Em nota, tirada neste final de semana, o Conselho das Entidades Sindicais de Piracicaba (Conespi), entidade que representa cerca de 200 mil trabalhadores da ativa e aposentados e que tem desenvolvido ações para garantir ambientes saudáveis de trabalho, repudia duramente a agressão sofrida na última sexta (24) pelo técnico do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest), Marcos Hister Pereira Gomes. A agressão ocorreu quando o técnico realizava vistoria em uma loja da região central da cidade, para averiguar irregularidades relativas às normas sanitárias estabelecidas em protocolos para contenção da pandemia de coronavírus em Piracicaba.
Em função da agressão, Marcos Hister registrou Boletim de ocorrência (726/2020), onde relatou o fato. Contou que foi agredido por funcionário do estabelecimento, com empurrão, que o levou ao solo e causou escoriações na mão esquerda.
Considerando inaceitável a agressão, o Conespi, inicialmente, agradece a todos os servidores públicos que têm ao longo destes quatro meses da pandemia dado o melhor no combate, prevenção, fiscalização, atendimento e defesa da vida e nos cuidados com os adoecidos. “Esse trabalho desenvolvido pelos técnicos do Cerest é fundamental e tem todo nosso apoio, assim como os demais servidores públicos que estão atuando firmemente no combate à covid-19 e repudiamos fortemente esta agressão”, diz Wagner da Silveira, o presidente do Conespi.
Na nota, o Conespi repudia a agressão sofrida pelo técnico Marcos Hister. “Este fato não pode e não deve passar desapercebido, pois é mais uma das atitudes que agridem não apenas o servidor, mas as políticas de combate ao coronavírus 19, prevenção da saúde e da vida! Agredir um servidor já é um absurdo e ato criminoso, porém um servidor do Cerest merece de todos nós repulsa e ação. E concitamos a todos os dirigentes sindicais, democratas e o poder público a se manifestarem firmemente em favor do Servidor e contra a agressão”, diz a nota, que reforça a necessidade do isolamento social, a defesa da saúde e da vida, contra a violência e em defesa do servidor público.
Já a Prefeitura disse que o trabalho dos fiscais da prefeitura, para o cumprimento das regras sanitárias pelos estabelecimentos comerciais, é de fundamental importância neste momento e precisa ser respeitado por todos. Também reafirmou que o serviço de fiscalização continuará até o final da pandemia e os infratores serão punidos com multas, que variam de 10 a 10 mil UFESP, equivalente a R$ 270 mil (Cada UFESP vale R$ 27,61).
Conespi: repúdio à agressão a técnico do Cerest
28 de julho de 2020