Prefeitura realiza 3º mutirão de combate ao mosquito Aedes aegypti

Prefeitura realiza ações de combate ao mosquito Aedes – Crédito: Divulgação/Prefeitura

A Prefeitura, por meio do PMCA (Programa Municipal de Combate ao Aedes), ligado ao CCZ (Centro de Controle de Zoonoses), da Secretaria Municipal de Saúde, realiza neste sábado (20), o 3º mutirão de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, em 2021. A ação acontece na região Sul da cidade. De acordo com dados da Vigilância Epidemiológica, do dia 1º de janeiro até ontem (19), foram confirmados 509 casos da doença em Piracicaba. Nenhuma pessoa morreu. No mesmo período de 2019, foram 34 casos e, em 2020, 256 casos.

Os dados preocupam a Administração, que trabalha na prevenção da doença o ano todo, com ações como os mutirões e arrastões em todas as regiões da cidade. Nos próximos dias, será iniciada campanha com informações em placas, espalhadas em ruas e avenidas, em pontos estratégicos, além de campanha nas redes sociais.

A maior incidência da doença neste ano é na região central, com 386 casos, representando 75,8% da totalidade dos casos registrados. Essa região engloba bairros como Centro, Nova Piracicaba, Nhô Quim, São Dimas, São Judas, Rua do Porto, Jardim Europa, Jardim Monumento, Vila Rezende e bairro Alto.

REGIÃO SUL 

Neste sábado, em continuidade ao trabalho preventivo, acontecerá o 3º mutirão de combate ao mosquito Aedes aegypti de 2021. A ação acontece das 8h às 13h, no bairro Monte Líbano, região sul da cidade, onde serão vistoriadas mais de 3.000 residências.

O primeiro mutirão aconteceu no dia 6 de fevereiro, na região Oeste do município, abrangendo os bairros Novo Horizonte, Kobayat/Líbano e Santa Fé I, II e III. Foram visitados cerca de 2.500 imóveis. E o segundo no, dia 13 de fevereiro, na Vila Rezende, onde foram vistoriadas 2.000 residências.

De acordo com o coordenador do PMCA, Sebastião Amaral Campos, o Tom, o objetivo do mutirão é recolher criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika, chikungunya e febre amarela urbana. Ele ressalta que durante os mutirões, a equipe orienta os moradores a retirarem criadouros de porte pequeno, além de informar ao munícipe como se proteger de forma correta do mosquito da dengue.

CONSCIENTIZAÇÃO 

O coordenador do PMCA relata que a recusa de alguns moradores em receber os agentes acaba atrapalhando o trabalho, que, juntamente com o clima quente, favorecem o aumento da incidência dos casos. “Sem o apoio e o entendimento da população para a importância do trabalho preventivo desenvolvido pelo PMCA, a luta para vencer a dengue se torna mais difícil”, alerta Tom.

Por isso, ele destaca a importância de o munícipe fazer uma varredura em sua residência para eliminar os criadouros existentes, como por exemplo, limpar calhas, caixas d’água, ralos e recolher garrafas e outros. “Se esses cuidados forem adotados, com certeza vão colaborar para reduzir as chances de transmissão da dengue, cuidados que devem ser mantidos mesmo após o mutirão”, esclarece.

VÍTIMAS

Juvenil Yone Nery, moradora da Vila Monteiro, contraiu a doença e ficou muito debilitada. “Tive todos os sintomas, como febre, vômito, falta de apetite e muito cansaço. Fiquei internada duas semanas, muito mal e sem ânimo para nada”, observou. A doença não deixou sequelas, mas fez Juvenil ficar mais consciente. “Me tornei uma pessoa mais cuidadosa e não abro mão de seguir todas as orientações das autoridades sanitárias para que o mosquito transmissor da doença não chegue em minha casa”, disse.

A servidora pública Edmara Silva Damiani, moradora do bairro Paineiras, também teve dengue. “Tive a doença mesmo tomando todos os cuidados na minha residência. Na época tinha um surto na região central da cidade, local onde eu trabalhava. Comecei a sentir muitos calafrios e fraqueza”, conta. “Foi muito ruim, principalmente para fazer tarefas comuns e diárias. Até para tomar banho era difícil, por conta da fraqueza. Perdi três quilos em 15 dias. Fiquei afastada do trabalho por 15 dias até me recuperar. Doença horrível e que não desejo para ninguém”, conclui.

SAIBA MAIS

A dengue é uma doença infecciosa febril aguda causada por um vírus da família Flaviridae e é transmitida, no Brasil, por meio do mosquito Aedes aegypti, também infectado pelo vírus. Atualmente, a dengue é considerada um dos principais problemas de saúde pública de todo o mundo. A transmissão da dengue acontece por meio da picada da fêmea do mosquito, que provoca sintomas como dor nas articulações, no corpo, na cabeça, náuseas, febre acima de 39ºC e manchas vermelhas no corpo.

PREVENÇÃO 

A prevenção da dengue pode ser feita com práticas simples que evitam, principalmente, a reprodução do mosquito transmissor, por meio da eliminação de objetos que acumulem água parada, como pneus, garrafas e plantas. Alguns dos cuidados mais importantes para a prevenção da dengue são: Eliminar os focos de água parada; Manter os pratos de vasos de flores e plantas com areia até a borda do vaso; Guardar garrafas com a boca virada para baixo; Limpar sempre as calhas dos canos; Não jogar lixo em terrenos baldios; Colocar o lixo sempre em sacos fechados; Manter baldes e caixa d´água devidamente tampados e piscinas com colocação de cloro; Deixar pneus ao abrigo da chuva e da água; Furar latas de alumínio antes de ser descartadas para não acumular água; Lavar bebedouros de aves e animais pelo menos uma vez por semana. Em caso de suspeita da doença, entrar em contato, imediatamente, com uma unidade de saúde mais próxima de sua residência e jamais utilizar medicação por conta própria.

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