O Casa Paulista regularizou 443 moradias na Região Administrativa de Campinas, totalizando um investimento estadual de R$ 1,7 milhão. As matrículas foram entregues aos representantes dos municípios contemplados nesta terça-feira (17), em cerimônia que, de maneira mais abrangente, oficializou a entrega da regularização de 8.889 moradias pelo Casa Paulista no estado de São Paulo, com investimento total de R$ 34,6 milhões.
As ações que levaram à regularização das moradias foram desenvolvidas pela CDHU e pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação. Na cidade de Limeira, foram regularizadas 256 moradias em dois núcleos habitacionais pela CDHU. Já na cidade de Mogi Guaçu, 123 moradias foram regularizadas em um núcleo pelo Cidade Legal. Por fim, em Valinhos, 64 moradias da CDHU foram regularizadas.
O secretário Marcelo Branco reiterou, durante o evento, que a regularização fundiária é um dos maiores pilares da habitação e do desenvolvimento urbano da gestão estadual. “A regularização fundiária, para mim, é uma demonstração do Estado de que ele reconhece o esforço de uma vida toda ou, até mesmo, de várias gerações de uma família. O poder público não pode olhar para esse cidadão que não tem a regularização fundiária sem dar uma prioridade absoluta, estender a mão para ele e reconhecer o grande esforço geracional que existe naquele imóvel. Se o Estado não cuidar disso, ele não está cuidando bem das pessoas”, falou.
Marcelo disse, ainda, que a concessão dos títulos também beneficia o núcleo habitacional de maneira coletiva, promovendo o desenvolvimento urbano: “Quando você tem um bairro inteiro de casas não regularizadas, as pessoas têm mais insegurança em investir e fazer melhorias. O próprio município também tem essa dificuldade para investir em iluminação e saneamento, por exemplo. Então, isso muda efetivamente a vida das pessoas”.
A diretora de Projetos e Programas da CDHU, Maria Teresa Diniz, também participou da cerimônia e destacou que a eliminação dos passivos de áreas e conjuntos da Companhia não regularizados é uma meta da atual gestão, que vem sendo cumprida de maneira técnica e efetiva. “É importante conseguirmos avançar nas ferramentas que temos para realizar a regularização. Esse trabalho, na parte qualitativa, é importante. Reformulamos o nosso termo de referência para contratações. Estamos com uma licitação na praça para regularização. Além disso, estamos construindo um manual de regularização fundiária que deve ficar pronto até o final do ano. Todos os produtos técnicos nos ajudam a cumprir esses números”, falou.
Também presente na cerimônia a secretária executiva do programa Cidade Legal, Candelária Reyes, agradeceu a parceria das prefeituras municipais, essencial para a execução dos atendimentos habitacionais. “Neste pouco mais de um ano e meio, tentamos imprimir no Cidade Legal uma aproximação maior com os municípios, para que tivéssemos mais qualidade em nosso trabalho. Essa parceria tem dado muito certo. Prova disso é que temos vários municípios com quase todos os núcleos indicados já regularizados”, disse.
A atual gestão tem o compromisso com a regularização fundiária e está intensificando os trabalhos para garantir o benefício a um número maior de famílias, que há anos aguardam a matrícula dos seus imóveis. De 2023 até hoje, já foram regularizadas 96.968 mil unidades pela CDHU e pelo Cidade Legal, com investimentos totais de R$ 378,1 milhões. Na RA Campinas, no mesmo período, 8.812 títulos foram entregues, sendo investidos R$ 34,3 milhões.
Com os núcleos regularizados, os moradores podem obter o título de propriedade das suas moradias. A partir da emissão do documento, passam a ser legalmente proprietários de seus imóveis, antes em situação irregular. Além de garantir segurança jurídica, as famílias de baixa renda contam com outros benefícios, como o acesso ao mercado formal de crédito, a possibilidade de comercialização do imóvel e a transferência do bem para filhos ou herdeiros.
Já em um aspecto macro, a regularização fundiária também traz benefícios coletivos para os moradores, uma vez que facilita o investimento do poder público em desenvolvimento urbano para o bairro, garantindo acesso a serviços essenciais, como fornecimento de água e saneamento. Todo esse contexto favorece também o investimento privado nas áreas.