História: Dedini completa 100 anos

Líder em tecnologia para o setor, a Dedini é uma das maiores empresas de bens de capital do Brasil – Crédito: Alessandro Maschio

Ao completar 100 anos de fundação, neste dia 23 de agosto, a Dedini S/A Indústrias de Base revisita a sua história e se orgulha da posição que atingiu, dos empregos que gerou, de poder caminhar junto com a comunidade e sempre ter lutado para superar os muitos desafios que encontrou nesse caminho. A empresa 100% brasileira, que nasceu em uma pequena oficina em Piracicaba, no bairro Vila Rezende, se transformou em referência mundial na produção de bens de capital para os setores sucroenergético e de infraestrutura e contribuiu de forma significativa para o desenvolvimento de Piracicaba e do Brasil.
“A realidade superou o sonho do fundador Mario Dedini e, hoje, a empresa é reconhecida no Brasil e no exterior. As destilarias projetadas e montadas pela Dedini são responsáveis por 80% da produção nacional de etanol e aproximadamente 20% da produção mundial desse biocombustivel”, destaca o bisneto do fundador, Giuliano Dedini Ometto Duarte, presidente do Conselho Administrativo da Dedini.
Líder em tecnologia para o setor, a Dedini é uma das maiores empresas de bens de capital do Brasil, com área de fabricação instalada em mais de 600.000 m², e acumula excelentes resultados. Já fabricou e entregou para o setor canavieiro 108 usinas chave em mãos para o Brasil e 29 plantas para o exterior; mais de 2.600 moendas; mais de 1.250 caldeiras; mais de 880 destilarias de etanol no Brasil e 115 plantas de cogeração.
Também já fabricou 12 cervejarias completas, plantas completas de processo para produção de alimentos e plantas de lingotamento contínuo, entre outras obras de infraestrutura.
Sempre utilizando tecnologia de ponta e obtendo eficiência, é uma empresa comprometida com a qualidade dos seus produtos e serviços, com a qualidade de vida de seus funcionários e com a tradição de sua história.
É a única no país preparada para entregar a chamada “Usina chave em mãos”, uma usina completa, dentro do conceito de ‘one stop shop”, que incorpora conceitos de sustentabilidade e eficiência energética.
“Com muito trabalho, seriedade na condução dos negócios e comprometimento social, Mario Dedini conseguiu fazer daquela pequena oficina de consertos comprada em 1920 o protótipo do que se tornaria a Dedini”, destaca Giuliano. Seu avô e sucessor do fundador, Dovílio Ometto, assumiu o comando em meados da década de 1960 e à empresa sólida que encontrou, agregou aos valores já existentes a diversificação do portfólio, a projeção da Dedini no exterior e a busca incansável pela inovação.
Para Giuliano Dedini, a visão de negócio e a disposição para o trabalho de Mario Dedini e de Dovílio Ometto fizeram da empresa um modelo de empreendimento com grande capacidade de adaptação e superação, capaz de atender a um mercado diversificado e de fornecer desde equipamentos até plantas industriais completas para os segmentos sucroenergético, de energia, mineração, siderurgia, alimentos e bebidas, óleo e gás, entre outros.
“O ideal do fundador Mario Dedini, de construir um Brasil melhor para as gerações futuras, de trabalhar pelo crescimento sustentável, pela redução das diferenças sociais e por investimentos em educação e no respeito à natureza, sobrevive como um dos seus grandes legados. E nos faz olhar o futuro e vislumbrar que, nos próximos 100 anos, a Dedini se manterá inspirada por esse legado”, acrescenta Giuliano.

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Mario Dedini: Empreendedor e fundador
De Lendinara a Piracicaba: a trajetória do fundador

Matriz da empresa, em Piracicaba abriga museu com pertences do fundador, Mario Dedini – Crédito das fotos: Igor Serra

Grande empresário, um dos mais notáveis artífices da industrialização piracicabana no século 20, visionário, missionário, capitão de indústria. Os adjetivos com os quais era homenageado revelam um pouco do que Mario Dedini significou para Piracicaba e para a indústria de bens de capital. Um modelo de empresário e cidadão que continua a inspirar as novas gerações.

E pensar que tudo começou em uma pequena propriedade rural na cidade de Lendinara, norte da Itália, região do Vêneto onde, em 23 de setembro de 1893 nasceu Mario Dedini. Filho de Leopoldo e Amália Dedini, o menino começou a trabalhar em uma usina de cana-de- açúcar quando tinha apenas 12 anos. Foi lá que ficou sabendo que o Estado de São Paulo procurava mecânicos especializados e começou a pensar na possibilidade e vir ao Brasil e montar uma usina de açúcar.

Matriz da empresa, em Piracicaba abriga museu com pertences do fundador, Mario Dedini
Crédito: Igor Serra

Aos 19 anos, Mario cursou a Escola Técnica de Desenho Mecânico em sua terra natal e, diante da instabilidade econômica em seu país, decidiu, junto com o irmão Armando Cesare, tentar a sorte no Brasil. Mario deixou a Itália em 1913 e Armando, anos depois.

A primeira parada foi na Usina Amália, do Grupo Matarazzo, localizada em Santa Rosa do Viterbo (SP). Sua vocação para consertar máquinas foi descoberta pelo gerente da empresa, que o encaminhou para a Usina Santa Bárbara, em implantação, na cidade de Santa Bárbara D’Oeste.

Foi lá que encontrou o conterrâneo Adolpho Lourencini e lá começou efetivamente sua trajetória. Foi lá que conheceu a esposa Marianna Corrente, que morava em Piracicaba, na Vila Rezende, e com quem se casou em 1918. Em 1920 decidiu, junto com o irmão Armando, comprar de José Sbravatti uma modesta oficina de carpintaria e ferraria na Vila Rezende, transformada em fábrica e oficina de reparos de carroças, charretes e outros veículos, bem como reparação de peças para máquinas agrícolas, engenhocas, caldeiras e fundição.

Aí nasceu a empresa Mario Dedini & Irmão, que foi tocada pelos irmãos até 1926, quando Armando morreu vitimado por uma epidemia de tifo, que também tirou a vida de Marianna, esposa do fundador. Com três filhos pequenos, Nida (6), Ada (4) e Armando (6 meses), Mario foi buscar a mãe na Itália, para ajudar na criação das crianças.

Em 1928, a oficina fabricou a primeira moenda de cana-de-açúcar para usina e, em 1929, um conjunto completo para moagem de cana. Na década de 1930, com a modernização dos antigos engenhos, Mario ofereceu facilidades para os usineiros para a troca dos equipamentos, como o recebimento dos equipamentos antigos como parte do pagamento. Dez anos depois, já vendia usinas de fabricação própria.

Em 1932, Mario fabricou granadas e as forneceu gratuitamente aos combatentes da Revolução Constitucionalista. A partir da década de 1940, Mario Dedini contou com a ajuda, a dedicação e a competência seu genro Dovílio Ometto, na orientação e expansão dos negócios.

Relatos presentes no Dicionário de Piracicabanos, de autoria de Samuel Pfromm Netto, dão conta que a expansão da cultura de cana levou Mario Dedini a produzir alambiques de aguardente e a fundar com Waldomiro Perissinoto, em 1943, a construtora de Destilarias Dedini (Codistil), especializada na fabricação de destilarias para álcool anidro.

Nos anos 50, surgiram a Dedini Refratários (1952), a Siderúrgica Dedini (1955), a Superkaveá em 1957 (v. Capellari, Humberto). Quando Mario Dedini faleceu, em 1970, seu grupo abrangia 18 empresas e empregava mais de 12.000 funcionários.

Graças a Mario Dedini e ao Grupo que dele se originou, Piracicaba é conhecida como o berço da tecnologia sucroalcooleira no país, tendo uma participação da ordem de 60% no mercado de equipamentos para o setor sucroalcooleiro.

Mas não foi só isso. Mario Dedini é reconhecido como grande benemérito. Instalou a primeira maternidade da Santa Casa de Piracicaba, inaugurada em 1954, que ganhou o nome de sua mãe, Amália Dedini.

Sua contribuição foi decisiva para a encampação do serviço de água da cidade pela prefeitura, origem do atual Semae (Serviço Municipal de Água e Esgoto), graças ao vultoso empréstimo que fez ao governo municipal. Doou ferro para a construção das sedes do Clube Treze de Maio e do Centro Acadêmico Luiz de Queiroz.

Construiu a Igreja da Vila Rezende, postos de puericultura e ajudou a inúmeras obras assistenciais de Piracicaba.

Seu dinamismo e arrojo foram fundamentais para o surgimento das escolas de ensino técnico em Piracicaba, caso da escola Senai, que ganhou seu nome.

Ainda vivo, recebeu os títulos de Comendador e Grande Oficial, concedidos pelo Governo da Itália, assim como a medalha da Ordem do Cruzeiro do Sul, pelo Governo brasileiro. Uma lei municipal atribuiu-lhe em 1952 o título de Cidadão Piracicabano.

No governo Abreu Sodré, o Ginásio Estadual de Vila Rezende recebeu seu nome. Em maio de 2001, foi inaugurado um museu com seus pertences pessoais, doados pela família, em dependência da empresa.

Em 2005, a Assembleia Legislativa do Estado aprovou projeto que deu a denominação de “Rodovia do Açúcar Comendador Mario Dedini” à SP-308, no trecho entre Piracicaba e Salto (SP). Na Vila Rezende, há uma avenida com seu nome. Em 2006, o Distrito Industrial Norte (Uninorte) ganhou a denominação “Comendador Mario Dedini”.

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Compromisso com o futuro

O vice-presidente, Sérgio Leme, destaca compromisso da empresa em liderar tecnologias no campo de energias renováveis e gerar empregos – Crédito: Igor Serra

“Administrar uma das maiores empresas brasileiras de bens de capital é dar continuidade a uma obra singular, idealizada por Mario Dedini e Dovílio Ometto. É criar uma sinergia positiva com o apoio de uma equipe de profissionais que fizeram e fazem a nossa história, e que representam uma sólida estrutura com a qual garantiremos a construção do futuro da empresa”, diz o vice-presidente da Dedini, Sérgio Leme.
Para ele, festejar o centenário gera um misto de sentimentos, um grande orgulho e, ao mesmo tempo, imensa responsabilidade, principalmente diante desse momento histórico, da maior crise sanitária e social vivida pelo país e deflagrada pela pandemia de Covid-19.
“Em meio a mais essa turbulência, precisamos enfrentar os desafios impostos pelo câmbio, política industrial e competitividade. Garantir a saúde e segurança dos nossos funcionários e colaboradores. E, ao mesmo tempo, olhar para a nossa história e ver que tudo passa, e que temos a nosso favor a demanda cada vez maior por uma economia verde e por soluções e equipamentos alinhados à sustentabilidade”, avalia.
Segundo o vice-presidente, a despeito de problemas encontrados no meio do caminho, a Dedini continua focada em liderar tecnologias no campo de energias renováveis, gerar empregos e benefícios junto às comunidades onde estão as suas plantas e, sempre, ajudar no desenvolvimento do Brasil.
Líder mundial no fornecimento de equipamentos e plantas completas para o setor sucroenergético, a Dedini é uma das maiores empresas brasileiras de bens de capital, com estrutura familiar e capital 100% nacional. O espírito empreendedor de seu fundador, Mario Dedini, inspira as novas gerações à frente da empresa.
Seu parque industrial, interligado por sistemas informatizados, possui capacidade para atender o mercado interno e externo. A Dedini atua comercialmente na América do Norte, América do Sul, América Central, Caribe, África, Sudeste Asiático e Europa, com destaque para Dinamarca e Suécia.
Orientada pelo desenvolvimento dos seus produtos e serviços, com os olhos no futuro e compromisso com a tradição de sua história, a Dedini é reconhecida nacional e internacionalmente como uma das mais qualificadas empresas de bens de capital sob encomenda.
Possui uma extensa lista de fornecimento global. Exporta para mais de 50 países e mantém parcerias com grandes empresas mundiais para transferência de tecnologia, inovação e intercâmbio com diferenciais estratégicos.
A Política da Qualidade da Dedini S/A Indústrias de Base consiste em atender plenamente às expectativas atuais e futuras dos clientes através da: modernização tecnológica e capacitação dos recursos humanos, agilidade no fornecimento de soluções; parceria com fornecedores para obter excelência na qualidade dos produtos; e o comprometimento de todos na busca de melhorias contínuas dos produtos.
A companhia atua por meio de quatro divisões de negócios__ Açúcar e Etanol, Energia e Co-Geração, Equipamentos em Inox e Sistemas, Equipamentos Pesados__, que atendem mais de 25 setores econômicos do Brasil e do exterior.
Por meio dessas divisões, fornece plantas e equipamentos para os mercados de açúcar e etanol, energia e co-geração, biodiesel, mineração, cervejarias, tratamento de efluentes, hidrelétricas, siderurgia, petroquímica, peças fundidas, fertilizantes, caldeiras industriais e de biomassa, alimentos e bebidas, química, celulose e papel, dentre outros.
Capacitada a fornecer fábricas inteiras no sistema chave na mão, a Dedini atua junto com o cliente desde a concepção do projeto, desenvolvimento, engenharia, detalhamento, fabricação, montagem, automação, comissionamento e operação, integrando os conceitos da Indústria 4.0.

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O mercado e o cliente
A tecnologia a serviço do mercado e do cliente

Legenda: O engenheiro José Luiz Olivério destaca que Dedini foi protagonista no crescimento do setor sucroenergético – Crédito: Toda Mídia Comunicação

Os números não deixam dúvidas sobre o comprometimento da empresa. A Dedini já fabricou e entregou para o setor sucroenergético 108 usinas chave em mãos para o Brasil e 29 dessas plantas para o exterior; mais de 2.600 moendas; mais de 1.250 caldeiras; mais de 880 destilarias de etanol no Brasil e 115 plantas de cogeração.
“A Dedini sempre foi sintonizada com o mercado. Podemos dizer que sua tecnologia está a serviço do mercado e do atendimento ao cliente. Sempre, com base no pensamento de nosso fundador, nossos produtos têm sido desenvolvidos para atender as demandas, algumas ainda a serem criadas”, avalia o engenheiro e consultor sênior da Dedini Indústrias de Base, José Luiz Olivério.
Reconhecido como um dos mais importantes especialistas do setor sucroenergético, Olivério conta que o segmento viveu transformações gigantescas nos últimos 45 anos, desde a implantação do Proálcool, e que a Dedini foi protagonista nos três saltos principais de crescimento desse segmento.
“No início do Proálcool, por volta de 1975, o país processava cerca de 60 milhões de toneladas de cana por safra. É de 1975 até 1985 que acontece o primeiro grande salto, quando passamos para 220 milhões de toneladas de cana processadas anuais. O motivo desse crescimento foi a introdução do Proálcool e o consequente crescimento da demanda por etanol, que de menos de um bilhão de litros por ano passou para mais de 12 bilhões de litros”, relata Olivério.
Esse salto gerou uma necessidade de mercado por tecnologias para a produção do etanol e para um maior processamento de cana. “Com o grande crescimento da demanda por etanol, o uso somente do melaço não era mais possível. Daí o desenvolvimento de tecnologia para fazer o etanol diretamente do caldo da cana. E o crescimento da demanda foi tão expressivo que, em 1978/1979, numa iniciativa inédita no mundo, o país desenvolveu uma usina completa para a produção do etanol, com destaque para a Dedini, que forneceu as peças, equipamentos e a usina completa”, conta.
Segundo Olivério, de 1993 a 2002, ocorreu o segundo grande salto, quando o Brasil decidiu se dedicar com grande ênfase ao mercado internacional de açúcar e se tornar o maior produtor e exportador mundial do produto. A produção passou de 9 milhões de toneladas de açúcar para 23 milhões de toneladas de açúcar/ano.
Nesse período, de acordo com o engenheiro, o Brasil precisou atualizar a tecnologia para a produção de açúcar, que estava defasada. O país superou os padrões internacionais e se tornou líder em tecnologia para a produção de etanol, de açúcar e para o processamento da cana.
A partir de 2003, surgiu o carro flex, que potencializou a demanda por etanol. Ao mesmo tempo, o Brasil continuou líder mundial na exportação de açúcar, com 60% desse mercado.
“Essas demandas crescentes nos obrigaram a buscar novas soluções e tecnologias, o que nos levou ao terceiro grande salto, que possibilitou atingir o atual patamar de produção superior a 30 bilhões de litros de etanol por ano, perto de 40 milhões de toneladas de açúcar por ano e 650 milhões de toneladas de cana processadas por safra”, diz Olivério.
A partir de 2003, surgiu um novo entendimento no setor: a necessidade de aproveitamento total da cana, não só para o etanol e açúcar, mas também para a produção da bioeletricidade, com o uso do bagaço e, mais recentemente, da palha. E agora, o bagaço e a palha como biomassa, para diversos usos, como a produção do etanol de 2ª Geração, o etanol celulósico.
“Com o RenovaBio, em 2017, surgiu um novo produto, o C-Bio (crédito de descarbonização por biocombustíveis), e um C-Bio equivale a uma tonelada evitada de emissões de gás carbônico (CO2). Quando uma usina vende seu etanol, e de acordo com a eficiência energética ambiental, tem direito de emitir esses certificados, que geram receita negociável na bolsa de valores. Isso revela as novas tendências. Precisamos ir além da eficiência e produtividade, mas buscar o aproveitamento total da cana para outros produtos, como os CBios”, avalia.
“Em alguns casos nos antecipamos às demandas. Em 2009, apresentamos ao mercado mundial a Usina Sustentável Dedini (USD), que já vinha sendo pesquisada desde 2002, e veio para atender as necessidades do que seria o futuro RenovaBio, que começou a ser desenhado em 2017. Portanto, com 15 anos de antecedência já preparávamos um produto para o futuro. E é dessa forma que vamos seguir”, completa Olivério.

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Tecnologia de ponta
Engenharia própria e novas tecnologias

Legenda da foto: Planta de concentração de vinhaça fornecida à Usina Costa Pinto – Crédito: Acervo Dedini

A Dedini possui engenharia própria e é reconhecida mundialmente como uma grande desenvolvedora de soluções, processos, equipamentos e serviços inovadores.
Cada projeto é customizado, conforme as necessidades do cliente. E a proposta sempre é superar expectativas, no que diz respeito à performance, inovação, excelência e qualidade. Mantém parcerias com grandes empresas mundiais para transferência de tecnologia, inovação e intercâmbio com diferenciais estratégicos. As informações são de Fernando Boscariol, superintendente de Engenharia da Dedini.
“Na área de serviços, nossa equipe de profissionais está qualificada para oferecer estudos de viabilidade, avaliações iniciais de processo, projetos de engenharia, fabricação de equipamentos, supervisão de montagens, montagem, posta em marcha e comissionamento, e instalação de indústrias nas áreas em que detém a tecnologia”, destaca Boscariol.
Neste 100 anos, superou muitas crises, buscando rotas alternativas. Desenvolveu tecnologia na fabricação de plantas completas para a produção de etanol e açúcar e também para os segmentos de bioeletricidade e biodiesel. Passou a construir cervejarias, plantas para tratamento de efluentes, sucos e alimentos, celulose e papel, cimento, energia, fertilizantes, hidrelétricas, mineração, metalurgia, petróleo, gás, química e siderurgia.
Sintonizada com as novas tendências, a Dedini recentemente desenvolveu e fornece usinas de etanol a partir do milho e plantas integradas de biorrefinarias, com processos de conversão de biomassa em biocombustíveis, insumos químicos, alimentos e energia.
Fabrica e fornece equipamentos que são responsáveis por 80% do etanol produzido no Brasil e 20% do etanol produzido no mundo.

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Caldeiraria

Dedini já produziu mais de 1.600 caldeiras

Legenda da foto: Reator de oxigênio de 90 toneladas produzido pela caldeiraria foi enviado ao Paraná – Crédito: Alessandro Maschio

A Dedini fabrica em sua caldeiraria especializada equipamentos em aços inoxidáveis, duplex, aço carbono e ligas especiais. “Com mais de 40 mil m² de área operacional e capacidade fabril de até 120 mil horas/mês, a fábrica conta com máquinas e processos altamente avançados, buscando atender aos mais exigentes padrões de qualidade do mercado nacional e internacional”, relata o superintendente de negócios da unidade, Luiz Ademir Fuzatto.
Referência mundial em bens de capital, a caldeiraria já participou da produção e entrega de 108 usinas completas de açúcar e etanol – “turn key” (chave em mãos), 881 destilarias de álcool, 115 plantas de cogeração de energia, 1.678 caldeiras totais, incluindo as fornecidas para o setor sucroenergético, 11 usinas de biodiesel, 12 fábricas de cerveja, 905 tanques de fermentação/maturação e pressão de cerveja, 18 salas de filtração de cerveja, 360 tanques “Farm” para suco de laranja fresco e concentrado, como também diversos equipamentos para os setores de papel e celulose, alimentício, tratamento de efluentes, química, petroquímica, mineração e siderurgia, entre outros.
Desde 2017, com as operações concentradas em Piracicaba, a caldeiraria incorporou todos os principais equipamentos e processos das unidades de Sertãozinho e Recife, como também os recursos humanos, com domínio e capacidade técnica para projeto, fabricação e montagem de caldeiras. “Hoje, em plena atividade, este segmento vem atendendo nossos clientes no fornecimento de caldeiras completas e retrofits, dando continuidade às mais de 1.600 caldeiras entregues ao mercado”, destaca Fuzatto.
A Caldeiraria Dedini está apta a fornecer soluções completas e integradas para a indústria, com tecnologia e eficiência, sempre comprometida com seus clientes e mercados, com a qualidade dos seus produtos e serviços e mantendo a tradição de sua história.
TANQUES DE GRANDE PORTE 

A Dedini também detém a tecnologia para a montagem de tanques metálicos de armazenagem de grandes volumes __de 500 mil a 20 milhões de litros, com o sistema de “macacos” para elevação e soldas automáticas a plasma de alta eficiência, qualidade e produtividade.
De acordo com Ademir Fuzatto, a utilização deste sistema de montagem tem grande vantagem na redução da necessidade de instalação de andaimes, tanto interno como externo ao equipamento.
“A Dedini é considerada uma fábrica de construir fábricas e conta, também, com um departamento exclusivo para a produção de tampos industriais, de 200 mm até 10.000 mm de diâmetro, com espessuras variando de 3 mm até 32 mm. Esta disponibilidade na execução de tampos internamente reforça a vantagem sobre os demais fabricantes de equipamentos, favorecendo uma redução em custos e agilidade no fornecimento”, afirma Fuzatto.

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Fundição
Capacitada para fundir as peças mais pesadas do Brasil

Legenda: Empresa tem capacidade para fundir as peças mais pesadas do Brasil – Crédito: Acervo Dedini

A Fundição Dedini iniciou suas atividades na década de 1920 e sua atual instalação opera desde agosto de 2002. Hoje, possui uma capacidade produtiva de até 40 mil toneladas/ ano, estando apta para produzir peças em aço, ferro e bronze de 50 Kg a 45 toneladas. A Dedini tem hoje a fundição com a capacidade de fundir as peças mais pesadas do Brasil.
O superintendente de negócios da Fundição, Sinval Marcos de Carvalho Loyolla, explica que 70% das peças produzidas atendem ao principal mercado da empresa, de açúcar e etanol, e 30% da produção se divide entre os segmentos de lingotes e peças destinados aos fabricantes de máquinas, usinas de hidrogeração, mineração, cimento, siderúrgico e outros.
Além de atender o mercado interno, essas peças são exportadas para os Estados Unidos, Canadá, Suécia, França, México e vários países das Américas Central e do Sul.
As instalações modernas e os investimentos significativos em processos e equipamentos, para a melhoria dos sistemas de gestão da qualidade e do ambiente, fizeram da Fundição Dedini uma importante referência no mercado de fundição, tanto no Brasil quanto no exterior.
E os trabalhos da Dedini Fundição são executados por meio de cinco linhas de produção independentes, que são:
A Fundição Leve, onde são produzidas peças em ferro e aço (95% aço), de 100 a 3.000 Kg, para o mercado de Açúcar e Etanol, sendo atendida por uma aciaria com dois fornos fusores de 3,5t e 5,5t à indução. Essa linha possui dois misturadores móveis de areia, dois equipamentos de jato de granalha automáticos e 4 fornos de tratamentos térmicos, produzindo em média 2.500 t/ano de peças.
Fundição de bronze – produz peças em bronze para o mercado de álcool e etanol, de 50 a 1.000 Kg, sendo atendida por um forno fusor de 1t, à indução. Essa linha possui um misturador de areia fixo, com produção anual de 250 t.
Fundição de Camisas de Moenda – produz camisas pelo processo coquilhado (molde metálico) de 3t a 35t, em ferro fundido cinzento e ferro fundido nodular, sendo atendida por um forno fusor a arco de 35t e um misturador fixo de areia de 20t/h. Produz 12.000 t/ano de peças.
Fundição Média e Pesada – produz peças em ferro e aço, de 3t até 45t, atendida pelo mesmo forno a arco que atende às camisas de moenda. Essa linha possui dois misturadores de areia móveis de 60 e 30t/h, duas cabines automáticas de jateamento à granalha de aço e três fornos de tratamento térmico com capacidade até 100t. Produz 2.000 t/ano de peças pesadas.
Fundição de lingotes – são produzidos lingotes para o mercado de forja e matrizes, em aços especiais, pelo processo de lingotamento. Essa linha é atendida pelo mesmo forno a arco da linha de camisas, um forno panela de 35t e um forno a vácuo VD/VOD também de 35t. Produz 5.000 t/ano de lingotes.
CERTIFICAÇÕES 

No ano passado, a Dedini Fundição recebeu duas certificações, que vão refletir no desempenho da empresa nos mercados naval e de óleo e gás, tanto no Brasil quanto no exterior. Segundo Loyolla, com essas certificações, o propósito foi tornar a empresa apta tecnicamente para atender mercados nacionais e globais de óleo e gás, altamente qualificados e exigentes, e concorrer em igualdade com outras grandes empresas do segmento.

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Mecânica e RGD

Mecânica/RGD responde por 42% do mercado nacional

Legenda da foto: Moenda produzida no complexo Dedini Mecânica – Crédito: Acervo Dedini

Duas unidades instaladas em Piracicaba, uma na Vila Rezende e a outra no bairro Capim Fino, e uma em Maceió (Alagoas) compõem o complexo da Dedini Mecânica e, desde 1982, são responsáveis por um dos serviços mais importantes prestados pela empresa: o Sistema RGD (Reposição Garantida Dedini).
Com equipamentos de última geração, produzem peças de até 38 toneladas e conjuntos montados de até 65 toneladas, atendendo todos os requisitos da legislação ambiental.
O RGD atende, de forma personalizada, as necessidades do mercado sucroenergético, com o fornecimento de peças e componentes de reposição, serviços de reformas, otimizações, assistência técnica e ainda “upgrade” nos equipamentos instalados, incorporando a eles novas tecnologias. Atualmente, está apta a atender a todas as linhas de equipamentos e produtos da empresa.
Com muito trabalho, estrutura e tecnologia__ a mesma que coloca a Dedini como a única da América Latina a construir uma usina completa, a chamada chave na mão__, a empresa conquistou 42% do mercado em RGD no Brasil.
“Na entressafra, garantimos atendimento ao mercado da Região Centro-Sul, com prazos cumpridos e qualidade. Ganhamos clientes que precisaram da Dedini em situações às vezes emergenciais e mostramos que toda a nossa estrutura e garra são movidas pela vontade de atender o nosso mercado”, avalia Norivaldo Zimmermann, superintendente comercial e industrial da Dedini Indústrias de Base.
Além do mercado brasileiro, a Dedini Indústrias de Base atende com esse sistema de reposição os cinco continentes, com 8% do mercado mundial no segmento e planos para chegar a 12% desse mercado mundial de reposição.
Para dar conta desse mercado gigante de reposição e manutenção, a Dedini conquistou diferenciais como capacitação fabril, engenharia com soluções de tecnologia de ponta e atendimento personalizado durante toda a safra, 24 horas por dia.
Além desses fatores, a empresa dispõe de fundição própria, laboratório de ensaios metalográficos, apoio técnico e laudo de avaliação. “Trabalhamos para oferecer um atendimento diferenciado na parceria qualidade/pontualidade”, avalia o superintendente.
Na RGD, são feitos desde uma arruela de poucas gramas, um eixo montado de 60 toneladas, até uma usina completa, chave em mãos, em conjunto com outros setores da Dedini. A capacidade de trabalho é de 80 mil horas/mês.
São produzidas peças utilizadas nos equipamentos de recepção para o preparo e extração (toda parte de extração do caldo da cana), otimização de performance dos equipamentos (processo de fabricação de açúcar e etanol) e cogeração de energia.
INTEGRAL 

Segundo Zimmermann, o modelo de trabalho do Sistema RGD está baseado em pilares, estabelecidos a partir do estreitamento de laços com o cliente, a começar do conhecimento das carências e demandas pela melhoria de processos e sistemas de produção industrial.
Na sequência, a equipe coloca em prática o atendimento diferenciado na parceria: qualidade, pontualidade de entrega, pós-vendas, soluções de engenharias, rigor no cumprimento dos requisitos de qualidade e fabricação exigidos pelos clientes atendendo todos os equipamentos instalados, nas necessidades de manutenção e melhorias. Além disso, busca incorporar ao equipamento altos índices de performance, que são compensados pelo maior percentual de extração ou melhor produtividade, com grande economia pela diminuição de paradas não planejadas, que trazem enorme prejuízo ao processo.

Comprometida com o meio ambiente

Legenda da foto: Estudantes da rede pública visitam viveiro de mudas instalado na Dedini – Crédito: Mariana Modesto

O compromisso com o meio ambiente está no DNA da Dedini. O fundador, Mario Dedini foi um dos empresários pioneiros nessa área ao projetar, há 70 anos, uma usina com reaproveitamento de água de chuvas.
Hoje, a Dedini S/A Indústrias de Base tem investido recursos e esforços na proteção e na recuperação da Bacia do Ribeirão Guamium, manancial que atende a empresa. Um dos principais resultados é o reflorestamento de áreas que compõem a Microbacia do Guamium, com o plantio de aproximadamente 13 mil mudas, numa área recuperada de 97.787,91 m².
De acordo com Igor Serra, do setor de Meio Ambiente da Dedini, a iniciativa faz parte de um conjunto de ações, que também incluem mapeamento e monitoramento da bacia do Guamium; projeto de melhoria da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE); recomposição das matas ciliares por meio das mudas produzidas em viveiro próprio; manutenção dos corredores ecológicos; e um projeto de Educação e conscientização da comunidade.
Tudo começou em 2001, com o início da construção da Fundição Dedini, projetada para produzir peças de até 45 toneladas, com capacidade instalada produtiva de até 40 mil toneladas/ano. A produção exigiria consumo significativo de água. Por isso, o Conselho e a diretoria da empresa, com o apoio da Fundação Mario Dedini, decidiram pela implementação de um projeto ambiental para a preservação da microbacia do Guamium, responsável pelo fornecimento de água para todas as unidades.
Desde então, com várias ações, o Projeto, denominado Água, conseguiu reduzir 47,6% o volume de água captada do Ribeirão Guamium, sendo que o reaproveitamento ou reuso dessa água utilizada na produção chegou a 99%. No mesmo período, a empresa deixou de gerar/lançar 142.500 m³/mês de efluentes.
“Para atingir os objetivos de recuperação do ribeirão Guamium e conscientizar a população sobre a necessidade de preservar o meio ambiente, também foi criado o projeto Dedini Comunidade, com ações voltadas aos que vivem no entorno da empresa”, afirma Igor Serra.
Recentemente, a empresa realizou melhorias e adequações na ETE Dedini Caldeiraria. Uma nova estação foi construída em paralelo à antiga. A nova ETE é responsável pelo tratamento de todo o esgoto e o efluente industrial gerado na planta antes de seu lançamento no ribeirão Guamium. Trata aproximadamente 40 mil litros de esgoto por dia e tem capacidade para até 120 mil litros de esgoto por dia.
O projeto, de tecnologia de tratamento, análises, desenvolvimento, execução e implantação, foi todo feito internamente pela Dedini, com a utilização de cerca de 90% de materiais e equipamentos que estavam obsoletos no pátio ou sobra de obra que se encontrava no almoxarifado. “Com esta iniciativa, alcançamos 99% de eficiência no tratamento do esgoto, ultrapassando os 80% exigidos pela legislação”, afirma Igor Serra.
Outro viés do projeto é um trabalho de conscientização interna, com os funcionários, para a coleta seletiva. As mesas do setor administrativo não têm mais lixeiras e todo o lixo produzido precisa ser depositado em lixeiras específicas e sinalizadas. Os resíduos são enviados para o projeto Reciclador Solidário e auxiliam no aumento da renda das famílias assistidas. “Com iniciativas como estas, a Dedini mantém a tradição de desenvolver ações de sustentabilidade em todas as suas unidades”, destaca Serra.
REFLORESTAMENTO 

O reflorestamento das matas ciliares do ribeirão Guamium foi realizado pela Dedini Indústrias de Base em parceria com a ONG Florespi. Foram utilizadas 50 espécies nativas, sendo que 10 espécies estão na lista das ameaçadas de extinção.
Degradadas pela atividade agrícola, com a mata ciliar destruída, as margens do ribeirão viviam um cenário que favorecia o assoreamento e danificava a qualidade da água, da flora e da fauna aquáticas. A microbacia do Guamium ocupa uma área de 7.051 hectares, origina-se no Distrito Rural de Tanquinho e conta com aproximadamente 34 nascentes.
“O Guamium é muito importante para a Dedini e entendemos que o reflorestamento de suas margens era urgente. Por isso, a empresa também construiu um viveiro para a produção de mudas para o reflorestamento das margens e para a criação de um bosque na unidade Fundição”, relata Serra.
O viveiro conta com um sistema de captação de água de chuva e um sistema de energia limpa para o bombeamento da água da cisterna para a irrigação, o que o torna totalmente sustentável.
Desde agosto de 2018, voltou a trabalhar com sua capacidade total, podendo produzir até 15 mil mudas ao ano, o que garante a manutenção do reflorestamento, que é permanente.

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Visita monitorada é a ‘menina dos olhos’ do projeto

Legenda da foto: Alunos do Sesi participam do Projeto Dedini Comunidade – Crédito: Gabriel Bastelli

A “menina dos olhos” do Projeto Dedini Comunidade é a visita monitorada. E nem poderia ser diferente. Segundo Antonio Aparecido Berto, gerente de Serviços da Dedini, o projeto, iniciado em 2018, oferece aos alunos de escolas da rede pública a oportunidade de conhecer as ações ambientais desenvolvidas pela empresa e caminha junto com objetivos da empresa, que além de ações sustentáveis, aposta na educação das novas gerações como medida fundamental para preservação do ambiente.

O projeto já recebeu 315 alunos das escolas estaduais Professor João Alves de Almeida, Carolina Mendes Thame, Edson Rontani, Professor Manassés Ephrain Pereira e Prudente de Morais, e das unidades do Sesi.
Durante, a visita, os estudantes conhecem o modelo ambientalmente correto de produção adotado pela empresa, o que inclui o reúso da água retirada do Guamium para a produção, e a manutenção de um viveiro sustentável de mudas. As informações são de Igor Serra, do setor de Meio Ambiente da Dedini.
Ao final, os alunos fazem o plantio de mudas de espécies nativas produzidas nesse viveiro, ajudando a formar um cinturão verde no entorno da unidade, e produzem desenhos sobre a visita, que ficam expostos durante um mês na área de lazer da empresa, estabelecendo assim a integração dos funcionários ao projeto.
MISSÃO CUMPRIDA 

O programa de visita das escolas tem deixado um sentimento de realização em todos os envolvidos, pela receptividade dos alunos e dos professores. O projeto teve início em setembro de 2018, com a visita monitorada de 35 alunos do sétimo ano da Escola Estadual João Alves de Almeida, do Distrito de Tanquinho. Segundo a professora Daniele Barbosa, o mais importante foi saber que a Dedini e toda a comunidade do entorno estão envolvidas em proteger o Guamium, unindo forças para sua preservação.
Após visita em dezembro de 2018, a vice-diretora da Escola Estadual Edson Rontani, Fabíola Capeline Landim Mauro, elogiou a iniciativa. “Iniciativas como essa são marcantes na vida dos estudantes, impactam positivamente e reforçam conceitos que disseminamos também na escola, como o nosso projeto ambiental da horta”, disse.
Em agosto de 2019, mês em que a Dedini comemorou seus 99 anos de fundação, o aluno Eduardo Cardoso Navarro, de 12 anos, do CE Sesi Piracicaba, pode fazer a visita acompanhado de sua mãe, Maria Teresa Navarro Cardoso, funcionária do setor administrativo da Dedini.
“Sempre vinha buscar minha mãe, mas essa foi a primeira vez que entrei e fiquei orgulhoso em poder ver onde ela trabalha”, disse. Chamou sua atenção a preocupação da empresa com o meio ambiente. “Nunca imaginei que existisse um projeto. Achava que a Dedini apenas produzisse peças”, contou.
A diretora do Sesi Piracicaba, Heliane Helena Fernandes Rotta, falou sobre a importância do projeto. “Foi uma experiência maravilhosa e para além do Projeto de Sustentabilidade. A participação das crianças no plantio de mudas e os esclarecimentos prestados acerca das atividades desenvolvidas agregaram relevantes conhecimentos à formação de nossos estudantes”, ressaltou.

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Prêmios ambientais estão na história da empresa

As ações e projetos dedicados ao meio ambiente têm sido prioridade na Dedini e ganho o reconhecimento de algumas entidades, por meio de premiações.
Uma das mais relevantes ocorreu em 2012. A empresa foi uma das vencedoras da 7ª edição do Prêmio Fiesp de Conservação e Reúso de Água, com o seu projeto Água. No ano da premiação, um total, 19 empresas concorreram ao prêmio nas categorias micro/pequena e média/grande, entre elas a Pirelli.
“Os recursos hídricos são finitos e o pioneirismo do fundador do grupo, Mario Dedini, ao projetar há 70 anos uma usina com reaproveitamento de água de chuvas, revela uma preocupação com esses recursos hídricos de que tanto precisamos, com o ambiente de forma geral”, salienta Antonio Aparecido Berto, gerente de Serviços Gerais da Dedini.
Berto lembra que o projeto Água estabeleceu, e cumpre à risca, prioridades estratégicas: recuperação e preservação contínua dos recursos naturais hídricos da microbacia do ribeirão Guamium, reutilização dos recursos hídricos, inclusive em instalações e processo, e reflorestamento – ações aliadas à conscientização ambiental.
Com laboratório próprio, avalia-se da qualidade e o monitoramento da água desde a nascente, segundo Berto.

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Depoimentos – Meio século de Dedini

Legenda da foto: Luiz Ademir Fuzatto tem história de vida diretamente ligada à empresa – Crédito: Igor Serra

Uma feliz coincidência colocou Luiz Ademir Fuzatto, 66, dentro da Dedini. No final de uma tarde de setembro de 1969, ele precisou pegar a bola que jogava na rua com os amigos, dentro da casa de um vizinho.
O vizinho era diretor na empresa que deu a ele, na época com apenas 15 anos, a oportunidade de abraçar muito mais do que um trabalho. Esse convite, que ele relembra comovido, mudou literalmente seu destino.
Fuzatto começou a trabalhar em outubro de 1969 e foi efetivado dois meses depois. Seu primeiro cargo foi de office-boy e passou por vários outros.
Depois de formado na primeira turma de Colégio Técnico Industrial de Piracicaba, em 1974, criou o departamento de PCP da empresa. Em 1976, integrou a primeira equipe de funcionários a iniciar as atividades industriais na Caldeiraria Matriz, no bairro Cruz Caiada.
Sempre à frente das atividades de planejamento de produção, chegou ao cargo de gerente de planejamento de fábrica, passando depois para a área comercial, exercendo as atividades de gerência de orçamentos e contratos. Ocupa atualmente a Superintendência de Negócios da Área de BBAA – Caldeiraria Matriz.
A Dedini é tão forte em sua vida, que foi nela que Fuzatto conheceu a esposa, Cidinha, que trabalhava na área de assistência social e só deixou o trabalho, que também amava, para cuidar do filho Luiz Otávio, que nasceu em 1986.
O amor pela empresa é tanto que Fuzatto diz que o nome Dedini é seu próprio nome. “Trabalhar na Dedini é maravilhoso. Poder viver esse momento, comemorar os 100 anos da empresa, 51 deles dentro dela, é motivo de grande orgulho”, diz.

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Amigos que se tornaram família

Legenda da foto: Belge Vaughn relata orgulho de fazer parte da Dedini desde 1987 – Crédito: Igor Serra

Foi por meio de uma seleção, realizada pelo Departamento de RH, para o Departamento de Informática da DDN (Dedini Participações), que Belge Inês Vaughn começou a trabalhar na empresa.
O ano era 1987 e, a partir daí, ela passou por várias empresas dentro do grupo, sempre no mesmo departamento, hoje com nova denominação: TI – Tecnologia da Informação.
Tantos anos, muitos setores e amigos mostraram a Belge que a Dedini é muito mais do que uma empresa. É sinônimo de família, empreendedorismo, foco, perseverança, resiliência, gestão humanista e muito trabalho.
“A Dedini faz parte da minha história, é o meu segundo lar. Amadureci e cresci aqui e venho tendo um grande aprendizado em todos os sentidos, sempre ao lado de profissionais de excelência. Conquistei amigos eternos em um ambiente familiar”, ressalta.
Belge também fala do orgulho de fazer parte de uma história iniciada em 1920, na pequena oficina fundada por Mario Dedini, e de hoje ver a empresa ser comandada pela quarta geração da família, e se manter como uma indústria de grande relevância em vários segmentos no mercado.
“Atravessamos momentos prósperos e períodos de crise, que foram superados com engajamento e o amor de todos pela empresa”.
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Apoio nos momentos mais difíceis

Legenda da foto: Para Marilda, trabalhar da Dedini é um dos maiores presentes – Crédito: Igor Serra

Funcionária da Dedini há 18 anos, atualmente no Departamento Financeiro, Marilda Regina dos Santos viveu uma experiência de solidariedade quando o filho, hoje com 11 anos, precisou passar por diversas cirurgias ao nascer.
“Nesse período tão delicado da minha vida, a Dedini esteve ao meu lado, garantiu que pudesse acompanhá-lo, me deu toda a força. Hoje meu filho está forte e saudável. A empresa consegue ter um olhar para o funcionário não só como um número, mas como uma vida”, ressalta.
Marilda começou a trabalhar por meio do Ciee (Centro de Integração Empresa Escola), como estagiária. Depois de três anos, surgiu uma vaga como auxiliar de cobrança e, em 2005, ela foi efetivada.
“Daí aproveitei todas as oportunidades que surgiram, o grande aprendizado que a Dedini oferece. Fiz cursos e pós-graduação e passei por vários setores. A empresa valoriza quem se empenha. Graças à Dedini comprei minha casa”, diz.
Marilda conta que teve vários familiares que trabalharam na Dedini e que sempre sonhou em um dia poder integrar o time. “Esse foi um dos maiores presentes da minha vida”.

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Empresa foi a grande escola

Jurandir Barbosa é hoje o funcionário mais antigo da área fabril – Crédito: Igor Serra

Encarregado da Engenharia Industrial, Jurandir Barbosa é hoje o mais antigo funcionário da área fabril. Começou na empresa em abril de 1975, como aprendiz do Senai, aos 15 anos. Trabalhou registrado enquanto estudava e hoje, aos 60 anos, continua na empresa.
“Fui fazendo cursos, evoluindo sempre. Quando fui efetivado, montava máquinas a vapor, que precederam os motores elétricos. Aprendi muito com chefes, como Isaac Scatolin e José Sanches. Eles me ensinaram tudo o que sei, exatamente como eu faço hoje. Não fazemos nada sozinhos, somos uma equipe e valorizo muito isso”, relata.
Barbosa fez vários cursos ao longo da vida profissional, atuou em vários setores e, como encarregado, se tornou o mais jovem brasileiro aposentado por tempo de serviço quando tinha 38 anos, em 1998.
“Os segredos de se manter tantos anos em um só lugar, em minha opinião, são o amor pelo trabalho e pela empresa e a atenção constante em traçar e seguir objetivos. Com o trabalho na Dedini, construí minha casa e encaminhei meus filhos”, conta.
Orgulhoso de fazer parte da equipe Dedini, Barbosa diz experimentar um sentimento de gratidão por integrar o quadro de funcionários na comemoração dos 100 anos, de contribuir para o sucesso da empresa.

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Dedini promoveu mudança de vida

Com o trabalho na empresa, José Nilson dos Santos comprou sua casa e constituiu família – Crédito: Igor Serra

O mineiro José Nilson Rufino dos Santos, 47 anos, veio para Piracicaba com o objetivo de mudar a vida. Ao chegar, começou a trabalhar em uma empresa terceirizada na Dedini e, um dia, ao encontrar um vizinho lá dentro, ouviu dele a sugestão para que deixasse um currículo na empresa.
Santos aceitou a sugestão e teve um retorno quase que imediato. Foi chamado para conversar, fez os testes e, em 1994, já estava contratado como forneiro C, ganhando o dobro do emprego anterior.
“Foi assim que a mudança na minha vida começou. Fui sempre procurando fazer o melhor e o retorno veio. Estou aqui até hoje, atualmente como forneiro líder.”
Santos comprou sua casa, constituiu família, e diz que gosta tanto do trabalho, que dois dos três filhos já trabalham na Dedini, por meio do Senai.
O caçula de 12 anos, também deve seguir o mesmo caminho dos outros dois irmãos, o que enche o pai de orgulho. “O amor pela empresa é tão grande que minha mulher nos chama de família Dedini”, diz.

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Aprendizado fez de soldador, instrutor

Legenda da foto: Para Gentil Polesi, a grande escola está dentro da empresa – Crédito: Igor Serra

Gentil Donisete Polesi, 42 anos, começou a trabalhar na Dedini com 14 anos, em fevereiro de 1993, como menor aprendiz, por meio do Senai. Fazia o curso o dia todo e, quando terminou, foi em definitivo para a empresa.
Entrou na área fabril como praticante de soldador e depois soldador e hoje soldador líder. O capricho e a dedicação ao trabalho renderam vários prêmios, inclusive o primeiro lugar no Soldador Padrão 2006.
“A grande escola está dentro da empresa. Tudo o que eu tenho, aprendi e sei devo à Dedini. Minha casa, profissão, família”, avalia.
Com habilidade reconhecida, o soldador líder também foi convidado para ser instrutor de solda no Senai e ensina a atividade para as novas gerações.
E o filho único, de 17 anos, segue o pai e também está na Dedini. Faz o mesmo caminho que Polesi fez um dia, seguindo os passos do pai, que trabalhou 27 anos na empresa. “Tenho o privilégio de viver essa história e fazer parte dessa grande família. Que a Dedini cresça cada vez mais!”

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Amizade foi grande legado

Legenda da foto: Grupo de ex-funcionários aposentados se reúne com frequência – Crédito: Eladio Feitosa/Fotos Digital

Vangely Ferreira dos Santos trabalhou na Dedini durante 27 anos. Entrou na empresa em 1996, pelo Senai, como ajudante de mecânico de manutenção, na antiga Caldeiraria, e seguiu como controle de qualidade de turbinas até 2014, quando já estava aposentado.
Além do aprendizado e do conhecimento que ganhou dentro da empresa, Vangely diz que nessa história um componente especial fez toda a diferença. Ele se refere aos laços de amizade construídos dentro da Dedini, que se mantêm por meio de um grupo de ex-funcionários aposentados.
Criado em 1993 e idealizado por Luiz Carlos Cazonatto, o grupo reúne 45 ex-funcionários aposentados, que até antes da pandemia, se reuniam religiosamente a cada dois meses.
Vangely conta que está no grupo desde 2011, ano em que se aposentou, e que essa associação informal foi o jeito encontrado para compartilhar as boas lembranças e não deixar de valorizar a importância que a Dedini teve na vida de cada um dos integrantes.
“O grande legado da Dedini, para todos nós, foi a amizade. A empresa deu a oportunidade de nos tornamos uma grande família”, ressalta.
Uma curiosidade do grupo, segundo Vangely, é que a maioria dos integrantes é filho de funcionários da Dedini, como ele próprio. “Esse detalhe só comprova que o carinho e o respeito pela Dedini atravessam gerações.”

3 comentários em “História: Dedini completa 100 anos”

  1. Parabêns DEDINI, umas das melhores empresas que já trabalhei, aprendi muito e sou muito grato. Espero um dia retornar. Muito obrigado!!

  2. Sílvio A. Campion

    Estou muito orgulhoso de ser Piracicabano, conhecer a História da Dedini. Parabéns. Nunca entrei na Empresa, mas, tenho orgulho de ser de Piracicaba.

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