O CNE (Conselho Nacional de Educação) aprovou, nessa terça-feira (6), a continuidade do ensino remoto até dezembro de 2021, caso seja opção dos estabelecimentos de ensino. A informação é da presidenta da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), a deputada estadual Professora Bebel (PT) que em defesa da vida tem posição contrária ao retorno das aulas presenciais, uma vez que isso colocaria mais de oito milhões de pessoas nas ruas e que contribuiria para a propagação da Covid-19.
O colegiado recomendou ainda que as escolas não reprovem os estudantes neste ano. O texto ainda precisa ser homologado pelo MEC (Ministério da Educação) e vale para educação pública e privada. As aulas presenciais em todo território brasileiro foram suspensas a partir de março para conter a disseminação do coronavírus.
De acordo com Bebel, uma das soluções propostas pelo CNE é uma fusão dos anos escolares, ou seja, os estudantes concluiriam no próximo ano o conteúdo que faltou de 2020. No relatório, ainda, o CNE, diz que “o reordenamento curricular do que restar do ano letivo de 2020 e o do ano letivo seguinte pode ser reprogramado, aumentando-se os dias letivos e a carga horária do ano letivo de 2021 para cumprir, de modo contínuo, os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento previstos no ano letivo anterior”. “O calendário escolar, não necessariamente, precisa seguir o calendário anual”, tem defendido Bebel.
Sobre o ensino remoto, o Conselho Nacional de Educação deixa claro que a permissão para que seja feito até dezembro do ano que vem não é uma exigência, mas uma permissão para que os estabelecimentos possam diversificar o currículo. A adoção do método, que poderia ser concomitante às aulas presenciais, ficará a cargo das instituições de ensino.