Sacerdote de Umbanda denuncia intolerância religiosa

Ronaldo Almeida é sacerdote de matriz africana – Umbanda – Crédito: Divulgação

 

O sacerdote de matriz africana – Umbanda, Ronaldo Almeida, sofreu ataques em sua rede social, através de fake news no Facebook, declarando que o centro templo religioso Comunidade de Umbanda Senhor Zé Moreno das Almas, localizado no bairro Vila Sônia, comandado por ele, “iria cair, tudo em nome de Jesus”. Diante disso, o religioso registrou boletim de ocorrência e estabeleceu que irá procurar os seus direitos na Justiça.

 

A decisão é em função de que os ataques à sua religião não param. Na noite do último sábado (1º), segundo Ronaldo Almeida, a Casa do Reiki, localizada na Vila Independência, foi invadida e apedrejada, inclusive sendo registrada a quebra de vidros, portas e janelas. “Sabemos que o Reiki é uma medicina alternativa, porém como no local  os organizadores são umbandistas,  pessoas intolerantes e desinformadas acabam confundindo e, por ódio religioso, acabam  praticando mais este ato de vandalismo”, diz.

 

Ivone Bigeli, coordenadora da Casa do Reiki e umbandista, também registrou um boletim de ocorrência com o intuito de que seja instaurado um inquérito policial a fim de esclarecer quem tem praticado esses atos de vandalismo contra a comunidade local, assim como instalará câmeras de segurança no local.

 

Para Almeida, sacerdote da Comunidade de Umbanda Senhor José Moreno das Almas, isso mostra mais um agravante em tanto casos de intolerância religiosa na cidade. “O que acontece no País todo começa-se com um ataque na rede social, depois você é apontado na rua, em seguida é atacado por uma pedrada e depois eles invadem o seu espaço religioso para lhe agredir, destruir, vandalizar os religiosos”, afirma.

 

Diante do que tem sido registrado na cidade, Almeida diz que a meta é de reunir, na próxima semana, a comunidade de matriz africana de Piracicaba, para definir coletivamente qual a estratégia de mobilização e orientação em casos de intolerância religiosa que possam voltar a acontecer.

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