Cidadania (V)

A cidadania só pode ser entendida dentro de um contexto sóciohistórico de determinada cultura. Como ela se baseia em princípios morais, éticos, religiosos, políticos, etc. esse contexto é fundamental para compreendê-la.

A partir disso é fácil deduzir que a cidadania não é algo universal na civilização, se apresentando em diferentes culturas com diferentes paradigmas sobre os quais seus membros se orientam para agirem em conformidade. É o que dá sentido ao dito “em Roma fale como os romanos”.

Nossa condição de vida em sociedade vincula fortemente o conceito de cidadania à vida política de uma cultura. Num estado democrático a cidadania consiste basicamente em direitos e obrigações que se não cumpridas pode levar o cidadão a responder judicialmente. Em alguns casos a pena é a prisão e preso não vota. A perda dos direitos políticos é a expressão máxima da perda da cidadania, além de outras perdas como a liberdade de ir e vir.

Mas é preciso falar sobre o fenômeno globalização. A internet veio mudar comportamentos, hábitos, conceitos que a cada dia se propagam mais e mais pela rede. As pessoas estão procurando identificações horizontalmente, não tanto mais no modelo de família nuclear, vertical e hierarquizada. Isso pode dar uma falsa sensação de que a cidadania é igual, pois agimos parecidos na rede. Não é. As sociedades no virtual antes existem no mundo real.

 

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“Quem tem olhos para ver e ouvidos para ouvir, se convence que os mortais não podem ocultar nenhum segredo”. (Sigmund Freud)

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Tenho desânimo desde criança. Já procurei vários Psicólogos e Psiquiatras e nem antidepressivos resolvem. Sempre saio do serviço desanimado sem vontade para nada. Saio com amigos para não ficar em casa, mas não me animo. Ouvi falar de estimulantes. Aguardo ser chamado há dois anos para terapia numa clínica-universidade.

César, 25, ES.

É claro que sair com amigos é sempre algo positivo, mas não o suficiente. A solução para seu desânimo só se encontra em você mesmo. Mas a pergunta: se nem profissionais diversos, nem medicamentos surtiram o efeito esperado, que parceria estabelece com esse sintoma? Que ganhos secundários estão lhe suportando nesse lugar de ‘vítima’ da vida? Há muitas coisas para serem pensadas no campo psicológico, que me fogem das possibilidades.Com 25, anos e desde criança se sentindo desanimado, se estruturou de forma a se relacionar assim com o mundo. Pode até ser seu estilo de vida e talvez nem saiba como viver sem esse sentimento. Já pensou nisso? Passar tantos anos vivendo desanimado o que não representaria arrancá-lo de você, a despeito de uma suposta queixa? Provavelmente enfrentaria um enorme problema!É importante lembrar que certos distúrbios apresentam comorbidades (depressão com distimia, p. ex.). As causas muitas vezes não necessitam serem conhecidas para se alcançar melhoras. Quanto aos estimulantes só se prescrito por médico.

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