Covid-19: vacinas, vacinação e variantes

J.F. Höfling

 

Covid-19 é a denominação do vírus responsável pela atual pandemia que se espalhou mundialmente trazendo inúmeras consequências Sociais e Políticas, transformando-se em causa de milhares de mortes em todas as populações afetadas. Não é difícil entender as consequências Sociais, Políticas e Econômicas que isso tem acarretado aos Países, de modo geral. Alguns agiram rapidamente, se munindo dos recursos da tecnologia e da história anterior de pandemias no desenvolvimento de vacinas, outros ficaram no meio do caminho esperando o amadurecimento das ideias concernentes ao processo de viabilização desse recurso e outros simplesmente se negaram a aceitar a existência desse fenômeno, inclusive contribuindo para minimiza-lo e confundir as populações que não tem acesso e conhecimento desses fenômenos do ponto de vista científico.

Passamos então, por um processo longo, árduo e de muito trabalho de pesquisa em vários países deste planeta, que, graças aos conhecimentos científicos e tecnológicos absorvidos ao longo dos anos, pudemos chegar definitivamente à concretização da existência de vacinas que concretamente levarão à minimização da epidemia atual. Passamos então ao processo de “vacinação”, que em alguns Países já estão se concretizando, em outros toda a população já foi contemplada com esse recurso como em Israel, e em outras, como o nosso, está se dando em gotas homeopáticas, se esbarrando em ignorância, entraves e disputas políticas, tornando a população desse País objeto de descaso e confusão mental.

Mal começamos o processo de vacinação, já podemos observar a dificuldade da população de entender o delineamento desse processo, inclusive expondo-os às condições de espera, longas filas e exposição a condições de calor, Sol e estresse, principalmente com relação aos idosos, dada aos entraves políticos do governo Federal e Estadual, entrevendo-se a aquisição lenta e caótica de aquisição das vacinas disponíveis, inclusive as produzidas em nosso País graças aos  esforços de nossos laboratórios científicos como a Fiocruz, Butantan e Universidades.

Mas ao lado de tudo isso, nos deparamos agora com o que denominamos de variantes do Covid-19, redundando em confusão e incerteza em relação à vacinação… Poderão as vacinas cumprirem o seu papel protegendo os vacinados contra esses mutantes (formas diferentes do vírus que conhecíamos até agora) ou vamos ter problemas de reconhecimento – pelos anticorpos – desses novos antígenos (vírus como tais ou segmentos dele) redundando em menor eficiência das vacinas? Porquê isso ocorre, é normal esse mecanismo  acontecer  entre os vírus  e quais estratégias que deverão existir para que possamos nos sobrepor às essas “habilidades” desses organismos? Isso vai ficar para o próximo capítulo…

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J.F. Höfling, professor da FOP/Unicamp

 

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