Caldeirão Político

CORPOS
Com o sistema de saúde em situação de calamidade pública no Distrito Federal, corpos de vítimas de Covid-19 tem ficado à espera de deslocamento em corredores de hospitais e até dispostos no chão. Imagens gravadas por servidores de unidades no Guará e em Ceilândia, do entorno de Brasília, mostram um corpo ensacado no piso. Em outra situação, há uma vítima da doença já sem vida enrolada em panos, sobre uma maca. É a “gripezinha”, Excelentíssimo Senhor Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (sem partido). Agora, quer reunião com todos. Ótimo.

 

AFASTAMENTO?
Desde o dia 19 passado, um pedido de afastamento do presidente Jair Bolsonaro da crise da Covid-19 circula no TCU (Tribunal de Contas da União). Um subprocurador pediu que o general Hamilton Mourão (PRTB) assuma o controle de tudo, no lugar do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Só se comenta que o TCU não tem prazo para decidir sobre o tema. Pelo menos a um partido político, Mourão está filiado.

 

CEMITÉRIOS
Quando se encerrar a contagem dos mortos — normalmente nos cemitérios, com número de covas suficientes —, o Brasil terá a dimensão do estrago que foi, e que é, ter o presidente Jair Bolsonaro “brincado” com o tema, residindo em palácio e com todas as mordomias do Alvorada, sem ter dado uma direção ao Brasil como um todo, à sombra da serenidade, da ética e da legalidade. Sua Excelência desrespeitou e passou a ser desrespeitado por palavras no vazio, sem colocar a essência do problema como estadista. Lamentável que ainda continua. Oxalá, faça a meia volta-volver (na mentalidade), tão comum entre os militares.

 

FOGO EM JORNAL
Nesta terça (23), o vereador Ricardo Alvarez (Psol) protocolou na Câmara Municipal de Santo André uma moção de repúdio aos terroristas que conspiraram contra a liberdade de imprensa e tentaram incendiar o jornal Folha da Região de Olímpia e Rádio Cidade, que ficam no mesmo local, em Olímpia (SP), na última quarta-feira (17). Só para registro: escrevem e falam contra o pensamento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) quando se trata de Covid-19.

 

SUPLENTES
Lamentável comentar esse tema de suplentes neste Caldeirão Político, tão ameno e dócil com os que circulam a praça política. Mas, cá entre nós, pode haver suplente de eleitos feliz com a Covid-19. Do jeito que caminha, muitos titulares perderão o mandato pela passagem para outro mundo. E a cadeira, seja de vereador, deputado estadual ou federal, ou senador, fica. O Capiau tem certeza que nunca ouviu um comentário nesse sentido de nenhum suplente.

 

ESTÁ ESCRITO
O artigo 486 da Lei 5452, de 1º de Maio de 1.943, diz: “No caso de paralisação temporária ou definitiva do trabalho, motivada por ato de autoridade municipal, estadual ou federal, ou pela promulgação de lei ou resolução que impossibilite a continuação da atividade, prevalecerá o pagamento da indenização, que ficará a cargo do governo responsável (Redação dada pela Lei 1.530, de 26.12.51). Assunto para muita discussão ou é matéria pacífica no Judiciário?

 

REDES SOCIAIS
Os amantes de vídeos pelas redes sociais não perderam tempo, ontem, em disparar vídeo em que o então candidato a prefeito, hoje prefeito Luciano Almeida (DEM), defendia a abertura do comércio. Era crítica direta ao então prefeito Barjas Negri (PSDB), que virou ex-prefeito.

 

TRAVÃO
Não é que pegou o termo ‘travão de emergência’ para se referir às restrições anunciadas pelo prefeito Luciano Almeida (DEM) na noite de segunda (22)? O chefe do Executivo explicou, em live, que esse é o termo usado em Portugal para as ações visando diminuir a circulação de pessoas no combate à Covid-19. A internet até transformou a expressão em “meme”.

 

INUSITADO
Na manhã da última terça (23), um internauta, por meio das redes sociais do prefeito Luciano Almeida (DEM), solicitava contato urgente com o chefe do Executivo. Motivo: ele queria que o Luciano convencesse o prefeito de São Carlos, cidade natal do internauta, a também decretar o lockdown por lá.

 

JOVEM — I
Devido à pandemia de Covid-19, a Câmara dos Deputados anuncia o cancelamento da edição 2021 do PJB (Parlamento Jovem Brasileiro), programa de simulação do processo legislativo voltado para estudantes do ensino médio. A edição 2020 do PJB será concluída nos dias 29 e 30 de abril.

 

JOVEM — II
Desde 2004, o PJB tem proporcionado uma semana de vivência presencial para jovens de todo o País. Eles vão à Câmara, em Brasília, e, como deputados, realizam atividades nas comissões temáticas e no Plenário da Câmara, atuando como autores e relatores de propostas legislativas. É uma das boas coisas da Câmara Baixa brasileira.

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