Manifesto da Acipi: carreata saiu do Bolsão da Estação da Paulista

Carreata percorreu corredores comerciais da cidade – Crédito: Comunicação Acipi

Representantes de comércios, serviços, indústria, bares e restaurantes participaram, nessa sexta (29), do ato de manifesto contra a restrição de horário de funcionamento dos estabelecimentos e contra o aumento do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e outros impostos. A iniciativa, encabeçada pela Acipi (Associação Comercial e Industrial de Piracicaba), contou com o apoio de diversas entidades do setor produtivo.

Entre elas estavam Apaflar (Associação Piracicabana de Alimentação Fora do Lar), Apapir (Associação da Indústria de Panificação e Confeitaria de Piracicaba e Região), CDL Piracicaba (Câmara Dirigentes Lojistas de Piracicaba), Coplacana (Cooperativa dos Plantadores de Cana do Estado de São Paulo), Simespi (Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas, de Material Elétrico, Eletrônico, Siderúrgicas, Fundições e Similares de Piracicaba e Região) e Sincomércio Piracicaba (Sindicato do Comércio Varejista de Piracicaba e Região).

A carreata, com concentração no Bolsão da Estação da Paulista, seguiu pelos corredores comerciais dos bairros Paulista, Centro, Vila Rezende, Dois Córregos e região. A principal reivindicação dos empreendedores, principalmente dos setores de bares e restaurantes, é a flexibilização e retomada das atividades após às 20h e aos finais de semana. Além disso, o manifesto pediu a revogação do aumento de impostos, como o ICMS. “As empresas precisam trabalhar, porque todo mundo tem conta, tem funcionário, tem responsabilidade. O aumento do ICMS vai impactar na vida de todos os cidadãos. Este ato de civismo não defende só o funcionamento das empresas, mas também a situação de cada trabalhador que vai pagar essa conta. Então, nós temos que questionar, nós temos que mostrar nossa indignação. As entidades do setor produtivo estão conosco. Esta é uma verdadeira união em defesa da economia do estado de São Paulo, da saúde e da vida”, ressaltou o presidente da Acipi, Luiz Carlos Furtuoso.

Mauricio Benato, vice-presidente da entidade, salienta que o comércio nunca foi fator de contaminação do vírus e que sempre seguiu todos os protocolos de saúde. “A intenção do comerciante, dos donos de bares e restaurantes, é preservar o cliente dele. Sua maior especialidade é trabalhar com a Vigilância Sanitária. Nós, empresários, prezamos pela saúde, porém está faltando diálogo”, disse.

Segundo Reinaldo Pousa, presidente da CDL, entre 20% a 30% dos estabelecimentos fecharam até o meio do ano de 2020. “Se continuar da forma que está, com uma previsão até março, pelo menos mais uns 10%, infelizmente, não conseguirão se manter. Quando defendemos a abertura, estamos falando do micro, do pequeno e do médio empresário. Não estamos pensando no lucro, e sim na sobrevivência dos nossos colaboradores, das nossas empresas”, salientou.

O presidente do Sincomércio Piracicaba, Itacir Nozella, ressaltou a importância da junção das instituições que representam a classe empresarial. “Fiquei muito feliz de ver a união das entidades. Todas estão de mãos dadas. O comércio aberto impede que as pessoas saiam, façam festas, e o fechamento ocasiona ainda mais desemprego. Os empresários estão a flor da pele, sem perspectiva, sem saber o dia de amanhã. Isso mexe com o psicológico de qualquer um. Por isso, lutamos pelos nossos direitos e parabenizo à Acipi pela carreata, que foi um sucesso”, disse.

Para Milton Martins, presidente da Apaflar, o fechamento de bares e restaurantes, que sempre seguiram os cuidados de prevenção à Covid-19, trará muitos prejuízos. “Todos eles estão se adequando ao que está no protocolo, com álcool gel nas mesas, máscaras, capacetes de acrílico, ou seja, durante o ano todo, estamos aptos a trabalhar por conta da Vigilância Sanitária. Então, a gente não entende o porquê dos bares e restaurantes serem fechados aos finais de semana. Esse decreto vai trazer muito desemprego e fechará muitos estabelecimentos. Impedindo-os de trabalhar dentro das normativas, a gente abre a oportunidade para essas festas clandestinas”, comentou.

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