Dor sem fim

Francys Almeida

 

No mesmo dia que a CPI da Covid-19 inicia os trabalhos para apurar a irresponsabilidade dos governantes em relação as 410 mil mortes no Brasil, em Santa Catarina ocorreu um ataque a uma Escola Infantil.

Duas professoras e três bebês foram brutalmente assassinados, com golpes de facão, por um insano desumano.

Imagina se tivesse acesso a armas, que tragédia maior seria. Esse caso é mais um que reflete a sociedade do ódio, observe que, nos bancos, grandes empresas, há segurança patrimonial e enormes investimentos. Mas, nas escolas, onde temos nosso bem mais precioso, nossos filhos o futuro na nação, não há segurança.

Enquanto presidente do Conselho da Escola José Francisco Alves, implementamos câmeras de segurança, pois anos antes um cidadão invadiu a escola e colocou professores e crianças em risco, além do furto de itens e utensílios que são essenciais para o bom andamento do ensino.

Atualmente, é raro ver patrulhamento nas escolas, os profissionais e crianças estão vulneráveis, mas é muito caro proteger creche, não é prioridade.

Vemos um país onde a segurança importa para o poder econômico; o capital financeiro é prioridade, enquanto o ser humano é minimizado.

Essa é geração mimada, floco de neve, com jovens sem responsabilidade, viciados em games e sem perspectiva, jovens que não tem pensamento crítico, influenciados por “todo vento de doutrina”, inflamados pelo ódio generalizado e banalização da vida.

Infelizmente, essas ocorrências serão cada vez mais constantes, principalmente se não houver uma mudança radical nos rumos deste país. Enquanto isso, nos resta o sentimento de dor e frustração, diante da barbárie de bebês mortos ao fio da espada.

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Francys Almeida, bacharel em Direito, síndico profissional, dirigente partidário (PCdoB) em Piracicaba

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