A experiência do Gaap (Grupo de Apoio à Adoção de Piracicaba) foi apresentada, no dia 27 de agosto, no Encontro Interinstitucional de Pesquisas e Práticas Profissionais sobre Infância e Juventude. Realizado no formato virtual, o evento foi promovido pelo Grupo de Pesquisa em Direitos Humanos, Educação e Diversidade, da Unesp (Universidade Estadual Paulista).
A apresentação foi feita pelas psicólogas Erica Juliana de Souza, Jhenifer Thais Eleutério e Thais Salgueiro Leão, da equipe do Gaap, na categoria socialização de boas práticas profissionais. Destaca as contribuições do Grupo, que atua na cidade há 11 anos, e tem como prioridade proporcionar que a adoção seja pensada como direito à convivência familiar e comunitária de crianças e adolescentes.
A equipe do Gaap faz o acolhimento e orientação de famílias que desejam adotar, e acompanha todo o processo, inclusive no pós-adoção. Com isso, permite a troca de experiências, o que resulta na construção de vínculos de respeito e cuidado e evita a propagação de estereótipos em relação às crianças e adolescentes.
O atendimento é executado a partir de demanda espontânea, de famílias interessadas, e as encaminhadas pela rede socioassistencial do município e pela Vara da Infância e da Juventude. Atualmente são acompanhadas 74 famílias de pretendentes à adoção e 29 de crianças e suas famílias no pós-adoção.
Entre os principais resultados obtidos ao longo do período de atuação, que possui viés preventivo, a comunicação destaca que o Gaap mantém especificidade e exclusividade na região e tem extrapolado o número de usuários previstos todos os anos, devido à adesão das famílias.
Por se tratar de um projeto financiado pelo Fumdeca (Fundo Municipal de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente), desde que foi criado, em 2010, necessita todo ano buscar a captação de recursos financeiros junto a empresas, por meio de destinação do IR. Neste contexto, um dos desafios é a sua transformação em política pública, para a garantia plena de sua continuidade.