Na manhã desta quinta-feira (17), representantes da coordenação da Atenção Básica (AB) e de Saúde Bucal da Secretaria Municipal de Saúde se reuniram com o presidente da Câmara Municipal de Piracicaba, Wagner Alexandre de Oliveira, o Wagnão (PSD), para discutir a defasagem salarial dos profissionais da saúde no município.
Segundo os servidores, essa defasagem dificulta a fixação de médicos e dentistas, prejudicando a qualidade da assistência à população. Um dos principais pontos abordados foi o salário dos médicos especialistas, que gira em torno de R$ 9.000 mensais. Esse valor é inferior ao praticado em cidades vizinhas, o que leva muitos profissionais a buscarem oportunidades em outros municípios.
No caso dos dentistas, com a progressão salarial, muitos vão alcançar o teto de R$ 25.500, previsto para janeiro de 2025. “Isso pode fazer com que muitos peçam demissão, já que outras cidades oferecem salários mais atrativos”, afirmou Wagnão. Além disso, discutiu-se a diferença entre os salários pagos em Piracicaba e em cidades próximas, como Campinas, onde, segundo os profissionais, o teto do Executivo será de até R$ 37.500, e Americana, R$ 32.000.
O presidente da Câmara se comprometeu a discutir a situação com o próximo gestor, especialmente no que se refere aos vencimentos dos especialistas. “É difícil fixar um especialista ganhando R$ 9.000, enquanto em cidades vizinhas eles recebem até R$ 18.000”, ressaltou.
Uma possível solução seria a criação de um projeto de lei que permita reajustes anuais, dentro do teto salarial de R$ 25.500 previsto para servidores a partir de janeiro de 2025.
“Piracicaba sempre teve uma tradição de bons salários na saúde, mas agora estamos perdendo para municípios vizinhos. Precisamos avançar e garantir que essas vagas sejam preenchidas com qualidade”, concluiu.