O Conselho das Entidades Sindicais de Piracicaba (Conespi), entidade que representa cerca de 200 mil trabalhadores da ativa e aposentados, acendeu a luz de alerta para a necessidade de ser aperfeiçoado a segurança no trabalho na cidade, uma vez que acidentes ainda ocorrem, inclusive com óbitos. A preocupação foi debatida na Comissão Intersetorial de Saúde do Trabalhador (Cist) na manhã de segunda (3), durante reunião no anfiteatro do Cerest (Centro de Referência em Saúde e Segurança do Trabalho), com ampla participação de dirigentes do Conespi, quando foi iniciada a discussão de um novo projeto para ampliação na prevenção dos acidentes de trabalho e na defesa do SUS (Sistema Único de Saúde). A reunião contou também com a participação do secretário municipal do Trabalho e Renda, Evandro Evangelista, que se comprometeu a participar de todo processo.
O novo projeto, apresentado pelo técnico Cerest, Alessandro Nunes da Silva, e que começou a ser debatido, passa pelo fortalecimento do controle social, mostrando a necessidade de um maior envolvimento dos representantes dos trabalhadores, poder público e empresários, e a necessidade de preparação de mão-de-obra mais qualificada e o desenvolvimento de políticas públicas justamente para atuar nesse trabalho de prevenção. “É preciso que haja uma interação entre todos os setores para pensar e planejar as atividades, evitando que os acidentes continuem a ocorrer”, diz o diretor do Conespi, Francisco Pinto Filho, o Chico.
Uma das propostas é de abrir um diálogo com envolvimento de mais diversos segmentos da indústria e serviços, independente do porte, inclusive com as multinacionais, que também não estão imunes a acidentes. De acordo com Milton Costa, coordenador da Cist, ficou estabelecido que num prazo aproximado de 30 dias, deverá ser promovido pelo Cerest a realização de um treinamento para aperfeiçoamento técnico dos dirigentes sindicais para poder fortalecer esse trabalho de acompanhamento do trabalho de prevenção a acidentes e doenças do trabalho desenvolvido pelas empresas.
Todo esse trabalho de aperfeiçoamento visando ampliar a segurança no trabalho apresentado pelo Cerest sugere uma demanda consistente com a necessidade de interação das atividades entre todos os envolvidos nos processos de produção, serviços e principalmente em manutenções, assim como aperfeiçoamento das ações coletivas, criação de grupo de trabalho para disseminar as ações e fortalecimento do SUS em defesa da vida. “Com certeza, um engajamento de todos contribuirá para que os acidentes possam ser evitados”, diz Chico.