Considerando as pesquisas, encomendadas por diversos veículos de comunicação, com total diferença nos resultados, o jornalista faz considerações que “entendo lógicas”, disse
Para o jornalista e diretor do jornal A Tribuna Piracicabana, Evaldo Vicente — que encomendou pesquisa de intenções de votos para prefeito e prefeita em Piracicaba, realizada pelo Instituto Índice Pesquisas e divulgada nesta eleição —, até o momento, “foi a que se mostrou mais coerente tanto com o histórico dos candidatos como com os últimos resultados eleitorais no município”. A notícia foi manchete de primeira página, neste sábado (5), de A Tribuna e do JP, além de ampla repercussão em inúmeros veículos de comunicação.
O candidato a prefeito Barjas Negri, que já foi prefeito da cidade, em três oportunidades, aparece em primeiro lugar, com 34,5%, seguido pela Professora Bebel (PT), com 17%; Helinho Zanatta (PSDB), com 16%; Alex Madureira (PL), com 12%, o prefeito Luciano Almeida (PP), que disputa a reeleição, com 10%, enquanto o vereador Paulo Campos (Podemos) aparece com 7,5%; Edvaldo Brito (Avante) com 2% e Vinícius Bena (PCB) com 0,5%.
A coerência, como explica o jornalista, se deve ao fato de que, por ser conhecido, realmente, o ex-prefeito Barjas Negri é o mais conhecido e, portanto, é natural que esteja na dianteira. Por outro lado, Evaldo Vicente entende que a cidade, tradicionalmente conservadora, está dividindo boa parte dos votos entre os candidatos que têm esse perfil, no caso os deputados estaduais Helinho Zanatta (PSD) e Alex Madureira (PL) e o próprio prefeito Luciano Almeida (PP), que se soma a Edvaldo Brito (Avante).
Para Vicente, é natural que a Professora Bebel — no segundo mandato de deputada estadual, e que nas eleições de 2022, fez quase 13 mil votos na cidade — cresça, até porque os candidatos majoritários do PT, naquelas eleições, ficaram com cerca de um terço dos votos dos eleitores piracicabanos. Lula, por exemplo, no segundo turno, fez pouco mais de 32% dos votos e, no primeiro turno, somou quase 30% e Fernando Haddad, que disputou o governo estadual, passou dos 25%. Já os candidatos a deputado estadual pelo PT somaram mais de 27 mil votos na cidade. “Portanto, é natural que esses votos, pelo menos, sejam depositados nas urnas em favor da candidata Professora Bebel”, afirma.
E Vicente completa: “Portanto, não há nada de surpresa a Professora Bebel aparecer com 17% das intenções de votos, até porque é a única candidata mulher na disputa, e que vem fazendo uma ótima campanha, dialogando com os diversos setores da sociedade e, especialmente nos bairros, que, como ela bem diz, estão invisíveis do poder público”.
DOIS DIÍGITOS — Por outro lado, pela votação que tiveram para deputado estadual, na casa dos 25 mil, tanto Helinho Zanatta, como Alex Madureira — na avaliação de Evaldo Vicente — é natural que estejam na casa dos dois dígitos, assim como é natural que o prefeito Luciano Almeida, apesar de não ter conseguido passar a percepção do que o seu governo representa para Piracicaba, tem a máquina na mão e, nesta reta final de campanha, vai conquistar votos.
Vicente analisa, ainda, “ser natural que, sozinho, o vereador Paulo Campos — que tem uma longa e reconhecida trajetória na cidade como edil — não consiga ampliar a sua candidatura, diante de adversários de peso, assim como Edvaldo Brito e o próprio Vinícius Bena, até por causa da fragilidade partidária, que é comum num País que possui tantas legendas”.