São Pedro alcança um marco significativo na conservação ambiental com o início da restauração de 2,5 hectares (o equivalente a quase três campos de futebol) de floresta nativa na área da Cachoeira da Furna, que colocará no solo mais de 4 mil mudas de árvores. Esta importante ação é fruto da colaboração entre a Coordenadoria de Meio Ambiente, a Família Prado e o Projeto Corredor Caipira e marca um avanço considerável na implementação do Plano Municipal de Mata Atlântica e Cerrado (PMMAC).
O plano tem como objetivo preservar os recursos naturais da cidade e proteger áreas de relevância estratégica, como as microbacias do Pinheirinho e do Samambaia, que abastecem a população de São Pedro com água potável.
Localizada em uma área relevante para a produção de água, a Cachoeira da Furna foi identificada como uma área prioritária para recuperação no PMMAC. O projeto de restauração não só visa recuperar a vegetação nativa, mas também fortalecer a segurança hídrica da região, um bem de imenso valor para a cidade.
“A restauração da Cachoeira da Furna será uma referência para outros proprietários que vão se inspirar com a iniciativa da família Prado e apoiarão a meta de 1.000 hectares até 2035”, afirmou Germano Chagas, engenheiro florestal e coordenador técnico do Projeto Corredor Caipira. A ação será acompanhada por uma equipe de especialistas que dará suporte técnico contínuo durante os próximos quatro anos, garantindo o sucesso da restauração e ampliando a capacidade de proteção dos recursos hídricos da região.
A família Prado, responsável por um dos maiores empreendimentos turísticos da cidade, tem sido peça-chave nesse processo. Desde o início, Elizabete Bertato Prado (Dona Bete), José Antônio Silva do Prado (Zé Prado), Priscila Bertato Prado, Beatriz Prado e Márcio Prado Martins demonstraram uma grande preocupação em conservar e restaurar o patrimônio natural de sua propriedade.
Para eles, a preservação da natureza é um valor central de seus negócios, que estão em constante transição para práticas mais ecológicas e sustentáveis. “A preservação da natureza está embutida nos valores da nossa empresa, e queremos dar esse grande passo em nossa propriedade, que está cada dia mais verde”, destacou dona Bete. Essa ação da família Prado serve como exemplo e inspiração para outros proprietários rurais, mostrando que é possível aliar o desenvolvimento econômico à sustentabilidade.
PROTEÇÃO – O Plano Municipal de Mata Atlântica e Cerrado está estruturado com base em seis diretrizes principais, incluindo a proteção e conservação da vegetação nativa, a restauração de áreas degradadas e a promoção da educação ambiental. O plano prevê ainda a participação ativa da comunidade local na execução das ações e está focado na redução dos vetores de pressão sobre as florestas, como o uso de fogo, práticas agrícolas destrutivas e especulação imobiliária. Além disso, a criação de um viveiro municipal modelo, que foi inaugurado na cidade, será um importante apoio para o cultivo de mudas e o fortalecimento das ações de restauração em toda a região.
De acordo com Rogério Bosqueiro Jr., engenheiro agrônomo e coordenador de Meio Ambiente de São Pedro, a gestão liderada pelo prefeito Thiago Silva tem sido decisiva para o avanço dessas ações. “Nossa gestão tem feito isso de maneira estratégica, e em quatro anos já entregamos conquistas importantes para nossa cidade, como a restauração de 13 hectares por meio do Corredor Caipira, a elaboração participativa do PMMAC, a captação de áreas para restauração e a inauguração de um viveiro municipal, referência para toda a região”, destacou Bosqueiro. Essas iniciativas demonstram o compromisso da cidade com a preservação ambiental e com a gestão inteligente dos seus recursos hídricos.
A restauração da Cachoeira da Furna representa apenas o começo de uma série de ações previstas pelo PMMAC, que busca, até 2035, restaurar mil hectares em áreas de alta prioridade. O projeto visa não só proteger as florestas, mas também assegurar a produção e a distribuição de água, garantindo qualidade de vida para as próximas gerações. Para São Pedro, este é um momento de celebração, pois o município avança para um modelo de cidade resiliente e consciente de seus recursos naturais.