Bandeira, símbolo da Pátria

José Maria Teixeira

 

A situação atual do país clama pelo canto do hino à Bandeira: Salve lindo pendão da esperança, salve símbolo augusto da paz. Lá se vão cento e seis anos quando surge Olavo Bilac com essa pérola obra de grandes poetas. Buscou nela apontar e fundamentar os princípios estruturantes da jovem nação. As palavras não são figurativas, mostram a realidade mesmo porque símbolo só é o que tem uma relação natural com aquilo que simboliza. Não se trata de sonho ou de surrealismo.

Neste momento de intensa dor com centenas e centenas de brasileiros e brasileiras mortos diariamente vitimas do coronavirus,  arrastados para o fundo das covas, há um presidente tripudiando sobre o sentimento de seus familiares “morrer vamos morrer mesmo”. Além de outras medidas de desesperança para um país que vinha crescendo em respeito no contexto do continente americano até mesmo do mundo.  Hoje, praticamente repudiado pelo descumprimento de acordos internacionais e de afronta à própria Constituição Brasileira. É necessário pois cantar o hino à bandeira bem alto que seu som ressoe nos mais longínquos  rincões da pátria alcançando os ouvidos de todos os brasileiros e brasileiras particularmente dos que são revestidos de poder.

E que acima de tudo escutem o hino mesmo porque escutar implica em saber de que se trata o que a coisa é e para que serve dando lhe o devido destino, dever. Aqui, atenção senhores e senhoras do Congresso; do Judiciário e do Executivo. Ao escutar o hino “…à lembrança a grandeza da Pátria nos traz”. E que grandeza! Não só pela extensão territorial, pela qualidade de seu solo fértil e terras continuas, pela abundancia e pureza de suas águas. Pelas minas de ouro e prata entre outras por que não as de petróleo também? Nem se fale da fauna e da flora, a verdura dessas matas. Coroando esta grandeza ressalte-se caráter da nação brasileira, gente de boa índole calcada na cultura do povo indígena, do povo negro e do português. Esta jovem nação que pela Constituição Cidadã vem se firmando como uma nação fraterna, solidária pelos projetos e inclusão criando até o estatuto da igualdade racial passa a sofrer por seu presidente e sua gangue a inoculação do vírus do ódio conflitando a nação. É esta mesma nação que, contemplando seu vulto, compreende seu dever e quer se fazer feliz. Então, como a maior produtora de grãos e detentora do maior rebanho bovino do mundo, não deixará seus filhos passarem fome e na miséria e dará a liberdade a milhares de brasileiros e brasileiras presos há meses e até anos sem sequer terem culpa formada, a maioria negros e negras. E, então, contemplando seu vulto e recebendo o afeto que se encerra em nosso peito será estendido sobre a nação brasileira como o manto da justiça e do amor. Salve, salve, lindo pendão da esperança.

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Jose Maria Teixeira, professor advogado

 

 

 

 

 

 

 

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