O mestre inesquecível

Aracy Duarte Ferrari

 

Após a leitura do livro de Augusto Cury, “O Mestre Inesquecível”, irei expor aqui minha sensibilidade quanto às colocações do autor sobre a personalidade de Jesus. Sempre frequentei a igreja, fui catequista, participei de Grupo de Casais e hoje, por influência de minha sobrinha Eunice, que, com dedicação e empenho, resumiu a Bíblia, mais a leitura citada, resolvi e interessei-me em saber com detalhes, como foi a vida de Jesus, suas passagens interessantes e desafiadoras. Foi o maior educador da humanidade, era sensível, amoroso, sereno, de inteligência elevadíssima, firme nas decisões e o maior orador de todos os tempos. O Menino de Nazareth, como alguns o chamavam, crescia em sabedoria e falava com eloquência através de parábolas para dez, cem, mil, dez mil ou mais pessoas, deixando o povo e, em especial seus discípulos e apóstolos, admirados.

Por exemplo, na Parábola do Semeador, compara os solos diferentes que, ao receber as sementes, comportam-se diferentemente, assim como as pessoas também comportam-se de maneira distinta, dependendo da mensagem que recebem. Assim Jesus plantou no coração de seus apóstolos, boas sementes para desenvolver a inteligência, elevar o nível de tolerância, solidariedade, compreensão e a arte do amor. Tudo para proporcionar condições para uma alma arejada, saudável e feliz.

A história da humanidade foi mudada pela ação de Jesus, com a realização dos milagres, suas parábolas profundas, sua presença nas sinagogas. Era um pensador perspicaz e detalhista, queria plantar boas sementes nos discípulos e apóstolos para transformar a personalidade, educar a inteligência e eliminar os traumas. Seus apóstolos, os jovens galileus (exceto Pedro que era mais adulto) Pedro, Tiago filho de Zebedeu, João, André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago filho de Alfeu, Tadeu, Simão e Judas Iscariotes eram pessoas simples, honestas, sinceras, justas e obedientes. Alguns, porém, eram impulsivos, agressivos, indecisos, com cultura limitada (exceto Mateus e Judas Iscariotes). Quando Jesus os convidou, afirmou: “Deixem os seus barcos de pesca para assumirem como Pescadores de Sementes!”. Todos tinham como proposta reescrever sua história para entrarem no Reino de Deus; eram excelentes trabalhadores, fiéis na caminhada, presentes a todo momento. Citarei apenas quatro dos apóstolos que tiveram destaque.

Mateus, ex-cobrador de impostos, culto, brilhante, boas condições econômicas, atuante e presente, queria mudar o mundo. Foi um dos grandes evangelistas: “Evangelho segundo São Mateus”.

João, o mais jovem, atuante, decidido, de forte personalidade, pouca cultura, mas estava sempre presente, era bem próximo de Jesus. Na crucificação estava à frente de Jesus e próximo de Maria, Nossa Senhora. Jesus olhou para João e disse: “Essa é sua mãe.”, e olhou para Maria e falou: “Esse é seu filho!”. Escreveu Cartas, Epístolas e Apocalipse.

Judas Iscariotes, o apóstolo mais equilibrado, dosado, sensato, discreto e com bom desempenho intelectual. Era amigo e defensor de todos e o mais próximo amigo de Jesus. Entendia de economia e cuidava das finanças. Tinha tudo para brilhar, mas aprisionou-se no calabouço dos conflitos. Que triste sorte teve o amigo íntimo de Jesus.

Pedro, o mais adulto, humilde, sincero, conhecia bem o mar, mas era iletrado, irritado, agressivo, era bem próximo de Jesus. Escreveu Cartas e Epístolas. Foi o primeiro Papa, exercendo o cargo por vinte e três anos. Faleceu com idade bem avançada e foi crucificado.

Nossos apóstolos, doze, todos são santos e estão no Reino de Deus. Jesus é o Cordeiro de Deus, que derramou o próprio sangue em favor de todos nós.

Dos discípulos de Jesus, citarei aquele que preparou o terreno para a vinda de Messias: João Batista. Filho de Izabel, prima de Maria, mãe de Jesus, tinha a capacidade, coragem, determinação e paciência para remover as pedras das almas humanas e prepará-las para a chegada do Messias. Passou trinta anos no deserto, espiritualizando-se até chegar na Galileia, próximo ao Rio Jordão, onde fazia discursos profundos e brilhantes e batizava em nome de Deus. Nos seus discursos dizia: “Depois de mim, virá outro mais poderoso, ante o qual, não sou digno de prostrar-me… Eu vos batizo com água. Ele vos batizará no Espírito Santo.”. Ele não conhecia Jesus, embora fossem parentes, mas quando o avistou, sabia que a chegada estava acontecendo e disse ao povo: “O Messias ungido por Deus veio para libertar o homem do cativeiro interior e exterior.”. O sonho de João Batista concretizou-se e passou a ser o sonho de milhares de pessoas: a chegada do Mestre dos Metres, Mestre da Sensibilidade e Mestre do Amor Divino e concluiu: “Hoje é o dia mais alegre da minha vida!”.

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Aracy Duarte Ferrari, escritora

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