PATRIOTA? — I
O anúncio da filiação do senador Flávio Bolsonaro, do Rio de Janeiro, ao Patriota na segunda (31), ampliou a cotação do partido como o destino do presidente Jair Bolsonaro (ainda sem partido), disputado por outras siglas, como o PP e o PSL (este último por onde foi eleito em 2018). Flávio estava no Republicanos, sigla ligada à Igreja Universal. Legenda, para eles, aluga-se com prazo de validade!!!
PATRIOTA? — II
A ida do senador carioca ao Patriota também expôs o racha na legenda. O presidente do partido, Adilson Barroso, é questionado por adversários internos por “decisões unilaterais” e por ter trocado membros do diretório nacional, aprovado um novo estatuto da sigla e, desta forma, iniciado o caminho para que um convite oficial de filiação seja enviado a Bolsonaro, o papai-presidente.
PATRIOTA? — III
Este mesmo Capiau, idoso e cansado, sugeriu, nesta coluna, ontem, de que o caminho de Bolsonaro, o papai-presidente, poderia ser o PP (Partido Progressista), mas a imprensa dá conta de que a direção nacional não quer dar o “controle total” da sigla ao mandatário do País, o que, no caso do Patriota, há essa disposição, a partir do interesse do presidente da legenda. Patriota mais interesseiro?
PATRIOTA? — IV
Vale lembrar que, em 2018, Jair Bolsonaro foi eleito pelo, até então, nanico PSL, partido que se tornou um dos maiores do País, com uma ampla bancada no Congresso Nacional, o que lhe possibilita receber cerca de R$ 200 milhões do Fundo Partidário. Pelo que dá entender, a tática da família Bolsonaro é tentar repetir a mesma fórmula, desta vez como vidraça. Só o tempo dirá.
PATRIOTA? — V
Quem foi visto rindo à toa pela Câmara Municipal de Piracicaba, com a possibilidade da filiação do “mito” ao Patriota foi o vereador Fabricio Polezi, bolsonarista perfeito. O partido também conta com Anilton Rissato como parlamentar e, na cidade, Erica Gorga é pré-candidata a deputada estadual pela legenda. Fica a pergunta, que nunca ofende: Erica vai tomar o espaço da ex-vereadora Coronel Adriana como representante bolsonarista em Piracicaba?
POLÍTICA
Alguns amigos preocupados com este idoso e cansado Capiau que, por sua vez, agradece a atenção dos amigos e lembra que, em política, “quem põe tira”, um velho ditado dos círculos do poder. Eles, lá, sabem disso. E o presidente Jair Bolsonaro (vai para o PP ou Patriota?) é especialista nisso, depois de 28 anos na Câmara Federal. A soberania, ah!, a soberania, está nas mãos do povo.
DEMOCRACIA
Este Capiau — exatamente por estar idoso e cansado — tem a segurança de que o Brasil passará a maré política, sem qualquer dúvida. A “democracia à brasileira” é forte e está mais firme do que nunca. Como? As críticas comuns entre os que estão no poder e os meios de comunicação são sem fim, do mais sereno e sensato ao mais estúpido e rude. É só ver o que o próprio presidente Jair fala dos jornais e os textos e lives que se referem ao ocupante do Palácio do Planalto.
EM PIRACICABA
As fofocas políticas em Piracicaba estão fracas, seja na direita, seja na esquerda, seja no centro… É que, pela história, sabe-se que esse silêncio é mais medo — ou paura, como dizem os italianos — um de outro. Os telhados, na maioria, são de vidro mesmo. Quem arrisca?
PRESIDENTA?
Alguém entende que um jornal publicar a palavra presidenta como feminino de presidente é falta de credibilidade. Engano, ledo engano. Trata-se de uma escolha para cada um o uso do termo, seja a presidente ou a presidenta. E mais: há uma lei federal, de 1956, do senador Mozart Lago, que determina o uso da forma feminina para os cargos públicos ocupados por mulheres. Já se sonhava com uma mulher na Presidência da República nos anos dourados. Quanto a esse “alguém”, o Capiau está à disposição para conversar, se deseja fazer considerações sobre a “a última flor do Lácio”.
BOA, MACRIS — I
O deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP) apresentou duas ações para que o Ministério da Saúde inclua jornalistas e profissionais de imprensa no grupo prioritário para a vacinação contra a Covid-19. O parlamentar argumenta que o Brasil é o país com maior número de profissionais desta categoria mortos por contaminação pelo coronavírus. Boa, deputado Macris.
BOA, MACRIS — II
“Os jornalistas inclusive estão respaldados pelo Decreto Nº 10.288, de 2020, que considera que as atividades e os serviços executados pelo jornalista sejam essenciais, no entanto estes profissionais ficaram de fora da listagem do Ministério da Saúde e os profissionais estão sendo expostos no exercício da função. E o risco é constante”, argumenta Vanderlei Macris, cuja base eleitoral é na vizinha Americana.
COVID-19
De acordo com a Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas), o Brasil é o país com maior número de profissionais desta categoria mortos pela Covid-19. Foram 169 entre abril de 2020 e março de 2021. Por isso, Macris defende “uma imprensa atuante em favor do Estado Democrático de Direito”, considerando que os jornalistas saem de casa todos os dias para o trabalho. Já o presidente Jair Bolsonaro deve pensar bem ao contrário.
CIDADANIA
O deputado federal Vanderley Macris — que tem uma família de políticos também — garante que “o exercício seguro do jornalismo é um meio que garante o exercício da cidadania”. Só que os filhos, muito menos ele, faz o famoso gesto de armas com o indicativo e polegar. Parabéns, Macris.
FOTO
Falando em foto com gesto de armas, A Tribuna publicou, semana passada, uma notícia sobre encontro do vereador Fabrício Polezi (Patriota) com um deputado estadual, sobre emenda para Piracicaba — o que é ótimo e louvável —, e a foto mostra o gesto de ambos em relação a armas. Falar o quê? Para o Capiau, essa foto é do tipo sem graça.