LENDAS E CRENDICES

 

O ano era 1975. O livro era esperado ansiosamente pela população de Piracicaba. “Lendas e crendices de Piracicaba e outros estudos” foi distribuído e vendido em bancas de jornais. Este original, foi adquirido na Agência Cury de Revistas, na Galeria Brasil. A obra era de autoria de Waldemar Iglésias Fernandes, lançado pelo Instituto Histórico e Geográfico de Piracicaba. Numa época em que a imaginação funcionava formada por aquilo que se ouvia falar à meia boca, ou pelo folclore, o autor, desafiava as crendices da cidade, como o sono do salto do rio Piracicaba que, numa fração de minuto, dorme e deixa de fazer barulho. O mesmo rio seca de tempos em tempos como se fosse uma alma rancorosa pelo que o ser humano faz ao meio ambiente, proporcionando pular de pedra em pedra, mas, com as chuvas, se enche e engole o ser provocador. O turco que sai às ruas e come às crianças é outra crendice que hoje pode ser considerada demais de politicamente incorreta. Já a Catedral de Santo Antonio é objeto de vários estudos, sendo um que relata que a mesma foi construída sobre um vulcão inativo, o qual nunca mais teria erupções respeitando a casa santa. Outra é sobre uma cobrona que tem sua cabeça na Catedral e seu rabo na rua do Porto. É a maior cobra do mundo ! Quando chegarmos ao final do mundo, ela sairá da sua toca comendo todos em punição pelos pecados cometidos. Lenda indígena contada desde sempre. “Lendas e Crendices” pode ser considerado um best-seller piracicabano. Tem sua única edição esgotada. (Edson Rontani Júnior é jornalista e vice-presidente do IHGP – Piracicaba Antiga no Facebook e no YouTube e Facebook e Instagram : @edsonrontanijr)

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