O Governo do Estado de São Paulo paga um valor 22,6% inferior ao piso da categoria do magistério em relação ao instituído pela lei do piso em 2020 aos professores da rede estadual de ensino. A informação está publicada nas mídias sociais da deputada estadual e presidenta da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), a deputada estadual Professora Bebel, que promete mobilização da categoria para reverter esta situação.
Segundo ela, para que o Governo do Estado de São Paulo cumpra a lei do Piso Nacional será preciso um reajuste de 29,25% aos salários dos profissionais do magistério paulista. No entanto, conta que nem sempre foi assim, uma vez que no ano de 2009, o PEB I tinha um valor 37,8% superior ao valor do PSPN na época. “Em 2016, o PEB I foi ultrapassado pelo valor do PSPN, e desde então, a distância só tem crescido, fazendo com que o Estado de São Paulo esteja há 5 anos sem estar em conformidade com a lei. Diante de uma valorização do PSPN de 203,8% de 2009 a 2020, os professores do magistério só tiveram uma valorização salarial de 70,6%, que fica abaixo da valorização do Salário Mínimo (124%) e da inflação do período (88,6%, segundo o INPC/IBGE)”, ressalta.
No entanto a Professora Bebel diz que a Apeoesp irá à luta, com os professores para reverter esta situação e garantir que o governo do Estado cumpra a lei do Piso Nacional. De acordo com reportagem do jornal O Estado de São Paulo, de quatro em cada 10 prefeituras paulistas não pagam o piso salarial aos professores. “Temos que nos mobilizar e reverter esta situação. Os professores exercem a principal profissão e precisam ser valorizados”, reforça.
Deputada Bebel: os professores precisam de 29,25% de reajuste
16 de dezembro de 2020