Video mapping – Intervenção artística, sábado (19), celebra o rio Piracicaba

Video mapping é uma técnica audiovisual que consiste em relacionar a arquitetura com projeções de imagens

A forte relação entre o povo piracicabano e seu Rio, o amor ao Piracicaba, suas lendas e reflexões sobre como a população se relaciona com o Rio inspiram a criação da projeção “Rio Mapping D’alma Caipira”, uma intervenção artística socioambiental em video mapping que será apresentada pelo VJ Vinicius Luz, no sábado, 19, às 19h30, na arena da Casa do Povoador. A programação, que é gratuita e aberta a todas as pessoas, conta ainda com intervenções artísticas e uma roda de conversa, composta por pessoas que irão compartilhar suas narrativas com o Rio.

Um espetáculo de luzes, sons e imagens. Essa é a proposta do video mapping, que é uma técnica audiovisual que consiste em relacionar a arquitetura com projeções de imagens, criando efeitos visuais que transformam espaços físicos, como prédios e monumentos, em obras de arte em movimento. “Rio Mapping D’alma Caipira” experimenta a técnica do video mapping, às beiras do Rio, em um dos patrimônios históricos e culturais mais expressivos da cidade: a Casa do Povoador. Local esse, que abrigada a importante obra de um “filho” do Rio, o artista e ambientalista piracicabano, Elias dos Bonecos.

O Rio encantou e encanta artistas, artesãos, pesquisadores e nos dá exemplo da conexão de alma que pode existir entre as águas e seu povo. Essa também é a perspectiva da roda de conversa que compõe o evento e das intervenções artísticas que completam a programação da noite.

Para o bate-papo, os convidados são o músico Maikão, que vai falar sobre como o Rio inspira sua vivência como cidadão piracicabano e também como artista e fazedor de Cultura. Teremos ainda, como representante do movimento “Salve a Boyes”, uma movimentação popular que tem lutado pela preservação do Rio Piracicaba e todo seu entorno, o historiador, gestor cultural e integrante do Mandato Coletivo, Pablo Carajol Delvage.

A artista Rita Moura participa também dos diálogos contando sobre algumas experiências, como o trabalho de resguardo da história do Elias e seus bonecos e sobre seu último trabalho, a obra intitulada “Lugar onde o peixe morre”, que foi criada como uma forma de protesto em relação ao crime ambiental que atingiu o Rio Piracicaba no último dia 7 de julho e que provocou a morte de mais de 250 mil peixes. Por fim, a roda de conversa conta ainda com a professora Nathália Nascimento, coordenadora da Oca (Laboratório de Educação e Política Ambiental) da Esalq/USP, que traz para o diálogo inspirações para mundos possíveis que podemos sonhar, imaginar e concretizar.

Para apoiar a sensibilização das pessoas nessa direção da reconexão entre a alma caipira e o Rio Piracicaba, a programação conta com algumas intervenções artísticas, como a exposição das obras “Lugar onde o peixe morre”, de Rita Moura e Coletivo Paiaguás e “Guardiões do Rio Piracicaba”, de Rita Moura e Lia Desjadins e a apresentação da canção “Quadratura”, uma composição de Nina Neder e Stefany Correa, que será interpretada por Stefany e pelo músico Ramon Saci.

O projeto é realizado pelas educadoras, comunicadoras, produtoras culturais e ambientalistas Mirian Rother e Vanessa Piazza, com apoio do Governo Federal e Ministério da Cultura, por meio da Lei Paulo Gustavo, bem como da Prefeitura Municipal de Piracicaba e Secretaria Municipal da Ação Cultural.

 

Serviço: “Rio Mapping D’alma Caipira”, dia 19, sábado, às 19h30, na arena da Casa do Povoador (avenida Beira Rio, s/n). Atividade gratuita e livre para todos os públicos.

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