Bancada das Mulheres se une para organização de semana

Reunião aconteceu nessa quarta-feira (20), na sala da presidência – Crédito: Guilherme Leite

A Bancada das Mulheres da Câmara de Vereadores de Piracicaba se articula na discussão de pautas em comum entre os mandatos. Uma delas é a programação da Semana da Mulher, prevista para ocorrer entre os dias 8 e 12 de março, que motivou uma reunião nessa quarta-feira (20), na sala da presidência.
Dos 23 parlamentares da legislatura 2021-2024, quatro são mulheres: Ana Pavão (PL), primeira-secretária da Mesa Diretora, a vereadora e protetora dos animais Alessandra Bellucci (REP), Rai de Almeida (PT) e a vereadora Silvia Morales, do mandato coletivo A cidade é sua (PV). Da reunião, além das mulheres que integram as assessorias dos mandatos, também participou Valéria Rodrigues, diretora do Departamento de Comunicação.
Oficialmente, a Câmara realiza desde 1990 a Semana da Mulher, por meio do decreto legislativo 1/2009, proposto pelo ex-vereador José Antonio Fernandes Paiva, de quem Rai de Almeida integrou a equipe do mandato. Já enquanto vereadora, Rai propôs, em 1995, a realização da Semana da Mulher pela Prefeitura Municipal, entre 8 e 15 de março, conforme previsto na lei 3.983/1995, promulgada quando ela ocupou o segundo mandato na Câmara. E, além disso, nos últimos quatro anos a Semana da Mulher na Câmara teve como realizadora a ex-vereadora Nancy Thame (PV), que tinha Silvia Morales como assessora.
Rai de Almeida sugeriu um eixo principal para nortear as discussões, que abordariam a cidade sob a ótica das mulheres e que cidade elas querem para si, dado o fato de serem maioria entre os brasileiros: em 2019, a PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) constatou que a população é composta por 51,8% de mulheres e 48,2% de homens. “Não será uma semana de festa, mas de debate e reflexão”, comentou a vereadora.
Uma das atenções é com o desenvolvimento da programação no período da pandemia e, em consenso, as vereadoras e suas equipes irão se desdobrar em iniciativas que mesclem o virtual e o presencial, com cuidado especial para a restrição na capacidade de participantes e adoção dos protocolos de segurança sanitária.
Elas também pensarão nos espaços em que a Semana da Mulher se concentrará: além da própria Câmara, será feita uma consulta aos movimentos sociais e coletivos, em busca de ampliar a participação na programação, que será de forma descentralizada.
Sobre os formatos, temas e convidadas para os debates, as equipes se reunirão nas próximas semanas para buscar mulheres referências nas áreas da política, feminismo e ativismo, artes e mundo do trabalho, entre outras, sem deixar de lado a diversidade, ou seja, as transexuais, lésbicas e bissexuais.
Em um primeiro momento, as organizadoras acreditam que as discussões de relevância são sobre o agravamento dos casos de violência doméstica no período da pandemia e o recorte étnico-racial. Fatos como os 15 anos da Lei Maria da Penha ––a serem completados em agosto–– também devem nortear as discussões.
Ana Pavão defendeu a mescla de ações práticas durante a semana, como, por exemplo, iniciativas voltadas à profissionalização das mulheres. Já Silvia Morales lembrou que a programação pode estar integrada às discussões do Fórum de Empreendedorismo Feminino, também desenvolvido na Câmara.

 

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