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A Apeoesp entregará no próximo dia 19, às 11 horas, na Secretaria Estadual da Educação, a pauta de reivindicações dos professores da rede estadual de ensino para a campanha salarial deste ano e já começa a mobilização da categoria para a greve contra os ataques do governador Tarcísio de Freitas ao magistério paulista. A segunda presidenta da Apeoesp, deputada estadual Professora Bebel, destaca que este calendário obedece às deliberações da I Plenária Intercongressual Raquel Guisoni da Apeoesp, onde foi estabelecido que caso a Secretaria Estadual da Educação não abra negociações para atendimento das reivindicações, o indicativo para deliberação na assembleia estadual dos professores no dia 21 de março é a greve por tempo indeterminado.
Diante disso, a diretoria estadual colegiada da Apeoesp, reunida nesta semana, decidiu convocar diretores, conselheiros, representantes de escolas e professores para a entrega da pauta de reivindicações da categoria na Secretaria Estadual da Educação. No processo preparatório da greve, que será debatida em todas as unidades escolares, foi definido que as subsedes devem realizar de 20 a 26 de fevereiro a entrega da pauta de reivindicações em todas as Diretorias de Ensino, que devem ser marcados por atos e manifestações. Também foi estabelecido que, de 17 a 20 de março, devem ser intensificadas visitas às escolas para debater a proposta de greve, tendo em vista a postura que a Secretaria Estadual da Educação vier a adotar frente às reivindicações.
De acordo com Bebel, nesta campanha salarial, a reivindicação central é a valorização salarial da nossa categoria. “Estamos reivindicando a aplicação imediata do reajuste de 6,27% do piso salarial profissional nacional no salário base, para todos os professores, da ativa e aposentados, com repercussão em toda a carreira, assim como a negociação de um plano de reposição do poder de compra dos nossos salários”, destaca.
A Apeoesp também está reivindicando atribuição de aula a todos os professores, contratação dos professores auxiliares e a não terceirização, assim como a climatização de todas as salas de aulas. “Estamos reivindicando ainda verbas para que as escolas adquiram lousas portáteis para aulas ao ar livre, quando possível e adequado, assim como promoveremos estudos e debates para que todos possam ter a exata compreensão da natureza e efeitos da emergência climática, que também tem assolado o Estado de São Paulo. Para dar nossa contribuição, vamos plantar 10 mil árvores até o final de 2025. Nosso Sindicato também promoverá uma campanha de plantio de árvores nas escolas estaduais, nas Subsedes e em outras áreas nas regiões onde atua, com o objetivo de plantar 10 mil árvores até o final de 2025”, completa Bebel.