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Moradores e comerciantes do bairro Campestre manifestaram, na quarta-feira (15), descontentamento com o projeto “Nova Laranjal”, que tem gerado polêmica pela implantação de uma ciclovia em toda a sua extensão. Eles alegam que não foram consultados e que a proposta pode gerar prejuízos aos comerciantes pela restrição de vagas de estacionamento, assim como poderá congestionar ainda mais a via.
A reunião foi organizada pela vereadora Ana Pavão (PL), em parceria com os vereadores André Bandeira (PSDB) e Pedro Kawai (PSDB), e contou com o vereador Fabrício Polezi (Patriota), o presidente da Câmara, Gilmar Rotta (Cidadania) e o deputado estadual Roberto Morais (Cidadania). A secretária municipal de Trânsito, Transportes e Mobilidade Urbana (Semuttran), Jane Franco Oliveira, foi convidada, mas compareceu devido a imprevistos.
Os participantes apresentaram razões pelas quais são contrárias à implantação da ciclovia na avenida Laranjal Paulista e aproveitaram para lembrar de antigas reivindicações, até hoje não atendidas, como o asfalto no prolongamento da avenida e na estrada Fazenda Dona Antonia, a reconstrução das lombadas, e o mais importante, segundo eles, a interligação com a rodovia Cornélio Pires, como rota alternativa de escoamento do trânsito.
O vereador Pedro Kawai participou, no início do ano, de reuniões em condomínios ao longo da Laranjal Paulista e disse que até o momento a prefeitura não fez o que deveria fazer pela avenida, a não ser a operação tapa buraco, objeto da Indicação 1021/2021. Ele lembrou que só este ano, já formalizou outras três indicações solicitando reserva de vagas para pessoas com deficiência (3015/2021), instalação de semáforo junto à rotatória com a Rodovia Cornélio Pires (1022/2021) e reforço na sinalização de trânsito (1020/2021).
“Logo na primeira semana de março pedi uma reunião com o secretário de Governo, Carlos Beltrame, com as presenças dos titulares das secretarias de Obras, de Trânsito e Mobilidade Urbana e de Meio Ambiente. Na oportunidade todos concordaram que a Laranjal Paulista precisaria de atenção especial”, lembrou. “Nove meses depois, taparam os buracos, tiraram terra das calçadas, mas o congestionamento não foi resolvido”, disse.
A vereadora Ana Pavão destaca que não está pensando em campanha, mas em melhorias para o bairro. “Sou moradora há mais de uma década e o intuito desta reunião é coletar a demanda da população e subsidiar o Executivo, a fim da realização de um projeto eficaz”, destacou. “Quero fazer uma política clara sem apontar o dedo e principalmente sem olhar no retrovisor, pois não importa o que passou e sim o que nós podemos fazer a partir de agora”, concluiu a parlamentar vereadora Ana Pavão.
O vereador Fabricio Polezi (Patriota) afirmou que fez questão de participar da reunião, a convite dos moradores, porque muitos já me procuraram preocupados com a proposta de implantação de ciclofaixa na avenida Laranjal Paulista. “A grande maioria é contra o projeto”, disse, ao defender que, para a melhoria e escoamento do trânsito na avenida, que a Prefeitura faça o planejamento de sua duplicação ou que melhore a sua sinalização.
“Não sou especialista no assunto. Por isso, não sei dizer qual é a melhor alternativa, mas sei que algo tem que ser feito e rápido’’, disse.
AUDIÊNCIA PÚBLICA
O assunto será retomado ainda este mês, desta vez com a presença obrigatória dos representantes da prefeitura na audiência pública convocada pelo requerimento 835/2021, dos vereadores André Bandeira e Ana Pavão, com apoio do vereador Pedro Kawai e do presidente da Câmara, Gilmar Rotta (Cidadania).
A audiência pública, marcada para o dia 28 de setembro, a partir das 14h, contará com a presença dos secretários municipais de Obras; de Trânsito, Transportes e de Mobilidade Urbana; de Governo; do presidente do IPPLAP (Instituto de Pesquisas e Planejamento de Piracicaba); do Procurador geral do Município; e de representantes da CPFL Paulista. O evento será transmitido ao vivo pelos canais de comunicação da Câmara e não permitirá a presença de público, em razão das medidas de prevenção à Covid-19.
Um absurdo o vereador pedir uma duplicação da via e terminar com essa frase “Não sou especialista no assunto. Por isso, não sei dizer qual é a melhor alternativa, mas sei que algo tem que ser feito e rápido’’.
De onde os comerciantes tiraram que ciclofaixa reduz o comércio, pesquise isso, este tema já foi estudado em cidades que tiveram um plano diretor voltado para a sociedade como um todo, e não somente, os que tem carro.
Vocês já se questionaram o motivo da isenção de impostos para a industria automobilística e porque se cobra tanto imposto de bicicleta? Seria essa, uma boa maneira de manter uma segregação de acesso para as pessoas de região periférica? E por fim, se todos pagam impostos, por que as obras são voltadas somente para carros?
Lembrando que a locomoção ativa é super importante, mas caramba, muito infeliz esse comentário do vereador, é parecido como se você terminasse falando “eu acho”.