O Centro do Câncer da Santa Casa de Piracicaba (Cecan) concedeu o nome de Dr. João Orlando Pavão à Unidade de Radioterapia que, reestruturada, inaugurou na última sexta-feira, 11, um moderno parque tecnológico com a aquisição do Acelerador Linear Infinity, da Elekta, um dos mais modernos equipamentos do país, disponível em poucos centros médicos. Mais de 100 pessoas, entre autoridades, médicos, funcionários, membros de entidades de classe e órgãos representativos prestigiaram o evento.
“Uma homenagem mais que justa para registrar o reconhecimento e gratidão do Cecan ao Dr. Pavão, cuja atuação foi imprescindível para a aquisição da nova máquina de radioterapia”, disse o oncologista Fernando Medina, diretor do Cecan, ao recordar as diversas idas e vindas a Brasília para liberação de recurso federal em complemento ao investimento feita pela própria Instituição.
“Estou lisonjeado; não esperava por esta homenagem”, disse Pavão, evidenciando que os benefícios do novo equipamento para a saúde das milhares de pessoas de Piracicaba e outras 25 cidades da região para as quais o Cecan é referência em tratamento contra o câncer. “Agora, o Cecan está entre as unidades oncológicas mais modernas do país”, disse. Representado pela administradora Vanda Petean, o provedor da Santa Casa, Alexandre Valvano Neto, disse que o avanço proporcionado pelo novo equipamento representa a vanguarda no tratamento do câncer. “É uma ferramenta essencial para centros de oncologia que buscam oferecer o que há de mais avançado em radioterapia, com assistência precisa e humanizada”, afirmou.
Projetado para oferecer tratamentos personalizados de alta precisão contra o câncer, a nova máquina combina avanços tecnológicos em hardware, software e técnicas de imageamento, permitindo a visualização 3D do tumor e dos tecidos circundantes, antes e durante o tratamento, para que o paciente receba apenas a quantidade exata de radiação de que precisa na área afetada pelo câncer, sem comprometer outros órgãos.
Com o novo equipamento, o Cecan aumentará em 30% a capacidade de atendimento, permitindo tratamentos mais complexos e com menos efeitos colaterais para os 130 pacientes que passarão a ser tratados diariamente com sessões de radioterapia; 80% deles pelo SUS-Sistema Único de Saúde. O investimento exigiu recursos de iniciativa público-privada na ordem de 2,5 milhões de dólares, sendo 1,4 milhão para aquisição do equipamento e 1,1 milhão para upgrade do outro aparelho.
Dentre os principais avanços tecnológicos do Infinity está a agilidade, alta velocidade e precisão de movimentos, permitindo a conformação do feixe de radiação ao tumor com extrema exatidão de forma a reduzirem 30% o tempo de exposição do paciente à radiação e aumentar a eficiência do tratamento, que pode ser hipofracionado de 36 aplicações para apenas 15.