prefeitura Municipal de Piracicaba começou a todo vapor, sob a direção de Bruno Guimarães (PTB). Inclusive este Capiau, idoso e cansado, até meio doente, rasgou elogios aos trabalhos desenvolvidos pelo setor da municipalidade, colocando Bruno no destaque. Só que os buracos aumentam. Ou são as chuvas que já venceram a equipe ou a equipe está com algum desânimo?
CURVADO — I
Ao discursar na Oji Papéis Especiais na última terça (21), durante evento que marcou a apresentação do novo prédio e maquinário da empresa, o prefeito Luciano Almeida (DEM) encerrou dizendo “Arigato Gozaimasu”, agradecendo em japonês pela fábrica ter decidido continuar investindo em Piracicaba.
CURVADO — II
A iniciativa foi bem recebida, principalmente pelos diretores japoneses da Oji Papéis Especiais. Aos mais próximos, Luciano confidenciou que aprendeu a utilizar essa forma de cumprimento, inclusive se curvando diante dos interlocutores, quando visitou o Japão e teve que conversar com vários empresários durante viagem de negócios.
PICOLÉ
Várias secretarias municipais realizaram as suas respectivas confraternizações de final de ano na última semana. A festa da Semutri (Transportes Internos) organizada pelo secretário da Pasta, Dorival José Maistro, foi entre as mais animadas. Quem prestigiou pôde, inclusive, se deliciar no final com picolés de pamonha e caldo de cana na hora da sobremesa.
BIS — I
Muitos funcionários públicos têm elogiado a iniciativa da atual Administração, que convidou músicos da cidade para executar canções natalinas no hall de entrada do Centro Cívico no mês de dezembro, por meio do projeto Vozes do Natal. Isso faz bem.
BIS — II
A apresentação do Quarteto de Cordas Ágora, com componentes da Orquestra Sinfônica de Piracicaba, foi a que mais repercutiu no Centro Cívico e nas mídias digitais. Dizem que a iniciativa deve ser ampliada no decorrer de 2022.
PREFEITURITE — I
Em seu artigo ontem (22) neste jornal, o ex-prefeito — que, pelo jeito, sofre mesmo de “prefeiturite” — afirmou que a transição de governo da atual Administração foi feita de maneira inadequada e precária. Provavelmente, ele deve ter tido uma recaída em seu quadro clínico e começou a falar a verdade. Afinal, a transição — pelo que explicam os atuais administradores — foi precária mesmo porque o governo de Barjas Negri teria boicotado o quanto pôde o início da gestão de Luciano Almeida.
PREFEITURITE — II
Dizem até hoje que o paciente que sofre de “prefeiturite” só chamou o atual prefeito Luciano Almeida para as conversas iniciais sobre a transição depois que o democrata concedeu uma entrevista ao vivo na EPTV, em frente ao Centro Cívico, reclamando publicamente que até aquele momento a administração tucana não havia sinalizado sobre a transição. Coisas da política ou da Política?
PREFEITURITE— III
Ainda no seu artigo, o paciente que sofre de “prefeiturite” crônica escreveu que houve redução de cestas básicas no início deste ano. O caso deve estar tão grave, que o faz esquecer que um bom gestor deve trabalhar com planejamento, inclusive porque a atual gestão só assumiu em 04 de janeiro. Pra variar, faltou cuidado com as famílias em vulnerabilidades e sobrou politicagem.
PREFEITURITE— IV
O paciente que sofre de “prefeiturite” diz que, “por sorte”, empresários, empresas e clubes de serviços se mobilizaram para restabelecer o fluxo de doações de cestas básicas. Na sua sinceridade, só esqueceu de mencionar que a ajuda chegou devido à credibilidade da atual gestão, que sistematizou a doação de cestas básicas, fazendo elas chegarem para quem realmente precisa, conferindo total transparência neste processo.
GAFANHOTOS
O Capiau — idoso e cansado — não tratará nesta edição de “governite”, doença dos que estão com a caneta na mão, porque, afinal de contas, o prefeito Luciano Almeida foi a estrela entre os Democratas em São Paulo e o ninho tucano local pode receber ataque de nuvem de gafanhotos. Quem diria? Ou, quem sabe?