Setembro Amarelo: saiba como agir para prevenir o suicídio

A vida nem sempre é como desejamos. Podem surgir problemas de toda ordem. É normal sentir-se triste, ansioso e até com raiva ao se ver em uma situação indesejada. Mas se essa sensação é intensa e persiste por mais de duas ou três semanas e vem acompanhada de sentimento de derrota e de mudança no comportamento, deve se ligar o sinal de alerta. Essa pessoa pode estar em sofrimento intenso e precisando de ajuda. Saber reconhecer em si mesmo ou em alguém próximo sinais de que a saúde mental não vai bem é o primeiro passo para prevenir suicídio. É isso que a campanha Setembro Amarelo, que é organizada pela ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria) em parceria com o CFM (Conselho Federal de Medicina), traz para a reflexão tão importante, ainda mais em plena pandemia de coronavírus que, além de causar tantas perdas, provoca medo e ansiedade.
O psiquiatra Gabriel Augusto Queixo, do Grupo São Francisco, que faz parte do Sistema Hapvida, afirma que quem está sofrendo intensamente precisa se sentir protegido e contar com ajuda, sem julgamentos, profissional mas também de familiares e amigos. “Para a pessoa, a situação pode parecer insuportável e muito difícil superar. Se você se sentir assim, procure alguém de sua confiança para conversar. E se você perceber algum familiar ou amigo nesta situação, se coloque à disposição dele de forma amorosa e solidária. Encontre um momento apropriado e um lugar calmo para falar. Deixe-o saber que você está lá para ouvir, ouça-o com a mente aberta e ofereça seu apoio. Incentive-o a procurar ajuda de profissionais de serviços de saúde e para agendar uma consulta. Ofereça-se para acompanhá-lo nesse atendimento”, orienta.
O problema é que, muitas vezes, as pessoas não sabem como agir para ajudar. O sofrimento alheio não deve nunca ser interpretado como fraqueza. E não adianta nada aproximar-se de quem está triste e sofrendo e dizer que ele ou ela precisa se alegrar e convidar para ir a uma festa, por exemplo, alerta o psiquiatra. A atitude pode causar ainda mais tristeza a quem já está sofrendo. “A abordagem tem de ser solidária, amorosa e sem julgamentos, de maneira que a pessoa que precisa sinta que o outro o entende, o ama e está lá para realmente ajudar, independente do motivo causador da situação”, acrescenta Queijo.
Nessa ano, a pandemia de coronavírus complicou ainda mais as coisas. Há pessoas que estão sofrendo porque perderam ou estão com familiares ou amigos com Covid-19. Outras porque tiveram redução de renda ou até mesmo perderam emprego. Ou estão com medo da doença, não aguentando o distanciamento social ou sofrendo com a somatória disso tudo, enumera Queijo. “Portanto, temos de estar ainda mais atentos à tristeza profunda, que não passa, aliada a mudança de comportamentos como alteração no sono – insônia ou muito sono -, no peso – está engordando ou emagrecendo demais – ou no padrão de consumo de álcool, cigarro e outros produtos. A pessoa que bebia socialmente e passou a beber muito ou que passou a comprar muita roupa, diferente do que fazia anteriormente, pode estar dando sinais de que está entrando em depressão”, ressalta.
O suicídio pode ocorrer em todas as classes sociais e idades e há vários fatores que podem contribuir. Os principais são doenças mentais, como depressão, transtorno bipolar, esquizofrenia, entre outras; desemprego, isolamento social, perdas recentes, condição de saúde limitante, como dor crônica e doença incapacitante, e herança genética. Mas, por outro lado, há fatores que protegem a pessoa de ter tendência suicida. Entre eles estão ter elevada autoestima, bom suporte familiar, laços sociais fortes com a família e amigos e religiosidade, independente de credo.
SISTEMA HAPVIDA 

Com cerca de 6,4 milhões de clientes, o Sistema Hapvida hoje se posiciona como o maior sistema de saúde suplementar do Brasil presente em todas as regiões do país, gerando emprego e renda para a sociedade. Fazem parte do Sistema as operadoras do Grupo São Francisco e RN Saúde, além da operadora Hapvida. Atua com mais de 30 mil colaboradores diretos envolvidos na operação, mais de 15 mil médicos e mais de 15 mil dentistas. Os números superlativos mostram o sucesso de uma estratégia baseada na gestão direta da operação e nos constantes investimentos: atualmente são 40 hospitais, 184 clínicas médicas, 41 prontos atendimentos, 174 centros de diagnóstico por imagem e coleta laboratorial.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima