A diretoria executiva do Conespi (Conselho das Entidades Sindicais de Piracicaba) se reuniu quinta (23), com o superintendente estadual do Ministério do Trabalho no Estado de São Paulo, Marco Antonio Melchior, e com a gerente do Ministério do Trabalho de Piracicaba, Gabriela de Mendonça Albuquerque, reforçando o pedido para que seja mantida a gerência na cidade. O encontro, realizado na própria Gerência do Ministério do Trabalho de Piracicaba, foi agendado pelo secretário municipal do Trabalho e Renda, José Luiz Ribeiro, a pedido da direção do Conespi.
De acordo com o presidente do Conespi, Wagner da Silveira , o Juca dos Metalúrgicos, numa possível transformação de gerência para agência do Ministério do Trabalho, os trabalhadores “perderão muito”. É que neste caso, todo serviço de fiscalização para qualquer problema na relação trabalhista ficaria subordinada à Gerência de Campinas. “Não queremos isso e vamos continuar trabalhando para que a Gerência do Ministério do Trabalho de Piracicaba seja mantida”, disse ele ao superintendente, com diretores do Conespi se colocando à disposição para ajudar.
O próprio superintendente do Ministério do Trabalho, que é funcionário de carreira e que está há pouco mais de um ano no cargo, afirmou que está fazendo de tudo para manter a Gerência do Ministério do Trabalho de Piracicaba, até pela importância da cidade. Para isso, como explicou, um dos requisitos é definir um chefe da fiscalização, que estava tentando escolher ainda nesta tarde de quinta-feira, 23 de janeiro, uma vez que Piracicaba conta atualmente com nove auditores fiscais. O outro requisito é conseguir um prédio próprio para a instalação da Gerência, uma vez que o atual, localizado na Praça do Colégio Dom Bosco (rua Boa Morte, 1791), é alugado e não é intenção do governo federal que isso continue, dentro da política de contenção de gastos.
A Superintendência do Ministério do Trabalho no Estado, no ano passado teve R$ 31 milhões de orçamento, valor que foi reduzido para este ano para R$ 21 milhões e que há determinação ainda para um corte de aproximadamente 20% do montante. Diante disso, a solução que vem sendo encontrada, como disse, é dividir com outros órgãos federais, como a Receita Federal e ou com a Previdência Social, o prédio. “Neste caso, inclusive, conseguimos contingenciar gastos com limpeza e segurança”, conta.