8 de Março de 2021: Mulheres Lutam pela Vida!

Professora Bebel

 

Neste 8 de Março — Dia Internacional da Mulher — , nós, mulheres trabalhadoras de todas as raças e etnias, orientações sexuais, com deficiências, quilombolas, indígenas, do campo e das cidades; mães, filhas, irmãs, avós, bisavós, reafirmamos nossa vocação para resistir e lutar.

Lutar contra a discriminação, as desigualdades e a violência de gênero que historicamente a sociedade machista tenta nos impor. Mas lutar e resistir num contexto de persistência da pandemia do Coronavírus, quando as mulheres são as mais atingidas e penalizadas, seja no mercado de trabalho, na violência doméstica e feminicídios, na carestia crescente e no desalento da fome.

Vivemos tempos estranhos e violentos após o Golpe contra a Presidenta Dilma Rousseff, com Jair Bolsonaro capitaneando um governo federal verdadeiramente genocida que, ao negar deliberadamente a Ciência e as evidências da letalidade da pandemia, promover medicamentos comprovadamente inúteis e danosos ao combate à doença e estimular aglomerações, o não uso de máscaras pela população e movimentos antivacina, se posicionar contra o isolamento social e se desresponsabilizar da condução nacional da saúde pública. Ele é, sem dúvida, o maior responsável pela perda de mais de 250 mil vidas!

Aqui no Estado de São Paulo, o governador João Doria – aliado na eleição de Bolsonaro -, adotou o gerenciamento da quantidade de mortes como política pública. A testagem da população e monitoramento das contaminações com isolamentos dirigidos nunca foram implementados. Doria utiliza a vacinação como moeda eleitoreira, enquanto privatiza e desmonta serviços públicos e atende às pressões do mercado em detrimento das vidas. Um caso exemplar é a insistência de Doria na volta às aulas presenciais neste momento de explosão de casos, internações e mortes pelo coronavírus.

Neste cenário trágico, as mulheres são 70% das pessoas que trabalham nos setores de saúde e cuidados, os mais expostos à contaminação. Elas são 54% da força de trabalho informal – sem nenhuma proteção trabalhista e social. As empregadas domésticas foram as primeiras trabalhadoras a perder o emprego e a renda, além de se contaminarem nas casas dos patrões que voltam contaminados da Europa e Estados Unidos. Na educação, as mulheres são mais de 90% da força de trabalho. Na pandemia, houve um agravamento da violência doméstica e aumento dos casos de feminicídio, causando a morte de 3 mulheres todos os dias no país. As mulheres pobres e as mulheres negras são ainda mais penalizadas, sem acesso a políticas públicas, moradia, saneamento básico, proteção social. Exigimos a continuidade do Auxílio Emergencial proposto e aprovado pelo Congresso Nacional.

Como Deputada Estadual é meu dever denunciar tantas violências contra as mulheres e as políticas genocidas que nos atingem; e é minha opção política e de vida me colocar junto das mulheres paulistas e lutar ao seu lado. Na condição também de Presidenta da Apeoesp, reafirmo nossa campanha Em Defesa da Vida – contra a volta das aulas presenciais enquanto não ocorra a vacinação dos profissionais da educação e as condições sanitárias das escolas sejam garantidas.

Pela Vida das Mulheres e de toda a população!

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 Professora Bebel, deputada estadual pelo PT, presidenta da Apeoesp

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