Pacientes de São Pedro recebem aparelhos auditivos

Fonoaudióloga Selma Lima Darci com a paciente Darci Souza Ferreira – Fotos: Tiago Stoco

A enfermeira Darci Souza Ferreira, de 59 anos, descobriu há alguns anos que não estava ouvindo muito bem, não compreendendo claramente o que as pessoas falavam, o que a prejudicava muito no trabalho. “Na época, passei por um otorrinolaringologista, fiz uma audiometria e foi detectada uma perfuração no meu tímpano direito”, relatou ela, que na ocasião tentou adquirir um aparelho auditivo, mas frustrou-se ao tomar conhecimento do alto custo do equipamento. A enfermeira, então, procurou uma unidade de saúde da rede pública do município de São Pedro, onde passou por uma nova avaliação e foi constatada a perda de audição e a necessidade do uso do aparelho. “Não aguardei nem um ano para receber o aparelho”, celebrou.

Darci é uma das 28 pessoas que receberam e tiveram instalados, gratuitamente, 56 aparelhos auditivos. A ação tem como objetivo promover a inclusão das Pessoas com Deficiência (PcD) e foi realizada na quarta-feira, 11, na segunda unidade do Hospital São Lucas de São Pedro, no bairro São Benedito. Além desta, outras entregas e instalações de aparelhos auditivos estão programadas para o decorrer deste ano.

A instalação dos aparelhos auditivos nos 28 pacientes foi realizada pela fonoaudióloga Selma Lima. De acordo com ela, os aparelhos são de primeira linha, importados dos Estados Unidos e da Suíça. “Um equipamento dessa qualidade custa entre R$ 10 mil e R$ 12 mil, em uma clínica particular”, disse a especialista.

“Tenho mais de 20 anos de experiência na área e posso dizer que são poucos os lugares preocupados com a saúde auditiva. Em alguns municípios, na rede pública, leva de três a quatro anos para que o paciente da fila de espera possa, enfim, obter um aparelho auditivo”, acrescentou.

O aposentado José Luiz Piva, de 66 anos, também recebeu o aparelho. Morador de uma chácara no bairro Santana, em São Pedro, há 6 anos ele vem sofrendo de uma perda auditiva gradativa. Segundo sua esposa, Telma Piva, de 62 anos, isso tem prejudicado muito a comunicação entre os dois e até o cuidado com o neto.

“O José não escuta bem quando está em um som ambiente com mais ruído ou no meio de mais gente, aí precisa chegar mais perto para ele entender e, como moramos em um lugar maior, complica ainda mais. Além disso, temos um neto de 4 anos e meio, de quem cuidamos. Ele tem autismo severo e dificuldades e esses aparelhos auditivos vão facilitar muito a nossa comunicação”, disse, emocionada, dona Telma. “Estou muito feliz”, sorriu José.

Acompanhado da esposa Telma, o aposentado José Luiz Piva, de 66 anos, também recebeu o aparelho

 

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