United, United, você quebrou meu violão Taylor!
United, United, que grande ajuda é você!
Você o quebrou, deveria consertá-lo! É a responsável, simplesmente admita.
Eu deveria ter voado com outra ou ido de carro,
Porque a United quebra violões!
(refrão da música “United Breaks Guitars”)
Um dos benefícios da internet é seu caráter democrático, uma ferramenta poderosa a favor do cidadão contra empresas sólidas que escapariam ilesas pelos meios convencionais, ao desrespeitarem o consumidor.
Em março/2008 a empresa aérea americana United Airlines quebrou o violão Taylor do cantor Dave Carroll (estimado à época em US$ 3.500) que reivindicou o ressarcimento por nove longos meses sem sucesso.
Inconformado compôs a canção “United Breaks Guitars” (A United Quebra Violões) e publicou o vídeo no Youtube como protesto. Em 24 horas o vídeo alcançou 135 mil visualizações (hoje ultrapassa 20 milhões), o valor de suas ações teve uma queda expressiva, sua imagem ficou manchada e as pessoas começaram a usar mais outras empresas aéreas. Duas novas canções saíram na sequência.
Numa tentativa desesperada a United Airlines ofereceu indenização para o cantor retirar as músicas de circulação, mas ele recusou.
As mídias sociais são uma força enorme em favor do cidadão. As empresas atentas a elas terão que rever sua relação com o consumidor a fim de evitarem transtornos.
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“A maioria das pessoas não quer realmente a liberdade, pois liberdade envolve responsabilidade, e a maioria das pessoas tem medo de responsabilidade”. (Sigmund Freud)
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Um cara me ofereceu um saco de bolas de gude se eu o deixasse fazer sexo anal aos seis anos. Sempre evitei situações coletivas de nudez temendo o desejo ser despertado; esperava para tomar banho sozinho perseguido por tais pensamentos. Tive só uma namorada, mas não transamos. Pensei em sair com uma garota de programa para ver se gosto, mas nunca fui de medo. Sonho em casar e ter um casal de filhos, mas não sei se realizarei isso.D., 21.
Esse é um sonho padrão, imposto pela cultura. Deixa-lhe a sensação que não estando no padrão não pertence ao grupo. Talvez veja nele o ideal que lhe devolverá sua masculinidade. No entanto, tais ideais não respondem mais à sociedade de hoje.
O episódio da infância caracteriza-se como ato de violência psicológica e lhe cabe superar ou não. Essa superação inevitavelmente inclui o enfrentamento da situação, e pela sua descrição sempre fugiu dele. Evitou situações coletivas assim como o encontro com o outro sexo. Tem dificultado sua caminhada pelo temor de uma fantasia. São algumas hipóteses.
Há uma pressão cultural para a identificação coletiva. As ‘vantagens masculinas’ contadas em rodinhas (quase sempre mentiras) questionam sua masculinidade. Fica-me a impressão de que as marcas do passado povoam sua mente e talvez esteja confundindo desejo homossexual x temor de enfrentar um problema que estancou sua sexualidade. É preciso ousadia e enfrentamento.
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