A telefonia brasileira engatinhava a passos curtos nos anos 1990, quando o ministro das comunicações Sérgio Motta tornava-se um visionário. Pouco antes de morrer, em 1998, ele já previa que o celular poderia ser vendido em supermercados e o usuário poderia utilizar-se de seu serviço instantaneamente. Até então, quem queria um celular tinha apenas os serviços oferecidos pela Telesp que solicitava inscrições e depois sorteava uma certa quantidade de linhas, atendendo pequena parcela da demanda. O cenário mudou e até então, era comum em cidades da região, como Saltinho, uma central telefônica manualmente operada por uma telefonista. Era sua função atender e passar a linha para outro telefone através de “jumps” como estes utilizados nos fones de ouvido de aparelhos de celular e MP3, porém, um pouco maiores. A foto acima foi tirada no Museu da Santa Casa de Piracicaba e mostra a central telefônica utilizada por muitas décadas do século passado. O equipamento lembra um órgão de música e os modelos atuais cabem quase na palma da mão de uma telefonista. (Edson Rontani Júnior)
CENTRAL TELEFÔNICA
24 de outubro de 2020