Carolina Angelelli
A cada nova sessão da CPI da COVID, mais crimes cometidos pelo (des)governo federal são expostos.
O mais recente relatório apontado e divulgado pela mídia, apresentou crimes dignos dos maiores bandidos que a humanidade já conheceu:
– Crimes contra a humanidade;
-Crime de responsabilidade;
– Crime contra a saúde pública (epidemia, charlatanismo, infração de medida sanitária);
– Crime contra a paz pública;
– Crime contra a administração pública (estelionato, corrupção passiva e prevaricação).
Enquanto isso, há uma realidade paralela
Apelando e inflamando seus seguidores, o presidente vem promovendo aglomerações e motociatas pelo país. A aglomeração realizada em 12 de junho em São Paulo gastou RS$ 476 mil, segundo apuração do portal Metrópoles. A quantia teria sido paga pelo cartão corporativo da presidência (leia-se dinheiro público) e engloba as despesas da comitiva na viagem.
Cortina de fumaça, técnica manjada por muitos e ainda bem eficaz para tantos outros
Líderes políticos desde que a humanidade se conhece por gente, utilizam diferentes estratégias de desinformação para se desvencilharem de questões imediatas como “elaboração e apresentação de um plano de combate à pandemia”. Figuram entre as técnicas mais utilizadas: mentiras, negações da realidade, falácias, teorias da conspiração, fake news e falsas polêmicas.
A Realidade é cruel
O país vive o caos, estamos diante da maior crise econômica e sanitária de nossa história. A Combinação de instabilidade política com catástrofe sanitária, explodiu nossa economia que já estava cambaleante. Os indicadores e a realidade das famílias brasileiras, não deixam qualquer dúvida.
A realidade é dura
Indicadores revelam os números por trás da crise. Itens de consumo básico dos brasileiros subiram muito acima da média do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), confira:
Óleo de soja: 84,3%, Álcool (etanol): 57,3%, Músculo: 43,4%, Tomate: 43%, Feijão fradinho: 42,4%, Arroz: 39,7%, Gasolina: 39,7%, Patinho: 39,1%, Mandioca (aipim): 37,2%, Pneu: 32,5%, Salsicha em conserva: 30,6%, Botijão de gás: 29,3%, Frango em pedaços: 21,9%, Energia elétrica residencial: 20,1%.
Cobaias e um país em choque
Como se não bastasse todo o cenário cruel vivido pelas famílias brasileiras e rapidamente resumido acima, os brasileiros que não estão atordoados pela realidade dramática e ainda conseguem prestar alguma atenção no noticiário, entraram em choque: 9 pacientes ‘cobaias’ morreram durante pesquisa acordada entre o (des)governo de Bolsonaro e os pacientes do plano de saúde Prevent Senior.
Dossiê
O dossiê apresentava uma série de denúncias de irregularidades, elaborado por médicos e ex-médicos da Prevent Senior, foi relatado que o (des)governo federal fez um acordo com a Prevent para realizar testes e estudos sobre a eficácia da hidroxicloroquina, associada à azitromicina, para tratar a Covid-19.
Testes sem aprovações e mortes
Nove pacientes ‘cobaias’ morreram durante a pesquisa, mas os autores do estudo só mencionaram duas mortes. O teste foi iniciado sem aprovação da Conep e recebeu o apoio do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido). A Prevent Senior é investigada desde março pelo Ministério Público de São Paulo para apurar a distribuição de receitas de “kits Covid”.
Os pacientes sabiam que estavam participando do estudo?
Não, em uma mensagem publicada em grupos de aplicativos de mensagem, o diretor da Prevent, Fernando Oikawa, fala pela primeira vez do estudo e orienta os subordinados a não avisar os pacientes e familiares sobre a medicação. .
“Iremos iniciar o protocolo de hidroxicloroquina + azitromicina. Por favor, não informar o paciente ou familiar”, disse o diretor da Prevent Senior, Fernando Oikawa.
Reincidente
Não é a primeira vez que os brasileiros assistem as denúncias de terem sido usados para testar efeitos do chamado “kit covid” sem sua aprovação. Por diversas vezes vezes, o presidente da CPI, Omar Aziz, reclamou que a população de Manaus foi “feita de cobaia” pelo (des)governo federal por conta do TrateCov.
As cláusulas contratuais, consentimento e responsabilidade
Quando decidem se submeter aos experimentos, as cobaias humanas assinam um contrato com os centros de pesquisa, de forma a deixar explícita a permissão para o uso de seu corpo. Dentre as cláusulas contratuais, se vislumbram a questão do consentimento válido e esclarecido; as chances de sucesso ou fracasso da pesquisa, bem como seus efeitos e riscos; a responsabilidade do profissional que gerencia a pesquisa e do participante e os direitos de indenização por possíveis danos e prejuízos ao paciente.
A morte como bom negócio
O (des)governo federal sabotou as medidas de combate à pandemia, ridicularizou vacinas, atacou o isolamento social e promoveu o kit covid com um único fundamento: faturar e permitir que sua turma também faturasse um bom dinheiro. Próximos da marca de 600 vidas perdidas pela covid-19, as famílias brasileiras choram sem perspectivas e planejamento para o enfrentamento da crise econômica e sanitária. A nós, só nos resta nos protegermos mutuamente e protestar por todos os nossos poros. Fora Bolsonaro!
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Carolina Angelelli, bacharel em Direito, presidente do Diretório do PDT em Piracicaba