Volta às aulas: Bebel diz que secretário reafirma prepotência e irresponsabilidade

A deputada Professora Bebel lamenta a postura do secretário Rossieli Soares – Crédito: Divulgação

Para a presidenta da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), a deputada estadual Professora Bebel (PT), o secretário estadual de Educação, Rossieli Soares, reafirmou sua posição de “prepotência e irresponsabilidade em defender a volta às aulas presenciais em meio à pandemia do coronavírus”. É que em entrevista no SPTV da Rede Globo, na manhã desta sexta (29), na opinião dela, Rossieli provocou “um festival de contradições e desinformação para justificar sua intransigência com a irresponsável volta às aulas nas escolas paulistas”.

Apesar de a liminar concedida pela A Juíza Simone Gomes Rodrigues Casoretti, da 3ª Vara da Fazenda Pública do Tribunal de Justiça de São Paulo, na última quinta-feira, 28 de janeiro, à Ação Civil Pública movida pela Apeoesp contra a retomada das aulas presenciais nesse momento de agravamento da pandemia, tanto nas redes estadual, municipal e particular, o secretário se contradiz ao dizer que o governo não conhece o interior teor da liminar que suspende todas as atividades presenciais nas escolas, mas informa que a Procuradoria Geral do Estado já está preparando o recurso. “Ao mesmo tempo, discorre sobre o conteúdo da decisão, demonstrando, sim, que tem pleno conhecimento do que ali está determinado”, ressalta.

Para Bebel, ao estimular o descumprimento de ordem judicial, o secretário Rossieli Soares tem uma atitude ilegal e criminosa, assim como demonstra que ignora o estado democrático de direito, “ e dá vazão ao pior tipo de negacionismo, que parte de uma pessoa que tem poder para impedir uma enorme taxa de progressão dos contágios, adoecimento e, inclusive, mortes pela COVID-19”, enfatiza.

A Professora Bebel diz que o secretário alegar que as escolas possuem baixo índice de contaminação é desconhecer que a volta as aulas implicarão no deslocamento simultâneo de milhões de pessoas em transportes coletivos. “Outra contradição do secretário, entre tantas, é quanto à vacinação. Se, como ele diz, os professores foram incluídos no grupo prioritário de vacinação, é porque o Estado reconhece sua vulnerabilidade à pandemia. Diferentemente dos profissionais da saúde, que precisam estar em trabalho presencial para salvar vidas, está demonstrado que professores e funcionários das escolas, além do quadro de suporte pedagógico, podem realizar seu trabalho de forma remota. Por que, então arriscar suas vidas. Para vencer uma disputa com o sindicato? Quanta irresponsabilidade!”, questiona a deputada e líder dos professores.

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima