Gregório José
A Revista Rotary Brasil divulgou uma boa ação praticada por um rotariano brasileiro em Santa Catarina. Em um mundo onde os problemas parecem ser maiores do que as soluções, há algo profundamente inspirador em ações silenciosas e simples, como a de Walter Mazzi, que decidiu plantar árvores em sua cidade. Ele não esperou por grandes gestos, por campanhas de conscientização ou por incentivos governamentais. Ao observar uma figueira lutando para sobreviver, ele escolheu agir. Cuidou daquela árvore como se estivesse cuidando de algo muito maior: a esperança de que pequenas ações individuais podem transformar o mundo.
O que começou com a vontade de salvar uma planta raquítica, que lutava contra o tempo e a falta de cuidados, se transformou em um ato contínuo de amor pela natureza e pela comunidade. A cada árvore plantada, Walter não apenas embelezava a praça, mas oferecia algo valioso aos moradores da cidade: sombra, vida e a certeza de que cada um pode fazer a diferença.
A lição que sua história nos traz vai além das árvores. É sobre não esperar que os outros façam o que sabemos ser necessário. É sobre agir com o coração, independentemente dos aplausos, sem expectativas de reconhecimento. Boas ações como as de Walter não são movidas por interesses, mas por um profundo senso de responsabilidade e generosidade.
Muitas vezes, passamos a vida esperando que grandes mudanças venham de fora, das autoridades, dos líderes, dos outros. Mas esquecemos que cada pequena atitude, cada gesto de bondade ou cuidado, pode ter um impacto maior do que imaginamos. Plantar uma árvore é apenas um símbolo do que podemos fazer em várias áreas da vida: podemos plantar respeito, bondade, generosidade e cuidado com o próximo.
O exemplo de Walter nos lembra que não precisamos de grandes recursos para começar. Podemos agir com o que temos e onde estamos. O importante é começar. Pequenos gestos, como plantar uma muda de árvore, podem parecer insignificantes, mas no longo prazo, eles deixam um legado. Walter não plantou aquelas árvores apenas para si, mas para as gerações futuras que, um dia, desfrutarão da sombra, da beleza e do ar mais puro.
Poderíamos ser todos como Walter Mazzi. Não devemos esperar. O mundo precisa de mais pessoas que, em silêncio, com humildade, escolhem fazer a sua parte para torná-lo melhor. O impacto de uma boa ação é como uma árvore: pode começar pequeno, mas com o tempo, seus frutos e sua sombra alcançarão muitos. E assim, pouco a pouco, podemos mudar o mundo.
_____
Gregório José, jornalista, radialista e filósofo