365 Dias, o filme que eu me arrependi de ver

Luzia Stocco

 

Não vejo televisão há uma década, às vezes filmes pela Netflix, bem selecionados, também evito filmes indicados para maiores de 16 ou 18 anos, pois bem sabemos que contêm muita violência etc, porém ontem arrisquei e caí na armadilha de assistir “365 Dias” que estreou em 2020.

Qual não foi meu choque ao constatar a pobreza dessa obra, NÃO, obra não, isso não é uma obra, sim, é uma coisa qualquer, menos uma Arte.

Se eu tivesse visto isso quando eu era jovem provavelmente teria deixado de ser heterossexual. Sim, ver esse tipo de relacionamento doentio e agressivo, de extrema carência e dependência emocional, sem romantismo, sem carinho, distante da realidade que nós mulheres almejamos, é bem brochante para mim, e, se eu não estivesse com uma pessoa incrível hoje, talvez nem quereria mais. Sério, gente! O que é aquilo?

Nunca curti pornografia e fico triste em saber que ainda se fazem coisas tão cheias de estereótipos e ilusórias para as pessoas assistirem. Por que não praticam o Tantra? Tem gente que ainda acha que uma pessoa saudável e lúcida aprecia fazer aquele tipo de sexo que o filme nos expõe?  Que uma pessoa ficaria de boa após passar por aquela maratona, sem ter que ir pra um hospital? Quanta mentira, quanta hipocrisia.

O bom é que hoje há muitos homens e mulheres buscando e ensinando o autoconhecimento, praticando o autoamor e muitas mulheres conhecendo o prazer e os benefícios do auto-toque para a saúde de seu ser como um todo (como no filme De pernas para o ar). E somente o tantrismo pode de fato proporcionar um relacionamento sexual completo, cheio de afeto, de carinho, de gestos amorosos, respeito e muito prazer, um prazer total, com orgasmos quânticos e eternos em todo o ser e não apenas nos genitais. A ioní (lugar sagrado) se encontra com o lingam (pilar de luz) e ambos se fundem em um só; a kundalini, como energia forte e sublime que é, pode elevar-se e não apenas declinar, na perfeição do momento presente (não há passado e nem futuro, e nem tampouco o presente pois tudo eternizou-se, como bem pesquisou e escreveu Osho).

O olhar, o deslizar dos dedos por todo o corpo, as sensações, num tempo que se perde a noção de tempo, por horas pode-se assim ficar, pois não há pressa e nem dor, não há fim mas apenas começo, fica-se na deliciosa planície; mantendo as brasas acesas do início o fogo não se apaga pois não vai ao pico da montanha onde um sono instantâneo  os espera e a morte acontece – sono que tantas mulheres se desgostam e entristecem. E as preliminares não são mais preliminares pois elas são o processo e o êxtase. Todo o corpo experiencia o orgasmo cósmico e o amor é! Isso precisa ser ensinado às pessoas desde sempre, e, pode ter certeza, o planeta terá paz.

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Luzia Stocco. escritora, professora, terapeuta holística, autora do Canal no YouTube Luz’ia Pra Frente; e-mail [email protected]

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