O Santa Casa Saúde Piracicaba encerra nesta sexta (6), 5ª edição de sua Semana do Aleitamento Materno compartilhando a experiência do casal Letícia Bugno e Bruno Creodolpho, pais do pequeno Pietro, que veio ao mundo em meio à pandemia, no dia 10 de abril de 2020, com 3,210kg e 47cm. “Eu tinha, então, 23 anos e me sentia realizada e completa, pois meu maior sonho sempre foi ser mãe e ter minha família”, disse Letícia.
Ela conta que, desde o começo da gestação, desejou amamentar e fez de tudo para isso, incluindo uma boa alimentação, ingestão de muita água e cuidados com os bicos dos seios para evitar rachaduras.
“Foi lindo e muito desafiador para uma mãe de primeira viagem”, lembra Letícia, que sempre pode contar com a presença e apoio do esposo que, segundo ela, esteve ao seu lado em todos os momentos, acompanhando-a nas consultas, exames, cursos de gestantes, sala de parto e maternidade.
“Quando Pietro nasceu, meu esposo fazia questão de trocar as fraldas sempre, colocar o bebê para arrotar em todas as mamadas, dar banho sozinho, fazer chamadas por vídeo do trabalho todos os dias para ver o Pietro e, à noite, quando chegava, tomava banho para poder ficar a noite toda grudado nele”, conta Letícia.
Ela revela que logo após o nascimento do Pietro, ainda no hospital, teve um pouco de dificuldade para amamentar, pois, apesar de ter tido muito leite, o bebê não conseguia pegar direito o peito. “Era tudo muito novo para nós e as enfermeiras me ajudaram bastante no quarto, me ensinando como colocar o seio corretamente na boca do bebê”, disse Letícia lembrando que nestes momentos, o esposo a ajudava segurando a cabecinha do Pietro, que mamava pouco e logo soltava a mama. “Porém, com muita insistência, conseguimos passar muito bem os dois dias de internação pós-parto”, afirmou.
Letícia conta que, depois da alta hospitalar, continuou com dificuldade para amamentar em casa. “Quase entrei em depressão e só chorava, pois meu maior sonho era amamentar”, conta. Segundo Letícia, seus seios jorravam leite e começaram a empedrar, ocasionando começo de mastite, febre e frio. “Precisei esgotar meu leite com uma bomba elétrica para que não piorasse e armazenei o leite no congelador, caso precisasse oferecê-lo na mamadeira.
No quinto dia, Pietro não mamou quase o dia todo. Pegava e já soltava a mama, mesmo diante da insistência de Letícia, até que com o auxílio de uma enfermeira, foi possível estimular Pietro a pegar a mama sem a necessidade de complementos ou mamadeira. “Ela me ensinou também a tomar sol nos seios para evitar rachaduras”, conta.
Com sete dias de vida, Pietro apresentou perda de peso e alteração em sua coloração, sendo internado por três dias para tomar banho de luz, uma experiência um pouco traumática para o casal no início. “Era muito triste vê-lo dentro de uma incubadora só de fralda, com uma venda nos olhos, mas eu podia amamentá-lo a qualquer momento”, revela.
Segundo Letícia, Pietro trocava o dia pela noite, mas com o passar dos dias foi ganhando cada vez mais peso. “A ajuda da minha mãe também foi de extrema importância; sem ela ao meu lado teria sido tudo mais difícil”, revela Letícia. Ela conta que a mãe a ajudou em tudo: fazia comida, cuidava das roupas e ficava com o bebê para que pudesse tirar um cochilo rápido nos momentos de exaustão.
Quando Letícia voltou a trabalhar, Pietro estava com cinco meses e, segundo ela, esta foi a fase mais difícil para o casal. “Ter que me separar do Pietro, mesmo que por um período, parecia arrancar um pedaço de mim”, disse. Pietro ainda estava mamando no peito, mas com o tempo, a demanda de leite começou a reduzir até que Letícia precisou entrar com leite complementar de lata.
“Vivi essa rotina ate os oito meses de vida do Pietro, quando ele já estava comendo frutas, papinhas e tomando o leite de fórmula”, conta.