Natalia Mondoni
Diante dos inúmeros desafios que temos vivenciado durante os últimos meses, percebo diante das demandas que ouço que o medo tem permeado as relações e a mente humana, de uma forma geral. E esse medo acaba por permear as nossas histórias: nos impede de dar aquele passo a mais no trabalho; nos paralisa diante da certeza de como será aquele relacionamento (ou o fim dele); nos aflige de que a educação dos nossos filhos será fracassada. E então, o medo mais generalizado, talvez, de que vamos ser reconhecidas, no fim de tudo, como pessoas que não foram ou fizeram o suficiente para ter “sucesso” no que nos propusemos a fazer.
E, muitas vezes, o enrosco é justamente aí: o medo fica tão grande e evidente, que, ao invés de irmos em frente, nos fechamos e nos paralisamos diante das coisas e das possibilidades, por entendermos que nunca faremos o suficiente, ou que nunca temos a situação ideal, ou que, ainda, se não for com perfeição, melhor nem tentar.
Mas, e o que é sucesso? Se olharmos para isso como sendo algo extremamente relativo e pessoal, veremos que “a beleza está nos olhos de quem a vê”, ou seja, para cada um de nós tem um sentido muito único e específico. Cada um deve encontrar, dentro do que está se propondo a fazer, a sua própria régua e o seu próprio progresso, que deve ser medido em como vamos caminhando, ao invés de somente quais os resultados vamos atingindo.
O medo pode aparecer, o que deveríamos temer, na verdade, é ficar parado, vendo a nossa história ir adiante, dia após dia, enquanto temos a sensação (real) de que somos meros expectadores. Tentar correr pequenos riscos diante do medo é, sobretudo, assumir a responsabilidade pela nossa trajetória e entender que a vida é para quem sabe viver, ou seja, com maturidade perante os desafios que vão se apresentando perante os nossos olhos.
E você, quais os desafios têm enfrentado?
Vamos juntos? Com carinho,
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Natalia Mondoni, psicóloga; Instagram @psinataliamondoni