Hospital Unimed Piracicaba realiza procedimento inédito na Unidade do Coração

A cirurgia não invasiva durou aproximadamente duas horas e meia – Crédito: Juliano Fantazia/Unimed Piracicaba

O setor de Hemodinâmica da Unidade do Coração do Hospital Unimed Piracicaba realizou o primeiro procedimento percutâneo de fechamento de CIV (Comunicação Interventricular) — tipo de cardiopatia congênita (imperfeição no coração desde o nascimento) — em uma paciente de 49 anos. A cirurgia não invasiva, que durou aproximadamente duas horas e meia, mobilizou o corpo clínico, além da equipe de enfermagem do complexo hospitalar.

De acordo com o cardiologista e coordenador do serviço de Hemodinâmica, Daniel Lemos, a Comunicação Interventricular (CIV) caracteriza-se por uma abertura ou orifício na parede (septo) que divide os ventrículos (câmaras que bombeiam o sangue) direito e esquerdo. Assim, permite a passagem do sangue de uma câmara a outra, quando este fluxo não deveria existir.

“As CIVs são geradas durante a formação do coração. Durante as primeiras semanas de gestação, o coração se desenvolve a partir de um grande tubo, dividindo-se em seções que vão formar as câmaras e os septos. Se existe algum problema neste processo, podem se formar as CIVs. Em alguns casos, a tendência a formar a CIV pode ser por uma síndrome genética que causa excesso ou falta de partes nos cromossomos”, disse Lemos.

Em situações normais, o sangue no lado esquerdo do coração é bombeado para o corpo e o do lado direito para os pulmões. Quando existe uma comunicação entre os dois lados do coração, uma grande quantidade de sangue passa do lado esquerdo, que tem maior pressão para o lado direito. Este sangue, já oxigenado, vai novamente para os pulmões e volta para o lado esquerdo. Assim, vai sobrecarregando o trabalho do coração a cada batimento.

“No coração, isto ocasiona um aumento de tamanho, especialmente do átrio e do ventrículo esquerdo. Nos pulmões, esta sobrecarga de sangue aumenta a pressão, o que pode lesionar permanentemente as paredes das artérias pulmonares com o passar do tempo”, completou Lemos.

Para o presidente da Instituição, Carlos Joussef, que também esteve presente na primeira intervenção de CIV, proporcionar novos serviços aos mais de 180 mil beneficiários da cidade e região é a missão da Cooperativa. “E avançaremos cada vez mais, além de manter os investimentos em tecnologia, qualidade e qualificação do corpo clínico. Afinal, queremos sempre oferecer o que existe de mais inovador na medicina”, finalizou o dirigente.

 

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