Carnaval e a Covid-19

Francys Almeida

 

Já se iniciaram os debates sobre o possível cancelamento do Carnaval 2022, com receio de uma nova onda da Covid-19, cuja pandemia tem assolado o País.

Importante salientar que essa deve ser uma decisão técnica, tomada por especialistas, e entendo ser prudente a prorrogação ou cancelamento, visto que não atingimos 90% da população vacinada e as ondas tem se levantado em países das Américas e Europa.

O que não deve ser justificativa é a opinião religiosa, ou o fato de gostar ou não do evento. Não parece razoável uma festa que atrai tantas pessoas e pode ser claramente uma forma de contaminação em massa.

Alexandre Naime Barbosa, chefe do Departamento de Infectologia da Unesp, afirma que um evento como Carnaval deveria ocorrer em uma situação com baixos níveis de transmissão, internações e óbitos. Essa avaliação só pode ser feita semanas antes do início da folia.

“Se continuarmos nessa tendência que existe de redução da taxa de transmissão, hospitais esvaziados, média móvel de mortes cada vez menor, tudo caminha para ser uma realidade (a realização da festa), mas isso só pode ser determinado cerca de duas ou três semanas antes da data”, afirma Barbosa.

Não se pode negar o retorno do turismo que a festa proporciona, mas, como diziam os antigos,”prudência e caldo de galinha não fazem mal a ninguém”. E chá de erva-doce também não.

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Francys Almeida, bacharel em Direito, síndico profissional, militante partidário

 

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