Vacina em Piracicaba: há insumos, mas falta de médicos persiste

Piracicaba está preparada para vacinação – Crédito: Guilherme Leite

Piracicaba está preparada para iniciar a imunização contra a Covid-19, com estoque de materiais necessários para a aplicação das doses, segundo o sub-secretário municipal de Saúde, Augusto Muzilli Júnior. “Porém, não sabemos quando, quantas nem como vêm as vacinas, nem o tipo que virá. Assim que chegarem, vamos distribuir. Vai ter um escalonamento de aplicação, primeiro para idosos e profissionais de saúde, até que a cidade inteira seja vacinada. Temos insumos para isso, disposição de material, mas falta a vacina, que ainda não sabemos qual será”, disse Muzilli.
O médico criticou correntes que atacam a eficácia das vacinas em desenvolvimento. “Se você tomar a vacina, ou vai ter uma doença minimizada ou uma resistência maior e você não pegará. O importante é melhorar a sua resistência em relação à disseminação do vírus.”
Em resposta a questionamento do vereador Cássio Luiz Barbosa sobre a falta de médicos “em vários bairros”, o secretário municipal de Saúde, Filemon Silvano, informou que a gestão Barjas Negri havia realizado “contrato emergencial para chamar até 200 plantonistas por mês para suprir essa necessidade”.
“Hoje são 280 por mês e não dá, já fizemos aditivo. A alternativa está sendo deslocar médico de uma unidade para outra, mas isso é uma coisa momentânea. Nas que não têm médico, estamos autorizando os mutirões de fim de semana, para que as pessoas não sejam desassistidas. São atitudes paliativas, sabemos que não é o ideal. Foi feito concurso no final do ano, vamos começar a chamar esses profissionais com extrema urgência para repor esse pessoal, tanto médicos quanto de enfermagem e assistência social”, afirmou o secretário.
O vereador Laércio Trevisan Jr. pediu a reativação, “de imediato, da antiga UPA da Vila Cristina. Na avaliação do vereador, com os “20 a 30 leitos” da unidade, Piracicaba obteria “uma nova reclassificação” no Plano São Paulo, uma vez que um dos critérios para o abrandamento das restrições é o aumento da capacidade de atendimento de uma região.
“Em relação à reabertura da UPA da Vila Cristina, o problema que enfrentamos é a mão de obra: não adianta montar lá um hospital inteiro com equipamentos e insumos e não ter médico nem enfermeiro para tocar esses leitos. Já foi cogitado pegar o antigo prédio da Unimed, na avenida Carlos Botelho, e reabrir, mas caímos no mesmo problema de falta de mão de obra”, explicou Filemon.
A reunião com a participação de Filemon e Muzilli, nesta sexta (15), no salão nobre da Câmara, teve a presença das vereadoras Alessandra Bellucci (REP), Ana Pavão (PL), Rai de Almeida (PT) e Silvia Morales (PV) e dos vereadores André Bandeira (PSDB), Anilton Rissato (PAT), Cássio Luiz Barbosa (PL), Fabrício Polezi (PAT), Gilmar Rotta (CID), Gustavo Pompeo (Avante), Josef Borges (SD), Laércio Trevisan Jr. (PL), Paulo Camolesi (PDT), Pedro Kawai (PSDB), Thiago Ribeiro (PSC) e Wagner Oliveira (CID), além da assessoria de Acácio Godoy (PP).

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