Política de Estado: a continuidade necessária

 

Pedro Kawai

 

Quando me refiro à Política de Estado, costumo dizer que ela é para defender políticas públicas que possuem razões éticas ou orientações que devem ter sua continuidade, independente da troca ou não de Governo.

E por que estou dizendo isso? Recentemente, li um artigo muito interessante da corregedora-geral de nosso Município dizendo que “pelo princípio da continuidade, os serviços públicos devem ser permanentes face a sua essencialidade” e que “a descontinuidade de políticas públicas no Brasil é mais séria que a corrupção”.

Concordo perfeitamente com esse olhar. Sejam quais forem o prefeito e os secretários, o olhar deve ser do que é melhor para a cidade. Devem dar continuidade aos programas e ações desenvolvidas pelos governos que estão dando resultados positivos, independente de quem propôs ou colocou em prática.

Óbvio que se uma ação não estiver indo bem, precisa ser revista, adequada ou até mesmo cancelada. Mas por razões técnicas e não políticas, o que, infelizmente, não foi o que presenciamos no atual governo municipal, que caminha para o encerramento de seu mandato.

Quero aqui citar somente alguns exemplos, que afetaram a educação de nossa cidade e, também, o esporte.

O primeiro exemplo é o encerramento das atividades do Cursinho Pré-vestibular gratuito, que dava a oportunidade aos alunos das escolas públicas de se preparar para os mais concorridos vestibulares do Brasil. Temos vários exemplos de ex-alunos que passaram na USP, em federais e tantas outras. Por ano, eram atendidos 150 alunos.

Tivemos também o fim do convênio com o Governo do Estado de SP para o fornecimento de merenda escolar aos alunos das escolas estaduais. A responsabilidade passou a ser exclusiva do Estado, o que dificultou o controle de estoque e qualidade, além de sobrecarregar os profissionais das escolas com atribuições que eram executadas pela Merenda Escolar Municipal. Talvez os alunos da rede estadual não sejam piracicabanos ou moradores de nossa cidade.

E o que dizer do encerramento unilateral dos convênios com as entidades esportivas? Centenas de crianças, jovens e idosos ficaram sem atendimento, apenas retomado anos mais tarde. Se não fosse o voluntariado e a força de vontade das entidades em atender nossa população sem receber 1 centavo sequer do Governo Municipal, o que seria dessa parcela importante da população? Tenho outros diversos exemplos que poderemos falar em outra oportunidade.

Fica, aqui, o pedido: que o novo prefeito tenha o olhar da continuidade do que é certo, que corrija o que não estiver a contento, assim como sempre foi feito em nossa cidade, mas o que infelizmente não aconteceu na atual gestão.

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Pedro Kawai (PSDB), vereador reeleito em Piracicaba

 

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