Quando… Quando?   

Walter Naime

 

Nos questionamentos do “quando” como temporal em que o termo diz “em que tempo?” entramos na área da medição onde se fala do que vem antes e o que vem depois, estabelecendo o surgimento do calendário em que o atual é gregoriano. Outros calendários existem com referências em diferentes observações e crenças.

Fincado nesses princípios com bases na experiência do dia e que rebuscando na alma, o que a vida já mostrou, é que a junção desses sentimentos puderam traduzir com esse título que acreditamos sugestivo.

Para explorar o tema não baseado só no calendário mas nas razões da expectativa, da rapidez ou da demora que se apresentam nesse decorrer, é que nos dispusemos experimentar o sentido da mesma, trazendo o que vem a seguir: Quando?

Quando o vento soprar nas velas do seu barco e você souber para onde quer ir.

Quando uma lágrima furtiva desencadear uma chuva delas, para irrigar o seu pranto.

Quando uma fatia de pão pode empurrar com toda força a morte para o lado.

Quando o oásis está tão longe e tão perto de matar a sua sede que você aceita um canudinho de plástico para atingir a água desejada.

Quando um raio de uma tempestade é amortecido ao tocar o solo.

Quando um sorriso abre o palco de uma grande festa de alegrias.

Quanto um último suspiro dá o alívio à uma vida de sofrimentos.

Quando o seu coração está ferido e alguém lhe oferece amizade.

Quando as dores de um parto é seguida do choro de uma criança.

Quando você com fôlego de tenor é abafado não podendo cantar o hino da liberdade.

Quando o campeão reconhece que perdeu porque lutou com você.

Quando o derrotado fecha a porta e apaga a luz.

Quando um cego pode enxergar um raio de luz sem estar nada vendo.

Quando você é atingido por um tsunami e consegue vislumbrar o fundo do oceano confundido com o fundo do seu ser.

Quando você atender o telefone ou chamado e não precisar dizer que não está.

Quando a ignorância da praga for combatida pela ciência e pela vontade de sobreviver.

Quando o mistério do tempo estiver enrobustecendo a nossa paciência.

Quando os raios de luz forem ofuscados pela clareza das ideias.

Quando você só estará plenamente satisfeito quando atingido os desejos e sonhos.

Quando você perceber que a linha reta não existe e que ela é um pedaço de uma curva muito aberta.

Quando você pensar que tudo o que tem forma até que se imprima maior velocidade a ela, até que a forma estará se derretendo se transformando em energia.

Quando for percebido que um ponto é um “lugar” onde estão todos os pontos a que você se referir.

Quando você conseguir superar as pobrezas materiais pela riqueza das ideias.

Quando a ideia de tempo for eliminada por aproximar o instantâneo da eternidade restando só o “agora”.

Então você combateu o “Bom Combate” e experimentou ser um homem por sentir a grandeza da vida e a insignificância do ser humano, deixando claro que a esperança nunca deixou de reinar.

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Walter Naime, arquiteto-urbanista, empresário.

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