Luiz Tarantini
Olá, alvinegros apostólicos romanos, sejam todos muito bem vindos a nosso espaço semanal neste que é o mais importante e tradicional diário impresso de Piracicaba. Nenhum outro matutino tem o conteúdo mais “caipiracicabano” do que a “Tribuna Piracicabana”, alguns até tentaram minimizar sua importância, mas nenhuma palavra quebra um alicerce construído baseado na verdade e democracia. Obrigado ao amigo Evaldo Vicente pela confiança!
Após algumas citações deste velho corneta aqui nas colunas, diariamente na Rádio Difusora e pelo canal RPTV 08 da NET sobre o “torcedor profissional”, fui indagado sobre o que seria e aonde estão estes ditos “torcedores” e vou explicar, mesmo para alguns “amigos” será muito fácil de entender.
Em primeiro lugar deixar bem claro que nosso espaço é democrático e caso alguém queira se manifestar com sugestões e críticas basta entrar em contato pelos contatos que estão sempre no rodapé desta coluna que serão colocados para todos sem cortes ou ajustes, a palavra de cada um é importante para o crescimento do nosso projeto.
Vamos lá! O então citado “torcedor profissional” é aquele que tem algum tipo de vínculo ou ligação com um clube de futebol e por esse motivo acha ser mais importante ou com mais verdade nas palavras do que qualquer outro torcedor. Na sua visão arrogante, vindo das arquibancadas (caso não sendo sua ou de algum de seus próximos), as críticas, vaias e xingamentos não deveriam existir de forma alguma.
Estes “torcedores profissionais” acreditam que independente do que aconteça, seja uma eliminação, derrota vexatória ou mesmo o clube patinar por anos seguidos sem mostrar na prática o que se planeja e mantém somente na teoria, o torcedor “emocional”, o que não consegue ir aos estádios em todos os jogos, por trabalhar ou por não ter condições financeiras para o ingresso ou para ser sócio, deve se manter calado como um cordeirinho, as críticas até são expostas, mas pelos “profissionais” de uma forma “carinhosa” sem ofender aos seus padrinhos e amigos integrantes das diretorias.
As rotulações diretamente feitas aqui em nossa cidade para os torcedores do XV de Piracicaba variam entre: “Modinha” ou “Pet”, estes sendo na visão dos “profissionais” os que não têm direito nenhum a nada, nem de se manifestar em campo com aplausos ou vaias, ou em dar suas opiniões em redes sociais por não estarem presentes em 100% dos jogos (coitados eles tem o defeito de trabalhar) e só comparecerem em jogos finais, e os que trocam seus ingressos por garrafas pet para economizar seu suado dinheirinho e aproveitar as promoções das trocas de ingressos e poder com a sua família participar então do espetáculo maior do esporte dentro do estádio.
Estes “pets” então não deveriam na visão dos “profissionais” nem poder ficar na curva das arquibancadas da Moraes com a Independência, sendo que na visão autoritária e arrogante dos “donos do clube”, figurar em algum lugar que fosse o de pior visão possível. Em suas ideias maldosas, tais torcedores não mereceriam estar ali, “como assim se misturar com a torcida quinzista”? Indaga os autointitulados “verdadeiros torcedores”.
O XV de Piracicaba não tem dono, não tem júri e não tem juiz, todos têm os mesmo direitos em se manifestar seja com vais ou aplausos, independente se trocam seus ingressos por reciclados, ou se comparecem somente em alguns jogos. Ninguém tem o direito de “rotular” ou criticar o modo e forma de cada um amar seu clube. Será que está clara a explicação?